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17/10/08

Akuerian Eiji: Gekijô Ban / Aquarian Age: The Movie (2008)

Este filme é baseado num popular jogo de cartas coleccionáveis (e segundo parece também existe um anime). Alguns jovens de liceu descobrem que têm características genéticas especiais, entre as quais poderes sobrenaturais e asas de anjo/demónio. Mal se apercebem disso e encontram-se no meio de uma batalha milenar que opõem 5 tribos diferentes. É este o conceito geral de “Aquarian Age The Movie”. Agora, quanto ao filme em si, se não se conhecer esta premissa, é algo difícil chegar lá sozinho. O filme começa bem com tons negros, algures entre o gótico e o cyberpunk, alternam-se situações paralelas com uma rapidez estonteante, uma banda (Alice Nine) de “Visual Kei” actua num bar, a coisa começa a entusiasmar-me. Mas rapidamente começo a perder o gozo. É demasiado confuso (não complexo, mas mesmo confuso!). As personagens não são devidamente apresentadas ou exploradas, logo não ficamos a saber quem é quem, se é bom ou mau; não nos dão uma pequena introdução ao passado das tribos e a referida batalha, logo não se sabe quem está envolvido e as suas razões; a história demora imenso a desenvolver. Quando a coisa se começa a compor, amizades entre elementos de tribos são estabelecidas, surge uma personagem misteriosa (mais uma), os efeitos especiais começam a marcar presença e criar ambiente (vê-se pela primeira vez alguém a abrir as asas), vai ter inicio uma luta. Mas acaba o filme. Não consigo encontrar nenhuma informação na internet acerca disto mas, segundo parece, “Aquarian Age” está dividido em duas partes e irá haver uma continuação. Quando? Não sei. Se alguém puder ajudar nesta questão agradecia. Fiquei com água na boa mas… acabei por ficar cheio de fome. Estava à espera de uma coisa e saiu-me outra (o que eu pensava ver apenas está presente nos últimos 10 minutos). Pode ser que na continuação haja algum desenvolvimento da história, acção e efeitos especiais. É esperar para ver. Alguém tem mais informação? 40% (?)
RDS

Website Oficial:
http://www.aquarian-movie.com/
IMDB: http://www.imdb.com/title/tt1204355/
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Aquarian Age - Trailer

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alice nine. - Mirror Ball (PromoVideo)

12/10/08

Akihabara@DEEP Movie (2006)

Já tive a oportunidade de ver o filme e não me desiludiu. A série de TV (ou “dorama”) agradou-me muito mais, mas talvez seja pelo facto de em cerca de 600 minutos haver tempo suficiente para desenvolver as personagens e as suas relações, daí ser mais fácil o espectador criar empatia com as mesmas. Isso é muito mais difícil num filme de 120 minutos. Além disso, o “dorama” é muito mais divertido e foca a sua atenção nas idiossincrasias e peculiaridades de cada elemento do grupo, assim como nas suas aventuras e desventuras. O filme é um pouco diferente, não incluindo todas as personagens da série (e o elenco é diferente), levando uma certa adaptação ao argumento (mas não difere muito dos últimos episódios da série), e direccionando-se mais para a acção do que para a aventura / humor. É claro que, não tendo lido a novela original escrita por Ira Ishida, não poderei comparar a adaptação televisiva e cinematográfica ao mesmo. De qualquer modo, se gostaram do “dorama”, esta é mais uma desculpa para voltar a viver uma aventura com Akihabara@DEEP. 75%
RDS

IMDB:
http://www.imdb.com/title/tt1024703/
Wikipedia: http://en.wikipedia.org/wiki/Akihabara@DEEP

Krull (1983)

Um monstro apelidado de “A Besta” ataca o Planeta Krull. Para se defenderem deste ataque, dois soberanos fazem uma aliança através do casamento dos seus filhos, o Príncipe Colwyn (Ken Marshall) e a Princesa Lyssa (Lysette Anthony). O castelo é atacado pelos “Slayers” (o exército da Besta) durante o casamento, os dois reis são assassinados, a Princesa é raptada e Colwyn é ferido gravemente. Depois de recuperar, este parte em auxílio de Lyssa. No início da jornada fica em posse de uma poderosa arma chamada “The Glave” que consiste numa espécie de bumerangue de 5 lâminas. Pelo caminho vai reunindo um peculiar grupo de aliados: o mago da corte Ynyr (Freddie Jones), um vidente cego (John Welsh), um grupo de bandidos que escapou recentemente da prisão (entre os quais os conhecidos Alun Armstrong, Liam Neeson e Robbie Coltrane), um mago com poucos poderes (David Battley), um cíclope (Bernard Bresslaw), e o miúdo ajudante do vidente, Titch (Graham McGrath). Estes têm de chegar à Fortaleza Negra (que nunca está no mesmo sítio muito tempo), resgatar a Princesa e eliminar A Besta e o seu exército.
Na linha dos filmes de fantasia / aventura / sci-fi que se propagou nos finais da década de 70 e primeira metade dos 80s, este “Krull” não traz nada de novo mas está muito bem feito. Fica tudo a meio caminho: uma história pouco original que segue a linha habitual, mas agrada; representações acima da média sem chegar a ser exemplares; efeitos especiais “kitsch” típicos dos 80s e que hoje têm um certo ar de série B (o que me agrada particularmente); trabalho de fotografia acima da média; banda sonora típica mas agradável e bem encaixada (cortesia de James Horner); e um desenlace mais que previsível. Mas isto é mau? Não senhor, muito pelo contrário. É um filme que vai agradar a fãs do género pois tem todos os ingredientes na dose certa. São duas horas bem passadas. Mas a minha opinião talvez seja de desconfiar pois já tinha visto “Krull” há uns bons anos atrás, quando ainda era criança, e este ficou retido na memória de um modo positivo. Para fãs de Star Wars, Excalibur, Ewoks, Dragonslayer, The Sword And The Sorcerer, Kull, Hercules / Xena, Lord Of The Rings, etc. Vocês sabem quem são, he, he! 80%
RDS

IMDB:
http://www.imdb.com/title/tt0085811/

03/10/08

Akihabara@DEEP (2006)

