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18/11/08

Population: 1 (1986) (Cult Epics / AgitPop Media, DVD, 2008)

“Population: 1” é um musical de contornos new wave / punk / anarquista datado de 1986, escrito e realizado por Rene Daalder e protagonizado por Tomata duPlenty (vocalista dos LA electro-punks The Screamers) e Sheela Edwards. Tomata é o único sobrevivente de um holocausto nuclear e vive sozinho num “bunker”. Ao longo de uma hora, este narra a história dos USA de um ponto de vista pessoal, distorcido, e de uma maneira algo anárquica, mas com muitas intervenções socio-políticas. Intercalando o monólogo de Tomata com passagens musicais New Wave que são autênticos promovídeos, vamos ouvindo a sua vida, a sua relação com a sua amada (Sheela) e um bizarro resumo da outrora grande civilização que foi USA. Além do já falecido músico (personagem principal) e Sheela Edwards, “Population: 1” conta com a participação de membros de Los Lobos, Beck (com 12 anos de idade) e o seu avô Al Hansen (músico da Fluxus), Vampira (Maila Nurni), Penelope Houston, El Duce, entre outros.
Em 2008, através da Norte-Americana Cult Epics e com parceria da AgitPop Media, este filme vê edição em DVD duplo com inúmeros extras. Faz parte da “The Rene Daalder Collection” e inclui, além da versão restaurada “Director’s Cut” do filme, trailers, 40 minutos ao vivo e um promovideo dos The Screamers, cenas de “Mensch” (a prequela de “Population: 1”), uma entrevista com Rene Daalder, gravações raras de Al Hansen, uma entrevista com Vampira, entre outros documentários e material musical. Ao todo são cerca de 3h30m de pérolas vídeo e áudio. É, portanto, como habitual nas edições da Cult Epics, uma edição de luxo na qual se emprega bem o nosso rico dinheirinho. 85%
RDS

Cult Epics:
http://www.cultepics.com/
Official Website: http://www.population1movie.com/
IMDB: http://www.imdb.com/title/tt0091781/

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Population: 1 - Trailer

27/10/08

Death Race 2000 (1975)

Estamos no ano 2000 (em 1975 era visto como o futuro). Uma guerra em 1979 deixou os USA num estado de caos. Uma brutal corrida de automóveis, autorizada pelo próprio presidente, tem lugar todos os anos e é considerada um desporto nacional. Os concorrentes ganham pontos por atropelar os peões e, quanto mais nova ou mais velha a pessoa, mais pontos vale. A Resistência foi criada por um grupo de cidadãos para lutar contra o presidente, o actual governo dos USA e a mortal corrida. Para isso, infiltraram uma pessoa na corrida.
Sangue alaranjado, carros a derrapar na terra, explosões absurdas, alguma nudez, algum “gore” (pouco se vê, mas a nossa imaginação consegue ser bem brutal), humor negro, boa disposição e uma banda sonora “kitsch” a condizer. E com nomes como David Carradine, (um ainda jovem) Sylvester Stallone ou Martin Kove, temos filme. Um verdadeiro clássico de 70s exploitation meus amigos!
Um “remake” intitulado “Death Race 3000” foi lançado neste ano de 2008. Ainda não o vi mas estou curioso para ver como ficou, se estará mais brutal, mais ligeiro, se perdeu a magia do original… Mas para já, recomendo vivamente o original. Diversão a rodos é garantida! 80%
RDS

IMDB:
http://www.imdb.com/title/tt0072856/

12/10/08

Krull (1983)

