15 anos depois do original “Escape From New York” (1981), John Carpenter volta a atacar com uma sequela. Desta feita tem a colaboração no argumento do próprio Kurt Russell e de Debra Hill. E, mais uma vez, Carpenter foi também responsável pela banda sonora (com a colaboração de Shirley Walker). Além de Russell, temos em EFLA um fantástico rol de actores e actrizes, a saber, Stacy Keach (como o Comandante Malloy), Steve Buscemi, Pam Grier, Michelle Forbes, Valeria Golino, A.J. Langer, Cliff Robertson, entre outros.
Estamos em 2013. Existe uma nova ordem nos USA. O país tem como Presidente (Cliff Robertson) um moralista que proibiu coisas como sexo extra marital, álcool, tabaco, carne vermelha, o culto de outras religiões, etc (a ficção não é lá muito diferente da realidade, pois não?). Depois de um terramoto, Los Angeles, uma cidade extremamente imoral aos olhos do novo Presidente, fica separada do resto do continente e deixa de ser considerada território Norte-Americano. Esta passa a ser uma ilha destinada a deportar não só os criminosos, mas também os indivíduos que por irem contra a “nova ordem” perdem a sua cidadania. Tal como no filme original, Snake Plissken (Russell) volta a ser “convidado” a entrar em Los Angeles para levar a cabo uma missão suicida. Aqui é também injectado com um vírus mortal, ficando apenas com 9 horas para completar a sua missão e, só depois disso, lhe será administrado o antídoto. Desta feita, ele tem de recuperar um aparelho que pode desligar qualquer sistema na face da Terra e deixar um país, ou até mesmo o mundo inteiro, sem qualquer tecnologia moderna. Deixá-lo na idade da pedra, por assim dizer. Este aparelho foi roubado do Presidente pela sua própria filha Utopia (A.J. Langer) que foge com o seu novo namorado Cuervo Jones (George Corraface), um guerrilheiro de origem latina com fortes semelhanças físicas a Che Guevara. Plissken tem de recuperar o aparelho em tempo recorde e matar Utopia a mando do seu próprio pai. Durante o filme vemos Russell a fazer surf bem no meio de Los Angeles, assim como a sobrevoar a cidade em asa delta, perseguir a comitiva de Cuervo de mota, etc. Muita acção e movimento, isso é garantido! E para o ajudar a criar confusão este tem a ajuda de “Map To The Stars” Eddie (Steve Buscemi), Hershe Las Palmas (Pam Grier), Taslima (Valeria Golino) entre outros. Desde o argumento (cópia descarada do filme original), aos efeitos especiais quase série B, até à prestação exagerada de Russell, tudo é muito kitsch, cliché e caricaturado, mas é tudo propositado. Carpenter e Russell conseguem em “Escape From L.A.” uma bela sátira, tanto ao clássico de 1981, como à grande maioria dos estilizados filmes Norte-Americanos de acção, policiais, ficção científica, sequelas sem imaginação, etc, recorrendo a um sem número de clichés dos mesmos. Não é tão bom como o original, lá isso é verdade, mas é um excelente filme direccionado para quem é fã desse clássico de 1981, ficção científica, distopias, acção, policiais e até westerns. E, como alguém disse no IMDB, este tem um dos melhores finais de sempre. É ver para constatar. 70%
RDS
IMDB: http://www.imdb.com/title/tt0116225/
Estamos em 2013. Existe uma nova ordem nos USA. O país tem como Presidente (Cliff Robertson) um moralista que proibiu coisas como sexo extra marital, álcool, tabaco, carne vermelha, o culto de outras religiões, etc (a ficção não é lá muito diferente da realidade, pois não?). Depois de um terramoto, Los Angeles, uma cidade extremamente imoral aos olhos do novo Presidente, fica separada do resto do continente e deixa de ser considerada território Norte-Americano. Esta passa a ser uma ilha destinada a deportar não só os criminosos, mas também os indivíduos que por irem contra a “nova ordem” perdem a sua cidadania. Tal como no filme original, Snake Plissken (Russell) volta a ser “convidado” a entrar em Los Angeles para levar a cabo uma missão suicida. Aqui é também injectado com um vírus mortal, ficando apenas com 9 horas para completar a sua missão e, só depois disso, lhe será administrado o antídoto. Desta feita, ele tem de recuperar um aparelho que pode desligar qualquer sistema na face da Terra e deixar um país, ou até mesmo o mundo inteiro, sem qualquer tecnologia moderna. Deixá-lo na idade da pedra, por assim dizer. Este aparelho foi roubado do Presidente pela sua própria filha Utopia (A.J. Langer) que foge com o seu novo namorado Cuervo Jones (George Corraface), um guerrilheiro de origem latina com fortes semelhanças físicas a Che Guevara. Plissken tem de recuperar o aparelho em tempo recorde e matar Utopia a mando do seu próprio pai. Durante o filme vemos Russell a fazer surf bem no meio de Los Angeles, assim como a sobrevoar a cidade em asa delta, perseguir a comitiva de Cuervo de mota, etc. Muita acção e movimento, isso é garantido! E para o ajudar a criar confusão este tem a ajuda de “Map To The Stars” Eddie (Steve Buscemi), Hershe Las Palmas (Pam Grier), Taslima (Valeria Golino) entre outros. Desde o argumento (cópia descarada do filme original), aos efeitos especiais quase série B, até à prestação exagerada de Russell, tudo é muito kitsch, cliché e caricaturado, mas é tudo propositado. Carpenter e Russell conseguem em “Escape From L.A.” uma bela sátira, tanto ao clássico de 1981, como à grande maioria dos estilizados filmes Norte-Americanos de acção, policiais, ficção científica, sequelas sem imaginação, etc, recorrendo a um sem número de clichés dos mesmos. Não é tão bom como o original, lá isso é verdade, mas é um excelente filme direccionado para quem é fã desse clássico de 1981, ficção científica, distopias, acção, policiais e até westerns. E, como alguém disse no IMDB, este tem um dos melhores finais de sempre. É ver para constatar. 70%
RDS
IMDB: http://www.imdb.com/title/tt0116225/