"Akihabara@DEEP" é um livro editado em 2004 da autoria de Ira Ishida, que deu origem a um “manga”, um “dorama” (série de TV) e um filme. É da série de TV que vou falar um pouco. O comentário ao filme vai daqui a uns dias, quando tiver a oportunidade de o ver.
Um grupo de “otakus” de Akihabara (Page, Box, Akira, Taiko, Izumu e Daruma) procura um escape para os seus problemas pessoais através de um “website” chamado “Yui’s Lifeguard”. Todos são uns alienados da sociedade, têm os seus pontos positivos, mas têm também estranhos e obsessivos comportamentos, o que faz de cada um deles uma personagem peculiar. O “website” é dirigido por Yui, a qual planeia um encontro entre os desconhecidos e futuros amigos. Com o apadrinhamento de Yui estes formam “Akihabara@DEEP”, um grupo que pretende ajudar a resolver todos os problemas dos habitantes de Akihabara (ou Akiba como estes lhe chamam). Mas Yui também tem os seus próprios problemas e, no primeiro encontro cara-a-cara com o grupo, esta cai por terra sem vida. Izumu cria um programa de AI (Inteligência Artificial) que mantém vivo o espírito de Yui, continuando assim a dar conselhos aos amigos. Mas Nakagomi Takeshi, presidente da maior empresa de materiais electrónicos e informática, DigiCap, está a observar os amigos de bem perto. Este tem um misterioso passado com Yui e quer o AI. Cada episódio é a resolução de um caso, sempre com muito humor, acção, aventura, “maid cafes”, os peculiares comportamentos obsessivos dos “otakus” e a vida no mudo à parte que é Akihabara. O ambiente da série é ligeiro e descontraído e vê-se bem de um esticão. É simples mas divertido e viciador. São apenas 11 episódios, e um bónus com entrevistas e “making of’s”, que perfazem cerca de 600 minutos. Recomendo a fãs de comédia Japonesa e curiosos em relação a este particular distrito de Tóquio e os seus habitantes. 80%
RDS

DramaWiki: http://wiki.d-addicts.com/Akihabara@deep
JDorama: http://www.jdorama.com/drama.1059.htm
Wikipedia: http://en.wikipedia.org/wiki/Akihabara@DEEP
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Excerto 1
Excerto 2

01/10/08

Hagane No Renkinjutsushi / Full Metal Alchemist (2004)

Nunca estive muito ligado ao mundo do Anime e do Manga e, além de dois ou três filmes de Hayao Miyazaki, nunca me tinha aventurado muito nesse mundo. Há um par de meses emprestaram-me diversos Animes e um dos títulos era mesmo este “Full Metal Alchemist”. Estive algum tempo sem tocar neste material, até que me decidi a experimentar. E ainda bem que o fiz! Vi o primeiro episódio e o assunto interessou-me e, logo ao segundo episódio, já estava cativado e viciado. Foram 4 temporadas num total de 51 episódios (cerca de 22 minutos cada um), e um filme (“The Conqueror Of Shamballa”, que continua onde ficou a série e encerra a história; cerca de 1h45m) e muitas horas de visionamento. Mas foi sempre com muito interesse que acompanhei as aventuras dos irmãos Elric e os seus amigos (e inimigos). O argumento é fabuloso e bate a milhas muitos dos argumentos de séries televisivas de sucesso (sim, é fantasia, e depois?). As personagens estão bem exploradas e é fácil criar empatia com as mesmas (até mesmo com alguns dos “maus da fita”, se bem que aqui as coisas não são bem branco e preto, mas sim com tons de cinzento na maior parte dos casos), há muitas reviravoltas, ideias bem encaixadas. Muita acção (há sempre movimento, batalhas, guerras, lutas, perseguições; o filme então tem sequências fabulosas de suster a respiração), muito humor (preparem-se para verdadeiras gargalhadas), fantasia e magia (muita alquimia, poderes especiais, seres inumanos, criaturas míticas), drama (há momentos bem “pesados”), tudo sempre levado ao extremo. E para acompanhar, uma soberba banda sonora da responsabilidade de Michiru Oshima, isto além, é claro, das fantásticas malhas Pop / Rock de abertura e encerramento de cada temporada (Porno Graffitti, Nana Kitade, L’Arc En Ciel, YeLLOW Generation, Cool Joke, Crystal Kay, Asian Kung-Fu Generation, Sowelu).
O pai dos irmãos Elric (Edward e Alphonse) abandonou-os e, quando a sua mãe morre, estes decidem realizar uma proibida transmutação humana para a trazer de volta ao mundo dos vivos. Mas a operação alquímica corre mal e Edward perde um braço e uma perna. Alphonse perde o corpo inteiro mas o irmão mais velho, Edward, consegue ligar a sua alma a uma armadura gigante. É assim a lei da troca equivalente da Alquimia. Para ganhar algo, tem de se dar alguma coisa em troca. Estes querem agora recuperar os seus corpos, deixam a sua casa e a sua terra, e viajam para a capital para fazer o exame e se tornarem Alquimistas Estatais. Entre muitas peripécias, perigos, aventuras, amigos, inimigos, estes procuram incessantemente a pedra filosofal para poderem contornar as leis da Alquimia e ter os seus corpos de volta.
Eu gostei imenso, fiquei viciado e não larguei a série enquanto não vi tudo. Recomendo vivamente a fãs de Anime (com certeza já devem ter visto, he, he) e fantasia / aventura em geral. 95%
RDS

Website Oficial: http://www.fullmetalalchemist.com/ / http://www.fullmetal-alchemist.com/
IMDB (Série): http://www.imdb.com/title/tt0421357/
IMDB (Filme): http://www.imdb.com/title/tt0485323/
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As 5 Introduções de Full Metal Alchemist
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Nana Kitade - Kesenai Tsumi (PV do tema do 1º encerramento)

24/09/08

De Fortabte Sjæles Ø / Island Of The Lost Souls (2007)

Depois do divórcio dos pais, a Lulu (Sara Langbaek Gaarmann) muda-se com a mãe Beate (Anette Stovelbaek) e o irmão mais novo Sylvester (Lucas Munk Biling) para uma pequena vila. Lulu tem um certo interesse por magia e o oculto e, certa noite, usa o seu tabuleiro Ouija e tenta chamar um espírito. Nada acontece no momento mas, durante a noite, uma luz entra no quarto e entra no corpo de Sylvester. Trata-se do espírito de Herrman Hartmann (Anders W. Berthelsen), o qual fazia parte de um grupo que lutava contra as forças do mal no século XIX. Herrman quer regressar ao mundo dos espíritos mas encontra-se preso no corpo de Sylvester. Oliver (Lasse Borg), o novo vizinho de Lulu, sugere um espiritista local chamado Ricard (Nicolaj Kopernikus). Mas Herrman não é o único que voltou do passado. Um necromante (Lars Mikkelsen), que já havia tido um confronto com Herrman no passado, é a personagem mais maléfica que pretende, adivinhem, governar o mundo.
A história não é nada de novo ou original, mas está bem contada, de uma maneira simples mas eficaz. Tem excelentes efeitos especiais, uma fantástica fotografia em tons de azul e verde, uma realização perfeita cortesia de Nikolaj Arcel e boas performances por parte de todo o elenco (em especial o jovem Lucas Munk Biling que faz aqui a sua estreia, tendo de representar duas personagens completamente diferentes, o que faz com um à vontade inacreditável). Já o fizeram passar por um filme direccionado para a família ou para um público infanto-juvenil. Na minha opinião é demasiado negro e intenso para poder agradar a crianças ou ser apelidado de familiar, mas não chega a ser propriamente assustador ou intenso e que vá de encontro aos gostos de fãs de terror. É um filme de fantasia com muita magia, efeitos, aventura, acção, algum humor e um ambiente negro que irá com certeza agradar a fãs do género. Tem miúdos sim, tem magia, tem um argumento que poderá remeter para um nome mais conhecido (não o vou mencionar pois toda a gente o faz, e vocês já devem saber qual é), mas está orientado para um público jovem adulto, na minha modesta opinião. Gostei muito do que vi e foi bom poder afastar-me um pouco dos filmes do género que se vão fazendo nos USA e que têm deixado algo a desejar. 80%
RDS