Um monstro apelidado de “A Besta” ataca o Planeta Krull. Para se defenderem deste ataque, dois soberanos fazem uma aliança através do casamento dos seus filhos, o Príncipe Colwyn (Ken Marshall) e a Princesa Lyssa (Lysette Anthony). O castelo é atacado pelos “Slayers” (o exército da Besta) durante o casamento, os dois reis são assassinados, a Princesa é raptada e Colwyn é ferido gravemente. Depois de recuperar, este parte em auxílio de Lyssa. No início da jornada fica em posse de uma poderosa arma chamada “The Glave” que consiste numa espécie de bumerangue de 5 lâminas. Pelo caminho vai reunindo um peculiar grupo de aliados: o mago da corte Ynyr (Freddie Jones), um vidente cego (John Welsh), um grupo de bandidos que escapou recentemente da prisão (entre os quais os conhecidos Alun Armstrong, Liam Neeson e Robbie Coltrane), um mago com poucos poderes (David Battley), um cíclope (Bernard Bresslaw), e o miúdo ajudante do vidente, Titch (Graham McGrath). Estes têm de chegar à Fortaleza Negra (que nunca está no mesmo sítio muito tempo), resgatar a Princesa e eliminar A Besta e o seu exército.
Na linha dos filmes de fantasia / aventura / sci-fi que se propagou nos finais da década de 70 e primeira metade dos 80s, este “Krull” não traz nada de novo mas está muito bem feito. Fica tudo a meio caminho: uma história pouco original que segue a linha habitual, mas agrada; representações acima da média sem chegar a ser exemplares; efeitos especiais “kitsch” típicos dos 80s e que hoje têm um certo ar de série B (o que me agrada particularmente); trabalho de fotografia acima da média; banda sonora típica mas agradável e bem encaixada (cortesia de James Horner); e um desenlace mais que previsível. Mas isto é mau? Não senhor, muito pelo contrário. É um filme que vai agradar a fãs do género pois tem todos os ingredientes na dose certa. São duas horas bem passadas. Mas a minha opinião talvez seja de desconfiar pois já tinha visto “Krull” há uns bons anos atrás, quando ainda era criança, e este ficou retido na memória de um modo positivo. Para fãs de Star Wars, Excalibur, Ewoks, Dragonslayer, The Sword And The Sorcerer, Kull, Hercules / Xena, Lord Of The Rings, etc. Vocês sabem quem são, he, he! 80%
RDS

IMDB:
http://www.imdb.com/title/tt0085811/

18/09/08

Ultraman Mebius And Ultra Brothers / Urutoraman Mebiusu Ando Urutora kyôdai (2006)

Em comemoração dos 40 anos da franquia Ultraman surge este filme que reúne algumas das personagens e actores originais. Neste “Ultraman Mebius And Ultra Brothers” uma coligação de monstros de diversas proveniências da galáxia é formada com o intuito de conquistar a Terra. Para os deter está Ultraman Mebius de Nebula M-78. Este é o sucessor de uma linhagem de Ultra Brothers que tem protegido a Terra de ataques por parte de monstros extraterrestres durante 40 anos. Os atacantes tentam acordar o super monstro U-Killer Zarus, o qual foi derrotado pelos Ultra Brothers há 20 anos atrás, e que se encontra adormecido na baía de Kobe. Mas Ultrama Mebius não consegue derrotar os extraterrestres sozinho e muito menos o poderoso Ultra Killer Zarus, tendo para isso ajuda de Ultraman, Ultra Seven, Ultraman Jack, Ultraman Ace, Ultraman Taro e Zoffy. E todos (excepção de Zoffy) são interpretados pelos actores originais! Querem melhor?
As ideias são as mesmas de sempre e a história não foge muito ao que já conhecemos de 40 anos de Ultraman. Os efeitos especiais são os típicos (e para que mudar?) e temos direito aos habituais fatos de borracha, aos seres humanos vestidos de extraterrestres / monstros com fatos bem “kitsch”, e às maquetes da cidade a 1/3 da altura dos heróis / monstros e que são destruídas pelos mesmos (e que propositadamente se nota que são maquetes). No campo dos efeitos especiais temos alguma ajuda de CGI em fusão com os tradicionais efeitos série B, mas não se preocupem os fãs porque isso não altera em nada a mística do filme. Para quem já conhece, é uma visualização obrigatória, quanto mais não seja pela participação dos actores originais. Para que não conhece, é uma visualização obrigatória para entrar no universo Ultraman. Eu gostei muito. Tem muita acção, cor, movimento, fantasia e divertimento a rodos (e alguma nostalgia também). Aconselho vivamente. 90%
RDS

IMDB:
http://www.imdb.com/title/tt0999922/

01/09/08

Ultraman: The Next (2004)

Em comemoração dos 40 anos deste herói japonês, Ultraman, eis que surge um novo filme e uma nova aventura. Esta faz parte do Ultra N Project que inclui também Ultraman Noa (live stage), Ultraman Nexus (série de TV) e um novo “manga”. O piloto de caças Maki (Tetsuya Bessho) é dado como morto após uma colisão com um misterioso meteorito. Mais tarde este é encontrado vivo mas, não é mesmo Mike de antes do acidente. Ao mesmo tempo um misterioso monstro assola Tóquio e destrói tudo o que se encontra no seu caminho. Esse poderoso monstro, que foi apelidado de “The One”, absorve o poder dos diversos animais que encontra no caminho para obter mais poder. A batalha entre os dois é inevitável. Uma história simples mas eficaz (e queremos mais neste tipo de filmes?); excelentes efeitos especiais; muita acção e fantasia; uma óptima realização (Kazuya Konaka); um bom elenco e uma bombástica banda sonora (algures entre o típico “score” para os filmes de monstros Japoneses, vulgo “kaiju”, filmes de acção toscos dos 80s e algum Hard Rock), é o que encontramos neste “Ultraman: The Next”. Vale a pena para os fãs de Ultraman e não só. Não é uma obra-prima, longe disso, mas é puro entretenimento do início ao fim! 80%
RDS

