08/03/08

Leák / Mystics In Bali (1981)

A história é muito simples, banal até. Uma Norteamericana, Catherine Kean (Ilona Agathe Bastian), está a escrever um livro sobre magia negra. Depois de ter estado noutros locais, como Cuba por exemplo, onde aprendeu vudú, viaja para Bali, na Indonésia, onde pretende aprender Leyak. Leyak é uma forma de magia negra primitiva, supostamente, das mais poderosas. Com a ajuda do seu amigo Mahendra (Yos Santo) consegue tornar-se discípula da Rainha do Leák (Sofia W.D.).
Infelizmente é extremamente difícil encontrar a versão original deste filme, mesmo por meios poucos legais, e apenas tive a oportunidade de visionar a única versão disponível, que é (muito mal) dobrada em inglês. Gostaria imenso de ver isto na língua original.
O argumento é extremamente simples, os diálogos são banais e por vezes absurdos (bom, escrevo isto tendo em conta a versão dobrada, mas a original não deve andar muito longe), os actores são péssimos e parecem estar a movimentar-se e a falar como zombies, muuuuito leeentaaaamenteee. Segundo parece, Ilona Agathe Bastian, a actriz principal, era uma turista Alemã que estava de passagem pela Indonésia e que chamou a atenção a um dos produtores do filme, que lhe ofereceu o papel principal. Este foi o seu primeiro e único filme até à data.
O som (mais uma vez, baseando-me na dobragem) é péssimo; a imagem não é assim tão má, mas quando se trata da cabeça voadora, fica logo péssima (talvez devido à “técnica” que utilizaram para esse efeito especial, com montagens e sobreposição de filmagens); a edição também não está assim tão má. Os efeitos especiais são primitivos, do tipo “vêem-se os fios dos ovnis”, mas resultam. Como se isso não bastasse, a péssima dobragem desta versão que eu visionei, ainda tornam tudo mais “far out”. Aliás, é tudo isso em conjunto que faz o filme e cria a sua aura de culto.
Este filme é bizarro, surreal, psicadélico por vezes até. Pode parecer que não, mas isto ainda me causou alguns arrepios. Tentem ver isto depois da meia-noite, sozinhos, com o quarto escuro, como eu o fiz, e depois digam qualquer coisa. A célebre cena da cabeça que se desprende do corpo ainda com as entranhas agarradas é sublime! Uma cena brutalíssima a nível visual é a da já referida cabeça a sugar um feto directamente das entranhas da mãe grávida. Seja com maus ou bons efeitos especiais, a cena é grotesca e revoltante. E quanto ao riso da Rainha do Leyak, é tão grotesco e por vezes absurdo que chega a arrepiar e incomodar seriamente!
Como se costuma dizer, é tão mau que chega a ser bom. Um “must” para qualquer fã de cinema série B, oriental, terror, fantasia e bizarrias em geral. 80%
RDS

IMDB:
http://www.imdb.com/title/tt0097942/
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Mystics In Bali (1981) - The Fying Head

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