IMDB:
http://www.imdb.com/title/tt0466449/

08/09/08

Dragonslayer (1981)

Um grupo de aldeões parte à procura do feiticeiro Ulrich (Ralph Richardson, RIP) com o propósito de lhe pedir ajuda, pois a sua vila é aterrorizada por um enorme dragão. O Rei Casiodorus Rex (Peter Eyre) fez um pacto com o dragão e, em troca do sacrifício de algumas virgens, este deixa a aldeia em paz. Mas os habitantes estão fartos de perder as suas filhas. Mesmo antes de iniciar a viagem, Ulrich é assassinado e o seu aprendiz Galen (Peter MacNicol) voluntaria-se para tomar o seu lugar. A história não evolui muito mais do que isto, baseando-se o filme apenas na tentativa de matar o dragão. Alguma acção, algum romance, muita feitiçaria, e algum humor. São estes os ingredientes deste típico filme “sword & sorcery” dos 80s. Os actores, na sua grande maioria, estão muito bem, em especial Sir Ralph Richardson. Peter MacNicol, aqui na sua estreia em filme, também está muito bem como o jovem feiticeiro Galen. Outros nomes da lista de actores são Ian McDiarmid, Caitlin Clarke (RIP), Sydney Bromley (RIP), Roger Kemp ou John Hallam (RIP). Apesar de alguns dos efeitos especiais não serem fantásticos, estão bem acima da média não podendo ser apelidados de série B e, no geral, satisfazem. O dragão é um dos pontos positivos nesta área. Este deve ser um dos primeiros dragões em filme que me pareceu real. Um dos aspectos negativos é a fotografia que, em muitas cenas tem um tom escuro demais. Mas, segundo parece, esta foi uma das maiores queixas aquando da exibição da película nas salas, em 1981. Não é dos melhores filmes de “sword & sorcery” que já vi mas, mesmo assim, superior a muita da treta que se vê hoje em dia. Com tanta tecnologia, CGI e dinheiro disponíveis hoje em dia, como é que não se conseguem fazer filmes de fantasia melhores? Sem dúvida alguma a década de 80, além de ser prolífica neste tipo de filmes (Conan, Hawk The Slayer, Dragonslayer, The Sword And The Sorcerer, etc), foi também a melhor. Recomenda-se aos fãs do género. 70%
RDS


IMDB: http://www.imdb.com/title/tt0082288/
Dragonslayer - Fanmade Video

03/09/08

Phairii Phinaat Paa Mawrana / Vengeance (2006)

Um jovem polícia chamado Wut persegue uns criminosos que escaparam da prisão, entre os quais se encontra Nasor. Sem ter conhecimento disso, estes partilham um passado. Alegadamente, o pai de Wut assassinou o pai de Nasor por causa de uma valiosa moeda que trouxeram da floresta. O Capitão Wut, juntamente com alguns dos seus subordinados, um guia e a sua filha, perseguem os criminosos no centro de uma selva que se diz estar amaldiçoada. Nenhum dos dois sabe que a moeda que Nasor roubou os liga, e que esta o factor primordial para a maldição que assola a floresta proibida de Thai-Myanmar. Ao longo da jornada estes são atacados por insectos assassinos, uma serpente gigante e outras criaturas demoníacas e vampíricas.
A realização está fantástica; alguns efeitos especiais são bons, outros são tipicamente série B (todo o filme tem este ambiente) mas agradam na mesma (para quem gosta deste material de baixo orçamento); os actores estão acima da média; a história, apesar de ser simples, é eficaz (mas queremos mais nestes tipo de filme?!); e, finalmente, a banda sonora adequa-se na perfeição ao ambiente do filme. É pena a fotografia não estar melhor pois, na maior parte do filme, está tudo muito escuro e nãos e notam certos pormenores, factor importante neste tipo de filmes de fantasia e/ou terror. O filme demora um bom bocado a desenvolver mas, assim que se chega aos 25 minutos finais, a acção, suspense, terror e fantasia não param durante um segundo. Gostei da revelação final, da qual não estava mesmo à espera! Gostei. Não é uma obra-prima mas é puro entretenimento que irá agradar a fãs de acção, terror, suspense e, até, ficção-científica. Muito melhor que algumas das atrocidades que têm saído dos USA nos últimos anos. 70%
RDS

IMDB:
http://www.imdb.com/title/tt0780116/

15/08/08

Kull The Conqueror (1997)

Este filme é baseado na personagem e nas histórias de Robert E. Howard (criador de Conan na década de 30; colaborador da Weird Tales; amigo de H.P. Lovecraft; cometeu suicido em 1936 com apenas 30 anos de idade).
Um bárbaro chamado Kull (Kevin Sorbo) torna-se rei pelas próprias mãos do anterior monarca, o qual acabou de matar. Mas os herdeiros do rei não se conformam e tentam assassinar Kull e recuperar o trono. Para isso ressuscitam uma velha rainha feiticeira chamada Akivasha (Tia Carrere). Estes conseguem retirar Kull do caminho mas o guerreiro, com a ajuda da profeta Zareta (Karina Lombard) e do seu irmão, o sacerdote Ascalante (Litefoot), parte à procura do gélido bafo de Volka, a única coisa capaz de deter a feiticeira e os seus maléficos planos de reinar sobre um manto de escuridão.
Sorbo está no seu melhor (ou pior, dirão as más línguas) pois este tipo de personagem é a sua imagem de marca (para quem não sabe ainda, “shame on you”, este é Hércules em “Hercules, The Legendary Journeys”); Tia Carrere não é certamente uma das melhores actrizes de sempre, longe disso, mas cumpre o seu papel como a maligna Akivasha e até dá um certo ar de série B ao filme; Thomas Ian Griffith está bem no papel do General Taligaro, assim como Litefoot representa bem o sacerdote Ascalante. O único senão é Karina Lombard. Já vi representações piores, isso é certo, mas Lombard arruína por completo o filme. E o pior nem é a representação mas sim a sua voz grave que chega a ser insuportável. Outra actriz como Zareta e a película teria ficado muito melhor.
Muita acção, fantasia, um trabalho de fotografia sensacional, uma banda sonora soberba e, “a cereja no topo do bolo”, aquele “feeling” de filme de série B sempre adequado a películas de “sword & sorcery”.
Outro ponto positivo do filme é a banda sonora da responsabilidade de Joel Goldsmith. A fusão de composições orquestrais sinfónicas com Heavy Metal adequa-se na perfeição à história e a todo o cenário épico desta obra de “sword & sorcery”. Esta é daquelas bandas sonoras que se aguenta por si só sem ser necessária a visualização do filme. Recomendo tanto o filme como a banda sonora. 80%
RDS