IMDB:
http://www.imdb.com/title/tt0471414/

17/05/08

Screamers (1995)

Planeta Sirius 6B. Ano de 2078. Este planeta mineiro foi devastado pela guerra. Os cientistas criaram uma arma letal com base em inteligência artificial que consiste numa lâmina giratória. Estas armas, chamadas “Screamers”, que conseguem duplicar-se a si mesmas, “vivem” debaixo de Terra e têm uma única missão que consiste em eliminar todos os inimigos que encontram. Com o passar do tempo, os próprios “Screamers” conseguiram criar outro tipo de armas mais perigosas e mais evoluídas. O Coronel Hendricksson (Peter Weller, “Robocop”), líder de um grupo de sobreviventes da Aliança, está farto da maneira como os líderes políticos estão a lidar com a situação da guerra e decide negociar a paz com os soldados do NEB (New Economics Bloc). Mas o Planeta está cheio de “Screamers”, tanto originais como dos novos modelos.
“Screamers”, datado de 1995, é um filme de ficção científica distópica baseado no conto “Second Variety” de Philip K. Dick, escritor do conto “Do Androids Dream of Electric Sheep” que serviu de base ao clássico de 1982 “Blade Runner”. O argumento para este filme foi escrito por Dan O’Bannon e Miguel Tejada-Flores.
Em primeiro lugar, estamos a falar de um filme de ficção científica, centrado numa sociedade distópica, logo os exageros são típicos e bemvindos. Em segundo lugar, o orçamento para o filme era baixíssimo. Dito isto, não esperem nada ao nível do já mencionado clássico de 1982, nem nada que se pareça a filmes com orçamentos astronómicos como “Star Wars” ou “Matrix”, para mencionar alguns mais conhecidos. Não sendo excepcional, nem a nível de história (muito simples), nem a nível de efeitos especiais (poucos, mas eficazes), não deixa de ser um bom filme, bem acima da média. A actuação de Peter Weller não é digna de louvores, mas o Coronel Hendricksson está credível. Certos “blockbusters” de Hollywood têm muito menos essência e performances bem mais sofríveis do que “Screamers”. Mas claro está, isto vindo de um fã de sci-fi e logo, suspeito ao dizer isto. Recomendo apenas a fãs “diehard” do género. Os outros afastem-se rapidamente e vão alugar os filmes premiados com Oscars. 70%
RDS

IMDB:
http://www.imdb.com/title/tt0114367/


10/05/08

Escape From L.A. (1996)

15 anos depois do original “Escape From New York” (1981), John Carpenter volta a atacar com uma sequela. Desta feita tem a colaboração no argumento do próprio Kurt Russell e de Debra Hill. E, mais uma vez, Carpenter foi também responsável pela banda sonora (com a colaboração de Shirley Walker). Além de Russell, temos em EFLA um fantástico rol de actores e actrizes, a saber, Stacy Keach (como o Comandante Malloy), Steve Buscemi, Pam Grier, Michelle Forbes, Valeria Golino, A.J. Langer, Cliff Robertson, entre outros.
Estamos em 2013. Existe uma nova ordem nos USA. O país tem como Presidente (Cliff Robertson) um moralista que proibiu coisas como sexo extra marital, álcool, tabaco, carne vermelha, o culto de outras religiões, etc (a ficção não é lá muito diferente da realidade, pois não?). Depois de um terramoto, Los Angeles, uma cidade extremamente imoral aos olhos do novo Presidente, fica separada do resto do continente e deixa de ser considerada território Norte-Americano. Esta passa a ser uma ilha destinada a deportar não só os criminosos, mas também os indivíduos que por irem contra a “nova ordem” perdem a sua cidadania. Tal como no filme original, Snake Plissken (Russell) volta a ser “convidado” a entrar em Los Angeles para levar a cabo uma missão suicida. Aqui é também injectado com um vírus mortal, ficando apenas com 9 horas para completar a sua missão e, só depois disso, lhe será administrado o antídoto. Desta feita, ele tem de recuperar um aparelho que pode desligar qualquer sistema na face da Terra e deixar um país, ou até mesmo o mundo inteiro, sem qualquer tecnologia moderna. Deixá-lo na idade da pedra, por assim dizer. Este aparelho foi roubado do Presidente pela sua própria filha Utopia (A.J. Langer) que foge com o seu novo namorado Cuervo Jones (George Corraface), um guerrilheiro de origem latina com fortes semelhanças físicas a Che Guevara. Plissken tem de recuperar o aparelho em tempo recorde e matar Utopia a mando do seu próprio pai. Durante o filme vemos Russell a fazer surf bem no meio de Los Angeles, assim como a sobrevoar a cidade em asa delta, perseguir a comitiva de Cuervo de mota, etc. Muita acção e movimento, isso é garantido! E para o ajudar a criar confusão este tem a ajuda de “Map To The Stars” Eddie (Steve Buscemi), Hershe Las Palmas (Pam Grier), Taslima (Valeria Golino) entre outros. Desde o argumento (cópia descarada do filme original), aos efeitos especiais quase série B, até à prestação exagerada de Russell, tudo é muito kitsch, cliché e caricaturado, mas é tudo propositado. Carpenter e Russell conseguem em “Escape From L.A.” uma bela sátira, tanto ao clássico de 1981, como à grande maioria dos estilizados filmes Norte-Americanos de acção, policiais, ficção científica, sequelas sem imaginação, etc, recorrendo a um sem número de clichés dos mesmos. Não é tão bom como o original, lá isso é verdade, mas é um excelente filme direccionado para quem é fã desse clássico de 1981, ficção científica, distopias, acção, policiais e até westerns. E, como alguém disse no IMDB, este tem um dos melhores finais de sempre. É ver para constatar. 70%
RDS

