Na véspera de Natal, uma família viaja de carro com destino a casa da avó materna. À noite, claro está. Em cerca de 20 anos o pai seguiu sempre o mesmo percurso, pela auto-estrada, mas desta vez escolheu um atalho. Foi o maior erro da sua vida! Conduzem durante horas a fio numa estrada em linha recta que parece nunca mais acabar. Passam pela mesma cabana e pelo mesmo sinal de tráfego vezes sem conta. Dão boleia a uma rapariga vestida de branco que parece ter tido um acidente e que carrega um bebé, mas que desaparece pouco depois. Um carrinho de bebé aparece sem mais nem menos no meio da estrada. Os membros da família começam a desaparecer misteriosamente um a um. Passa por eles um carro negro, com um condutor invisível e que leva a vítima na parte de trás. Aos poucos, todos os membros da família (os que vão restando) começam a entrar em pânico e a enlouquecer e delirar. Começam a agir e a falar da forma mais absurda e, possivelmente, cómica. Mas o humor negro contido em “Dead End” apenas nos faz roer as unhas e deixa-nos entreabrir os lábios num sorriso “amarelo”, de tão intensa que é a situação em que a família se encontra. E é isso que realmente acontece na vida real. As pessoas quando confrontadas com situações extremas agem da forma mais irracional possível! E parece que nós estamos lá também no carro, a enlouquecer aos poucos com eles. Por vezes temos direito a um momento de descontracção com uma piada ou uma situação que nos puxa uma gargalhada intensa, mas logo a seguir levamos com uma cena deveras assustadora que nos cola à cadeira e nos deixa um arrepio frio na espinha. Esta fusão de terror e suspense com comédia negra é um claro tributo às “horror comedies” populares na década de 80. Mas, ao contrário desses filmes, mais orientados para a comédia, aqui temos um verdadeiro filme de suspense. Na maior parte das vezes nem chegamos a ver os corpos das vítimas, apenas a reacção das pessoas que os encontram. E a nossa imaginação faz o resto! E acreditem que conseguimos ser mais violentos e sangrentos do que se nos apresentassem as imagens. No final, ficamos a conhecer o verdadeiro sentido daquilo tudo que se passou. Ficamos esclarecidos. Mas depois, após um par de nomes do genérico final, há uma cena extra que nos deixa a pensar, seriamente, naquilo que poderá realmente ter acontecido.
É difícil acreditar que “Dead End” é um filme de baixo orçamento. Superior a qualquer “slasher” vindo dos Estados Unidos nos últimos anos. Terror, suspense, gore (pouco, deixam a nossa imaginação trabalhar), comédia, há um pouco de tudo nesta obra-prima. Foi realizado por dois Franceses, Jean-Baptiste Andréa e Fabrice Canépa, que fizeram um trabalho soberbo a todos os níveis. Foi rodado nos Estados Unidos e que conta com um elenco de luxo. Os pais são interpretados por Ray Wise e Lin Shaye, os filhos são interpretados por Alexandra Holden e Mick Cain, enquanto que o namorado da filha é Billy Asher. Como a mulher vestida de branco temos Amber Smith e como o misterioso condutor do carro temos Steve Valentine. Ray Wise é um veterano que já não tem que provar nada a ninguém (lembram-se de “Twin Peaks”?). Quanto a Lin Shaye, nunca gostei muito do seu trabalho, mas aqui está genial. Alexandra Holden, apesar de nova, já tem um currículo invejável, e parece ter nascido para representar. Neste filme está no seu máximo. Regra geral, todos os actores e actrizes estão soberbos nas suas interpretações, à excepção talvez de Mick Cain, que não me convenceu muito.
Em suma: genial e essencial!
85%
RDS
IMDB: http://www.imdb.com/title/tt0308152/
É difícil acreditar que “Dead End” é um filme de baixo orçamento. Superior a qualquer “slasher” vindo dos Estados Unidos nos últimos anos. Terror, suspense, gore (pouco, deixam a nossa imaginação trabalhar), comédia, há um pouco de tudo nesta obra-prima. Foi realizado por dois Franceses, Jean-Baptiste Andréa e Fabrice Canépa, que fizeram um trabalho soberbo a todos os níveis. Foi rodado nos Estados Unidos e que conta com um elenco de luxo. Os pais são interpretados por Ray Wise e Lin Shaye, os filhos são interpretados por Alexandra Holden e Mick Cain, enquanto que o namorado da filha é Billy Asher. Como a mulher vestida de branco temos Amber Smith e como o misterioso condutor do carro temos Steve Valentine. Ray Wise é um veterano que já não tem que provar nada a ninguém (lembram-se de “Twin Peaks”?). Quanto a Lin Shaye, nunca gostei muito do seu trabalho, mas aqui está genial. Alexandra Holden, apesar de nova, já tem um currículo invejável, e parece ter nascido para representar. Neste filme está no seu máximo. Regra geral, todos os actores e actrizes estão soberbos nas suas interpretações, à excepção talvez de Mick Cain, que não me convenceu muito.
Em suma: genial e essencial!
85%
RDS
IMDB: http://www.imdb.com/title/tt0308152/
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