IMDB:
http://www.imdb.com/title/tt0119484/

27/07/08

Volkodav / Wolfhound (2007)

“Volkodav iz roda Serykh Psov” é um filme Russo datado de 2007. Este é, segundo as apresentações do mesmo, o filme mais caro de sempre na Rússia. O argumento é baseado no “best-seller” do mesmo título de Mariya Semyonova. O livro é o primeiro de uma trilogia e, segundo parece, está a ser preparada uma sequela cinematográfica para este “Volkodav”.
“Volkadov”, como se chama a si mesmo, é o único sobrevivente de um ataque à sua vila natal. Os atacantes enviam-no para trabalhar nas minas mas, depois de muitos anos de escravidão, este consegue a sua liberdade. O seu único propósito na vida é vingar a sua família e os habitantes da vila Serie Psi (Grey Dogs, Cães Cinzentos). Durante a sua viagem reúne-se a outras personagens, entre as quais um sábio cego, uma jovem rapariga e uma princesa, entre outros.
Na cidade de Galirad, este acaba por tornar-se o guarda pessoal de Elena, a filha de um governante que espera salvar sua cidade, concedendo a mão da jovem a um guerreiro da terra vizinha. Estes iniciam uma perigosa expedição em busca do futuro marido de Elena, assim como do arqui-inimigo de Volkodav.
Fantasia épica com muita aventura é o que nos é oferecido em cerca de 136 minutos. Confesso que no início do filme estava a sentir que tinha sido “enganado” e que iria perder 2 preciosas horas do meu tempo. A imagem não é das melhores; o som também não é perfeito; e as actuações pareciam-me algo teatrais e exageradas. Mas ainda bem que eu nunca desisto e fico sempre até ao fim. A meio do filme já estava “ agarrado” e, acreditem os fãs de fantasia / épicos / aventuras, que os 15-20 minutos finais valem o filme. Um verdadeiro festim visual. Tem muitas falhas (argumento, personagens sub-exploradas, pouca acção, etc), isso é certo, mas é sempre difícil adaptar um livro ao cinema e, em especial, um livro deste tipo. Há muita coisa que não se pode encaixar em apenas 2 horas. Um dos aspectos positivos do filme é a excelente banda sonora de Aleksei Ribnikov (que aliás me está a servir de acompanhamento para escrever estas linhas) que ajuda muito ao clima épico do filme.
Não é uma obra-prima. Não é dos melhores filmes Russos de sempre (não nos podemos esquecer das centenas de filmes de fantasia / aventura que lá foram feitos no século XX). Mas, mesmo assim, acima da média e vale a pena se gostam do género. Para fãs de “Lord Of The Rings”, “Conan”, “Beowulf”, “Pathfinder”, ou os “clássicos” de aventura bem “kitsch” dos 80s. 70%
RDS

IMDB:
http://www.imdb.com/title/tt0416316/

20/06/08

Water Boys 1 & 2 & Summer 2005 – (TV) (2003 & 2004 & 2005)

Na sequência do filme “Waterboys”, já aqui revisitado no Zona de Culto, a Fuji TV lança a série de televisão. Esta segue a mesma linha de “Waterboys”, o filme. Dois anos depois da história original, e na mesma escola, um grupo de amigos decide, por mero acidente, formar uma equipa de natação sincronizada masculina. A série, composta por 11 episódios num total de cerca de 500 minutos, segue as aventuras e desventuras deste grupo de amigos, os seus treinos, as desastradas tentativas de performance ao vivo, amizades, amores, etc. Não tão humorístico como o filme, este Dorama apoia-se mais nas relações entre as personagens. Muito humor, aventuras, romance a algum drama fazem esta sequela. As semelhanças com o filme original são imensas e aqui voltamos a ter cinco amigos, sendo um deles o líder, alguns professores são os mesmos, temos a participação especial de um dos ex-alunos, a treinadora da equipa tira uma licença da maternidade abrupta e eles ficam sozinhos na sua aventura, etc. No final, o que esperavam? Uma performance com 32 rapazes (nenhum deles alguma vez tinha praticado natação sincronizada) cheia de movimento, música, emoção e algum humor. Esta é até mais emocionante do que a do filme. Algum material é algo cliché mas, isso prejudica a série? Não. Para quem viu o filme e gostou, aqui está um bom complemento. E aviso desde já, vão ficar viciados não só na série, mas também no tema do genérico final, “Niji” de Fukuyama Masaharu. 80%
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WaterBoys - Genérico Final (Masaharu Fukuyama "Niji")

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Nova série. Water Boys 2. Um ano depois, estamos em 2004, noutra escola, cinco amigos iniciam um clube de natação sincronizada masculina. A particularidade aqui é que esta era uma escola feminina até há dois anos atrás. Hoje me dia é mista mas, 306 raparigas para 32 rapazes (o número é déjá-vu não é?) é algo desequilibrado. As raparigas controlam a escola e os rapazes não têm direitos quase nenhuns. Um dos rapazes teima em querer iniciar um clube apenas masculino, mas tem sempre azar. Até que chega à escola um aluno transferido de Tóquio que não sabe como é que as coisas funcionam por lá. E as aventuras começam. A mesma linha, repetições das mesmas ideias (de um modo propositado), a mesma música no genérico final (embora aqui numa nova versão), um dos professores da escola é um dos alunos do filme, e uma apresentação final, tal como na 1ª série e no filme antes destas. São mais 12 episódios de cerca de 45 minutos cada um, tendo o primeiro cerca de 1 hora de duração e o final cerca de 1h30m. Esta série, apesar de se apoiar também nas relações entre as personagens, é muito mais humorística e bem disposta. Se são daquelas pessoas que gostam dum filme ou duma série e, tal como eu, querem mais e mais e mais, aqui está a sequela perfeita. No entanto, opinião pessoal, o final poderia ter sido outro, pois aqui torna-se algo dramático. Apesar disso recomendo vivamente. 80%