IMDB:
http://www.imdb.com/title/tt0116225/

11/04/08

Soldier (1998)

Bebés do sexo masculino são seleccionados à nascença para fazerem parte de uma elite de soldados duros, frios, sem emoções, autênticas máquinas de guerra. Para o efeito, desde a nascença e até à idade adulta que são alvos de lavagens cerebrais e um treino físico extremo. Meados do século XXI. Um dos jovens que vimos durante os primeiros minutos de filme, Todd (Kurt Russell), é já um adulto. É um dos melhores soldados da sua unidade. No entanto, uma nova elite geneticamente alterada toma o lugar dos veteranos. Todd tem de lutar com um desses novos soldados, Caine 607 (Jason Scott Lee) para provar que ainda é um soldado com potencial. No entanto este é vencido e, no final da luta, pensam que está morto. O seu corpo é largado, junto com lixo tecnológico, num planeta desabitado. Mas este planeta não está desabitado e Todd encontra uma colónia de refugiados. Aqui ele é confrontado com outra realidade que não a dele, tendo de conviver com civis e, principalmente, mulheres e crianças. A sua humanidade começa a despertar. A nova raça de soldados faz uma missão de treino no dito planeta e tem ordens para eliminar toda e qualquer forma de vida, se esta existir, mesmo que seja inofensiva. Todd tem de lutar ao lado da sua nova comunidade.
“Soldier” foi escrito por David Webb Peoples, que também escreveu os argumentos para “Blade Runner” (1982) ou “Leviathan” (1989), e realizado por Paul W.S. Anderson. Além dos atrás acima referidos temos também a participação de Jason Isaacs, Connie Nielsen, Gary Busey, James Black, Michael Chiklis ou Sean Pertwee, entre outros. Um elenco de luxo, portanto.
Muita gente teima em comparar “Soldier” a “Blade Runner”, talvez pelo facto de David Peoples ter escrito ambos argumentos. Isto leva, invariavelmente, a uma certa desilusão. Não se podem comparar os dois filmes. São distintos. Além disso, “Blade Runner” é uma obra-prima, um clássico, o que torna as comparações demasiado injustas para “Soldier”. Este é um fantástico filme de ficção-científica que, apesar de algumas cenas demasiado dramatizadas ao estilo Hollywood e direccionadas para o público geral, consegue os seus intentos. Kurt Russell, mais uma vez, está irrepreensível, e consegue transmitir a personalidade fria e dura do soldado Todd, assim como a sua posterior transformação, quase sem falar. Jason Isaacs, outra mais valia no filme, está fabuloso no papel do famigerado Mekum. Como é evidente, estes dois veteranos sobressaem, mas o resto elenco, acima mencionado, também cumpra bem o seu papel. Gostei da realização, da fotografia, dos efeitos especiais, da banda sonora. Está tudo fantástico. Não é uma obra-prima, mas é um excelente filme de ficção-científica com muita acção. É simples e directo, algo que pode não se adequar ao universo da ficção-científica, habitualmente mais exagerado, mas é eficaz. Os fãs do género vão gostar e, por não ser tão exagerado como já referi, também os fãs de filmes de acção. 75%
RDS

IMDB:
http://www.imdb.com/title/tt0120157/

09/04/08

Jam Films (2002)

“Jam Films” é uma antologia de 7 curtas-metragens. A linha oscila entre a ficção-científica, a comédia e o drama. A ideia é dar a conhecer o trabalho de novos talentos no cinema Japonês. Na sua grande maioria, estas curtas têm uma mensagem subentendida. Não vou estar a dissecar cada um dos temas retratados. Vou apenas dar-vos umas curtas sinopses e um breve comentário. Vejam e tirem as vossas próprias conclusões.