WaterBoys 2 - Excerto

WaterBoys 2 - Genérico Final (Masaharu Fukuyama "Niji")
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Aproveito ainda para dar umas ideias do especial de 2005, “Water Boys Sumer 2005” (aka “Water Boys Finale”). Ainda não o vi todo, mas já posso formar uma ideia sobre o mesmo. Tanaka, uma personagem da 1ª série, encontra-se na faculdade e acaba por ir parar a uma ilha onde, por acidente pois claro (a mesma treinadora do filme e da 1ª série está grávida e nem se havia apercebido!), acaba por ser treinador de uma equipa de jovens que quer afirmar-se perante a sua comunidade. Mais uma vez, uns clichés atrás dos outros. Participações de personagens anteriores, a mesma banda sonora e as mesmas músicas Pop como som de fundo. Mais nostalgia que mais nada. Esta já me pareceu estar a esticar demais a ideia mas, lá está, eu começo a ver e não consigo parar! Recomendo apenas aos fãs de tudo o que está para trás. 65%

Para mais informação sobre todas as séries:
Geral: http://wiki.d-addicts.com/Waterboys
Filme: http://en.wikipedia.org/wiki/Waterboys_(film)
WB 1: http://en.wikipedia.org/wiki/Water_Boys_(TV_series)
WB 2: http://en.wikipedia.org/wiki/Water_Boys_2_(TV_series)
WB S2005: http://en.wikipedia.org/wiki/Water_Boys_2005_Natsu

RDS

30/05/08

Supêsutoraberâzu / Space Travelers (2000)

Um trio de amigos decide roubar um banco com o propósito de conseguir dinheiro para realizar um sonho de crianças. As coisas não correm da melhor maneira e eles acabam por ficar fechados no banco com vários reféns e a polícia a cercá-los. Por incrível que pareça, a certa altura, os jovens amigos conseguem fazer com que alguns dos reféns alinhem com eles. Estes apresentam-se então à polícia encarnando as personagens do anime (animação Japonesa) favorito de um deles, The Space Travelers.
Fusão de comédia, drama e acção, este é daqueles filmes que, à partida, parece ser uma simples fita para nos divertir durante um par de horas. Um grupo de amigos tenta roubar um banco e a coisa corre mal. Mas esta não é uma simples comédia de Hollywood, e sim um filme Japonês (não que isso só por si seja sinónimo de qualidade, mas já ajuda muito) com um argumento bem mais complexo do que parece à primeira. Pelo menos, é um daqueles argumentos em que temos de ler nas entrelinhas pois há aqui muita coisa a analisar durante todo o filme, tais como as personagens, as suas ambições, sonhos, interacções, amizade, amor, etc, assim como um humor bem mais intelectual do que aquele habitual nas loucas comédias nipónicas. Durante os 126 minutos que dura “Space Travelers” não conseguimos tirar os olhos do ecrã durante um segundo. O humor é constante; o suspense é intenso; e as histórias por detrás da grande maioria das personagens (não exploradas ao máximo, dando-nos apenas algumas informações pois as personagens centrais são os 3 amigos) são interessantes o suficiente para nos manter atentos. Como habitual nos filmes Asiáticos, a certa altura o filme toma outras proporções, deixando de lado o humor e centrando-se nos jovens, nas suas ambições e sonhos, atingindo limites dramáticos extremos. Acreditem que vão ter tempo para rir (muito) e divertir-se (muito também) mas também para (quase ou mesmo) chorar. Aviso já, o final pode não vos agradar, mas dá outra dimensão à história. Vale a pena. E muito! 90%
RDS

IMDB:
http://www.imdb.com/title/tt0243573/

29/05/08

Bichunmoo (2000)

Estamos na Coreia do século XIV, Dinastia Chinesa Yuan. O país está sob o governo dos Mongóis. Um casal de apaixonados, Jinha (Shin Hyun-june) e Sullie (Kim Hee-sun), filha ilegítima de um Comandante Mongol, são apanhados no meio. Com o objectivo de formar uma aliança, o pai de Sullie, Taruga (Hak-cheol Kim), planeia casá-la com um poderoso senhor da guerra Chinês. Entretanto Jinha, cuja família foi assassinada por Taruga, fica a par do verdadeiro responsável pela sua tragédia. Movido pelo ódio e, este inicia a aprendizagem da secreta arte marcial do Bichun, um legado de família. A busca do pergaminho sagrado por parte de Jinha é, por diversas vezes, impedida por outros na procura do mesmo segredo. Num destes confrontos, Jinha é salvo por Junkwang, um rico e poderoso filho de um Lorde Han. Mas por um acaso do destino, esse é o homem com quem Sullie terá de casar. Quando Junkwang sabe do amor entre os dois jovens, planeia o assassinato de Jinha.
A história deste filme Sul-Coreano, baseado numa banda desenhada, segue uma linha muito similar à do clássico de Shakespeare, “Romeu e Julieta”. Dois jovens que se amam e não conseguem estar juntos por razões externas à sua vontade, não sendo neste caso devido a famílias rivais, mas por razões políticas que envolvem as proveniências dos amantes. Mas é claro que estamos a falar de uma versão “swordplay fantasy” feita na Coreia Do Sul. O que quer isso dizer? Tem muita acção, aventura, artes marciais, fantasia, romance e o típico melodramatismo exacerbado dos filmes Sul-Coreanos. A fotografia, como habitual neste tipo de filmes, é soberba. Belas paisagens com tons de cor pastel criam um festim visual e fazem fundo para todo o movimento e coreografias de artes marciais. A fantástica banda sonora, também para não variar, ajuda muito ao clima. A história é simples, derivativa e tem algumas falhas, que passam quase despercebidas, mas cumpre o seu objectivo principal que é entreter a audiência. Os actores, na sua grande maioria, cumprem também o seu papel na perfeição. Não esperem uma obra-prima pois “Bichunmoo” fica apenas um pouco acima da média. Não é dos melhores do género, mas tem todos os ingredientes para satisfazer quem gosta do estilo. Para fãs de filmes asiáticos de fantasia e artes marciais plenos de movimento e com um aspecto visual riquíssimo. 70%
RDS

IMDB:
http://www.imdb.com/title/tt0278351/

17/05/08

Screamers (1995)

Planeta Sirius 6B. Ano de 2078. Este planeta mineiro foi devastado pela guerra. Os cientistas criaram uma arma letal com base em inteligência artificial que consiste numa lâmina giratória. Estas armas, chamadas “Screamers”, que conseguem duplicar-se a si mesmas, “vivem” debaixo de Terra e têm uma única missão que consiste em eliminar todos os inimigos que encontram. Com o passar do tempo, os próprios “Screamers” conseguiram criar outro tipo de armas mais perigosas e mais evoluídas. O Coronel Hendricksson (Peter Weller, “Robocop”), líder de um grupo de sobreviventes da Aliança, está farto da maneira como os líderes políticos estão a lidar com a situação da guerra e decide negociar a paz com os soldados do NEB (New Economics Bloc). Mas o Planeta está cheio de “Screamers”, tanto originais como dos novos modelos.
“Screamers”, datado de 1995, é um filme de ficção científica distópica baseado no conto “Second Variety” de Philip K. Dick, escritor do conto “Do Androids Dream of Electric Sheep” que serviu de base ao clássico de 1982 “Blade Runner”. O argumento para este filme foi escrito por Dan O’Bannon e Miguel Tejada-Flores.
Em primeiro lugar, estamos a falar de um filme de ficção científica, centrado numa sociedade distópica, logo os exageros são típicos e bemvindos. Em segundo lugar, o orçamento para o filme era baixíssimo. Dito isto, não esperem nada ao nível do já mencionado clássico de 1982, nem nada que se pareça a filmes com orçamentos astronómicos como “Star Wars” ou “Matrix”, para mencionar alguns mais conhecidos. Não sendo excepcional, nem a nível de história (muito simples), nem a nível de efeitos especiais (poucos, mas eficazes), não deixa de ser um bom filme, bem acima da média. A actuação de Peter Weller não é digna de louvores, mas o Coronel Hendricksson está credível. Certos “blockbusters” de Hollywood têm muito menos essência e performances bem mais sofríveis do que “Screamers”. Mas claro está, isto vindo de um fã de sci-fi e logo, suspeito ao dizer isto. Recomendo apenas a fãs “diehard” do género. Os outros afastem-se rapidamente e vão alugar os filmes premiados com Oscars. 70%
RDS

IMDB:
http://www.imdb.com/title/tt0114367/


10/05/08

Golok Setan / The Devil’s Sword (1984)

A Rainha Crocodilo (Gudhi Sintara) rapta homens nas vilas mais próximas para satisfazer as suas perversões ninfomaníacas. Esta vive numa caverna debaixo de água, rodeada pelos seus guerreiros e escravos. Um dos seus maiores guerreiros é Banyu Jaga (Lo Lieh), o qual viaja em cima de uma rocha voadora. A Rainha rapta um desses vilãos, Sanjaya, e a sua noiva (Enny Christina) parte para o resgate com a ajuda do herói Mandala (Barry Prima), cujo visual é uma mescla de Conan e Rambo. Paralelamente, temos a procura da espada do diabo, uma poderosa espada forjada a partir de um meteorito, a qual está escondida numa caverna na Montanha do Diabo. Diz-se que quem a possuir governará o mundo. Mandala, Banyu e outros 4 peculiares personagens (entre eles uma bruxa cuja cabeça se separa do corpo e voa, coisa algo familiar não?) anseiam por possuir a dita espada. “Golok Setan” (The Devil’s Sword) é um filme Indonésio de fantasia, artes marciais e aventura. Trata-se de uma produção dos estúdios Rapi Films, responsáveis por títulos como “The Warrior and The Ninja”, “Virgins from Hell”, “Hell Raiders” ou a série de filmes “The Warrior”.
“The Devil’s Sword” é kitsch ao máximo, tem efeitos especiais do mais absurdo (cortesia do senhor El Badrum, responsável pelos efeitos em “Mystics In Bali”), guarda-roupa a condizer com o estilo de aventura fantástica, péssimas coreografias nas lutas (alguns dos figurantes parecem estar a dançar desarticuladamente e chega até a ser patético), actuações muito teatralizadas, alguma violência, algum Gore e uma banda sonora de sintetizador bem pindérica tipicamente 80s. A isto alia-se ainda o carácter exótico que tem sempre um filme destes para um Ocidental. Algo que se pode destacar pela positiva é a fotografia com cores fortes e apelativas aos sentidos. São assim os filmes de fantasia, aventura e acção da Indonésia da década de 80. E isto tudo significa que o filme é péssimo? Claro que não. Muito pelo contrário. É assim que nós, apreciadores de trashy / série B / baixo orçamento / etc. gostamos deste tipo de filmes. E a Indonésia foi prolífica nestas pérolas durante a década de 80. Alguns pontos negativos, a meu ver, são o facto do filme ter um desenvolvimento algo lento e que algumas das partes de luta são demasiados longas, o que se torna algo monótono. A isso alia-se ainda o facto de eu ter visto uma execrável versão dobrada em inglês (a maioria dos filmes Indonésios da época estão apenas disponíveis nessas versões).
No geral, um “must see” para os fãs de fantasia, série B, trashy, gore, baixo orçamento, filmes Indonésios dos 80s, cult, kitsch, etc. Todos os outros, afastem-se imediatamente porque não vão estar devidamente preparados para esta quasi-“obra prima”. 75%
RDS

IMDB:
http://www.imdb.com/title/tt0087142/

Escape From L.A. (1996)

15 anos depois do original “Escape From New York” (1981), John Carpenter volta a atacar com uma sequela. Desta feita tem a colaboração no argumento do próprio Kurt Russell e de Debra Hill. E, mais uma vez, Carpenter foi também responsável pela banda sonora (com a colaboração de Shirley Walker). Além de Russell, temos em EFLA um fantástico rol de actores e actrizes, a saber, Stacy Keach (como o Comandante Malloy), Steve Buscemi, Pam Grier, Michelle Forbes, Valeria Golino, A.J. Langer, Cliff Robertson, entre outros.
Estamos em 2013. Existe uma nova ordem nos USA. O país tem como Presidente (Cliff Robertson) um moralista que proibiu coisas como sexo extra marital, álcool, tabaco, carne vermelha, o culto de outras religiões, etc (a ficção não é lá muito diferente da realidade, pois não?). Depois de um terramoto, Los Angeles, uma cidade extremamente imoral aos olhos do novo Presidente, fica separada do resto do continente e deixa de ser considerada território Norte-Americano. Esta passa a ser uma ilha destinada a deportar não só os criminosos, mas também os indivíduos que por irem contra a “nova ordem” perdem a sua cidadania. Tal como no filme original, Snake Plissken (Russell) volta a ser “convidado” a entrar em Los Angeles para levar a cabo uma missão suicida. Aqui é também injectado com um vírus mortal, ficando apenas com 9 horas para completar a sua missão e, só depois disso, lhe será administrado o antídoto. Desta feita, ele tem de recuperar um aparelho que pode desligar qualquer sistema na face da Terra e deixar um país, ou até mesmo o mundo inteiro, sem qualquer tecnologia moderna. Deixá-lo na idade da pedra, por assim dizer. Este aparelho foi roubado do Presidente pela sua própria filha Utopia (A.J. Langer) que foge com o seu novo namorado Cuervo Jones (George Corraface), um guerrilheiro de origem latina com fortes semelhanças físicas a Che Guevara. Plissken tem de recuperar o aparelho em tempo recorde e matar Utopia a mando do seu próprio pai. Durante o filme vemos Russell a fazer surf bem no meio de Los Angeles, assim como a sobrevoar a cidade em asa delta, perseguir a comitiva de Cuervo de mota, etc. Muita acção e movimento, isso é garantido! E para o ajudar a criar confusão este tem a ajuda de “Map To The Stars” Eddie (Steve Buscemi), Hershe Las Palmas (Pam Grier), Taslima (Valeria Golino) entre outros. Desde o argumento (cópia descarada do filme original), aos efeitos especiais quase série B, até à prestação exagerada de Russell, tudo é muito kitsch, cliché e caricaturado, mas é tudo propositado. Carpenter e Russell conseguem em “Escape From L.A.” uma bela sátira, tanto ao clássico de 1981, como à grande maioria dos estilizados filmes Norte-Americanos de acção, policiais, ficção científica, sequelas sem imaginação, etc, recorrendo a um sem número de clichés dos mesmos. Não é tão bom como o original, lá isso é verdade, mas é um excelente filme direccionado para quem é fã desse clássico de 1981, ficção científica, distopias, acção, policiais e até westerns. E, como alguém disse no IMDB, este tem um dos melhores finais de sempre. É ver para constatar. 70%
RDS

IMDB:
http://www.imdb.com/title/tt0116225/

25/04/08

Siyama: Village Of Warriors (2008)

Três jovens Tailandeses (Ana, Gift e Boat) são misteriosamente transportados, através de um portal, para uma época passada. Trava-se uma guerra civil no antigo Sião (actual Tailândia) e as pessoas de uma pequena vila, Siyama, tentam defendê-la do jugo do infame Ong Mien e seus guerreiros. Para chegar à capital, Ayuthaya, e a conquistar, Ong Mien tem de passar obrigatoriamente por Siyama. Mas os habitantes não o vão permitir. E os três “visitantes” estão lá para os ajudar.
“Siyama” não pretende ser um épico ou uma obra-prima. É apenas um filme que tem como intuito divertir o espectador. Missão cumprida. Eu não mudaria muito, apenas talvez o actor que interpreta Boat (Bawriboon Chanreuang) que chega a ser, por momentos, realmente patético. Mas como a história se centra muito mais numa das raparigas do trio, Ana (Thitima Maliwan), assim como num jovem de Siyama, Pray (Than Thanakorn), a personagem de Boat nem chega a incomodar realmente. Todo o resto do elenco está fabuloso; a acção flúi a um ritmo aceitável, sem chegar a ter momentos mortos; a fotografia é fabulosa e a realização de Preecha Songsakul é irrepreensível. A química entre Pray e Ana é outro dos factores que nos envolvem na história., assim como a revelação em relação ao passado de Pray que é inesperada. Como habitual no cinema asiático, há um pouco de tudo, passando por fantasia, acção, comédia e romance.
Há filmes do género muito melhores? Há, pois claro. Piores? Também os há. Muitos até. Este está muito acima da média e, apesar de algumas falhas, pouco notórias diga-se de passagem, é um fantástico filme de aventura e fantasia que vai agradar aos fãs do género. Eu gostei muito do filme e, a não ser que sejam daquelas pessoas que estão constantemente a apontar erros e falhas aos filmes, vocês também irão gostar de “Siyama”. 80%
RDS

11/04/08

Soldier (1998)

Bebés do sexo masculino são seleccionados à nascença para fazerem parte de uma elite de soldados duros, frios, sem emoções, autênticas máquinas de guerra. Para o efeito, desde a nascença e até à idade adulta que são alvos de lavagens cerebrais e um treino físico extremo. Meados do século XXI. Um dos jovens que vimos durante os primeiros minutos de filme, Todd (Kurt Russell), é já um adulto. É um dos melhores soldados da sua unidade. No entanto, uma nova elite geneticamente alterada toma o lugar dos veteranos. Todd tem de lutar com um desses novos soldados, Caine 607 (Jason Scott Lee) para provar que ainda é um soldado com potencial. No entanto este é vencido e, no final da luta, pensam que está morto. O seu corpo é largado, junto com lixo tecnológico, num planeta desabitado. Mas este planeta não está desabitado e Todd encontra uma colónia de refugiados. Aqui ele é confrontado com outra realidade que não a dele, tendo de conviver com civis e, principalmente, mulheres e crianças. A sua humanidade começa a despertar. A nova raça de soldados faz uma missão de treino no dito planeta e tem ordens para eliminar toda e qualquer forma de vida, se esta existir, mesmo que seja inofensiva. Todd tem de lutar ao lado da sua nova comunidade.
“Soldier” foi escrito por David Webb Peoples, que também escreveu os argumentos para “Blade Runner” (1982) ou “Leviathan” (1989), e realizado por Paul W.S. Anderson. Além dos atrás acima referidos temos também a participação de Jason Isaacs, Connie Nielsen, Gary Busey, James Black, Michael Chiklis ou Sean Pertwee, entre outros. Um elenco de luxo, portanto.
Muita gente teima em comparar “Soldier” a “Blade Runner”, talvez pelo facto de David Peoples ter escrito ambos argumentos. Isto leva, invariavelmente, a uma certa desilusão. Não se podem comparar os dois filmes. São distintos. Além disso, “Blade Runner” é uma obra-prima, um clássico, o que torna as comparações demasiado injustas para “Soldier”. Este é um fantástico filme de ficção-científica que, apesar de algumas cenas demasiado dramatizadas ao estilo Hollywood e direccionadas para o público geral, consegue os seus intentos. Kurt Russell, mais uma vez, está irrepreensível, e consegue transmitir a personalidade fria e dura do soldado Todd, assim como a sua posterior transformação, quase sem falar. Jason Isaacs, outra mais valia no filme, está fabuloso no papel do famigerado Mekum. Como é evidente, estes dois veteranos sobressaem, mas o resto elenco, acima mencionado, também cumpra bem o seu papel. Gostei da realização, da fotografia, dos efeitos especiais, da banda sonora. Está tudo fantástico. Não é uma obra-prima, mas é um excelente filme de ficção-científica com muita acção. É simples e directo, algo que pode não se adequar ao universo da ficção-científica, habitualmente mais exagerado, mas é eficaz. Os fãs do género vão gostar e, por não ser tão exagerado como já referi, também os fãs de filmes de acção. 75%
RDS

IMDB:
http://www.imdb.com/title/tt0120157/

10/04/08

A.F.R.I.K.A. (2002)

Yo-won (Yu-won Lee) e Min-sun (Min-sun Kim) estão fartas da sua vida e dos problemas que têm de enfrentar no dia-a-dia. Decidem tirar umas “férias” da sua vida. Pedem um carro emprestado a um amigo e fazem uma viagem. No carro (estas desconhecem que foi roubado pelo amigo) encontram duas armas. Elas pensam que são brinquedos e disparam uma acidentalmente. As armas pertencem a um polícia e a um mafioso que as perderam num jogo de cartas. Eles necessitam as armas de volta. O polícia pela razão óbvia; o mafioso, porque era uma prenda para o seu chefe. Ambos estão metidos em problemas se não as recuperam. Pelo caminho as raparigas metem-se em problemas por usar as armas num café. Ganham mais uma companheira de viagem, Young-mi (Eun-ji Jo), empregada do café. Mais confusão pelo caminho e ganham outra companheira, Jin-a (Young-jin Lee), dona de uma loja de roupa, também com problemas que a levam a deixar a sua vida quotidiana. Tornam-se heroínas de milhares de jovens pelo país fora. É até feito um website sobre as 4 raparigas e as suas aventuras. AFRIKA (Adoring Four Revolutionary Idols Korea Association) é o nome atribuído ao grupo.
Fiquei desiludido com este filme. Talvez por ter algumas expectativas algo altas depois de ter lido a sinopse e algumas críticas mais favoráveis. As personagens não são bem exploradas, o que seria muito importante para a história. Apenas nos são dados a conhecer uns pequenos pormenores das suas vidas que as levam a encetar esta aventura. Não há nada que nos leve a gostar muito delas ou querer estar no seu lugar. Falta esse background de que falei, a história e as personalidades de cada uma das personagens. Apenas acção (nem muita) intercalada com alguns momentos mais divertidos (nem muito divertidos). Sem muito “sumo”, leia-se. A cena do “duelo” entre duas das raparigas é exagerada, tanto no dramatismo exacerbado como na utilização de câmara a 360 graus. Parece quase uma sátira aos policiais de Hong Kong. O único problema é que a coisa é feita de uma maneira séria, não se tratando de uma sátira. E o final, além de previsível, é perfeitamente irreal. E as impressões digitais? E todas as balas disparadas com a arma do polícia? E as centenas de testemunhas? E muito mais falha no argumento. Não houve uma preocupação em cuidar destes pormenores. Simplesmente focaram as atenções no facto das raparigas fugirem da sua vida quotidiana, embarcarem nume aventura estilo “Thelma & Louise”, de se tornarem ídolos Pop, e na preocupação da dupla polícia / mafioso em recuperarem as suas armas. Mastiga e deita fora, tipo filme de meio calibre de Hollywood. A dupla polícia / mafioso (acompanhados por um ajudante do mafioso) é hilariante e as curtas passagens em que temos a hipótese de os ver, são mais interessantes do que propriamente as cenas com as raparigas. Outra cena engraçada, é o facto do dono da estação de serviço ser o mesmo de “Attack The Gas Station” (1999), um filme com uma temática similar. O homem é roubado novamente e obrigam-no a cantar mais uma vez. Além destes momentos altos, não há muito mais de apelativo. Há filmes muito melhores no género, não só na Coreia do Sul mas também, e principalmente, em Hong Kong. Puro entretenimento, e nada mais. Um filme mediano para quem pretende passar um bom bocado sem se preocupar muito em dissecar argumentos, actuações ou realizações. 50%
RDS

IMDB:
http://www.imdb.com/title/tt0306442/

07/04/08

Oi Dau Dai / See You In You Tube (2008)

Ling (Elanne Kwong) e Janice (Janice Man) são as melhores amigas. Desde pequenas que competem por tudo e mais alguma coisa. Até que têm que competir pela atenção de Him (Chung Him Law), um estudante de cinema que vive com o seu primo. Him necessita de dinheiro para ajudar uma pessoa que está no hospital e começa a dar aulas de fotografia e vídeo. As raparigas, como é evidente, inscrevem-se. Him aproveita a competitividade das raparigas e começa a gravar um programa misto de “Jackass” e concurso de TV. Cada uma das raparigas escolhe 5 pessoas e depois cada uma das equipas submete-se a uma série de desafios que se tornam, cada vez mais, ousados e até perigosos. Cantar os parabéns no funeral de um membro de uma tríade; entrar numa joalharia com uma máscara de ski e uma arma falsa para comprar (sim, comprar) um colar de ouro (de salientar que em Hong Kong as joalharias são guardadas por seguranças armados); ou ainda entrar num cemitério à noite para distribuir comida aos falecidos; estes são alguns dos desafios.
Esta produção de baixo orçamento de Oxide Pang foi realizada por sete pessoas distintas (sob a designação Seven’s), na sua maioria estudantes de cinema. Á partida pode parecer algo do género do execrável “Jackass” (não chega tão ao extremo, até porque aqui é tudo fictício) ou uma típica comédia de liceu / universidade. É uma fusão de ambos, sem chegar sequer a atingir os propósitos de uma ou de outra. Há aqui ideias boas, mas não chegam a ser concretizadas na perfeição. Gostei da ideia de reunir os sete realizadores que, apesar de serem inexperientes, conseguem introduzir uma certa inovação e frescura que acaba por resultar bem a maioria das vezes. Gostei da gravação de câmara em punho. Gostei do tom de documentário que Him atribui ao seu filme dentro do filme. Nota-se que o elenco se divertiu a gravar. Isso é muito bom e ajuda ao espírito do filme. E gostei, principalmente, da cena do cemitério. Dêem uma oportunidade à pessoa que realizou essa sequência e esta poderá chegar longe! Os pontos negativos também são muitos. Diria que são quase 50/50. As personagens não são bem exploradas. A parte mais divertida do filme não é assim tão hilariante. A parte mais séria do filme e toda a questão da amizade e do amor também não são tão bem exploradas como poderiam. Juntem a isto um elenco constituído por jovens caras do espectáculo de Hong Kong (jovens actores, modelos, cantores Pop, etc) e têm filme.
No geral, pode-se dizer que as boas intenções eram muitas, mas ficaram pelo caminho. O resultado final é mediano. Vejam “See You In You Tube” com alguma abertura de mente (é diferente, isso é certo) e com alguma ligeireza (não esperem algo de transcendental, simples entretenimento). Uma mera curiosidade. Para ver com os amigos num fim-de-semana à noite e divertir-se um bocado. Nada mais. 65%
RDS

IMDB:
http://www.imdb.com/title/tt1179057/

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