Intro: Inicia com uma introdução de CGI. Um cenário bem psicadélico em formato de videoclip. Simples mas eficaz.

1º Curta – The Messenger: Escrita e realizada por Ryuhei Kitamura. Ficção-científica / Thriller / Suspense. Um chefe do submundo é visitado por uma misteriosa mulher apelidada de “The Messenger”. Esta tem uma função importante e vai revelar ao mafioso algo importante sobre o seu destino. Excelente argumento e realização por parte de Kitamura. A fotografia, apesar de assentar em tons escuros (bem patentes na própria história), é um regalo para a vista. A cena do tiroteio é também assombrosa. A tensão mantém-se do início ao fim. Fabuloso. A minha favorita de toda a antologia. 95%

2º Curta – Kendama: Escrita e realizada por Tetuso Shinohara. Comédia. Um homem recebe um presente do seu patrão por ter ganho o campeonato de Sumo da empresa. Trata-se de um Kendama. Este não liga ao objecto e dá-o à sua colega. Mas depois volta atrás e quer o Kendama de volta. Mas ela não o devolve e começa a fugir. No decorrer da perseguição vai de encontro a um jovem que leva um saco com cebolas para casa. Os sacos trocam-se. Uma série de hilariantes encontros e desencontros tem início. Hilariante. A minha segunda favorita em “Jam Films”. Sem bem que eu ainda adicionaria uns 5 segundos ao final. Vejam e depois vão ter o mesmo pensamento que eu tive. 85%

3º Curta – Cold Sleep: Escrita e realizada por George Ida. Ficção-científica / Comédia. Um homem acorda de forma abrupta dentro de uma máquina de criogenia. Esta por sua vez encontra-se numa sala de uma escola primária. O homem está confuso e não sabe quem é ou onde está. Vê outras pessoas mas estas comportam-se de uma forma infantil. Todas excepto uma jovem que o vai informar do que se está a passar. Estes fazem parte de uma elite terrestre que tem de repovoar outro planeta. Mas as intenções de quem os enviou são bem diferentes. Sarcástico. Gostei, mas não é dos meus favoritos. 65%

4º Curta – Pandora / Hong Kong Leg: Escrita e realizada por Rokuro Mochizuki. Drama / Suspense. Uma mulher tem um segredo. Sofre de pé-de-atleta. Esta procura uma cura milagrosa na medicina Chinesa. Um homem encerrado numa caixa lambe os pés da mulher. Esta fica obcecada pelo homem que não conhece. De tons semi-eróticos mas bizarros. Gostei. Isto já é o tipo de material bizarro que espero do Japão. 75%

5º Curta – Hijiki: Escrita e realizada por Yukihiko Tsutsumi. Drama / Thriller / Comédia negra. Esta história tem um final depressivo. Se não quiser ver, faça uma pausa. È assim que o realizador introduz Hijiko. Fiquei imediatamente com a sensação de que iria ver algo esquisito. Um homem tem como reféns duas mulheres e uma garota. Estão sentados a comer Hijiko (daí o título do filme). A polícia tem o prédio circundado. Ficamos a conhecer o passado das personagens. As reféns tentam convencer o homem a entregar-se num momento e no outro pedem-lhe para as matar porque a sua vida não vale nada. A miúda está impávida e serena. Insulta até o sequestrador. O final é inesperado. Gostei muito deste. Mas um daqueles filmes que só poderia vir do Japão. Surreal e algo bizarro mas embalado em tons de comédia negra. 80%

6º Curta – Justice: Escrita e realizada por Isao Yukisada. Comédia. Um liceu. Enquanto decorre uma aborrecida aula de inglês, na qual se estuda o “Potsdam Declaration”, vários alunos tentar passar o tempo da “melhor” maneira. Quem se lembra dos seus tempos de liceu vai, com certeza, identificar-se com estes jovens. Um dos jovens em particular inicia um registo de pontuações. Este observa as raparigas na aula de educação física a saltar barreiras. Três equipas (vermelha, azul e verde) representam as cores dos calções de ginástica. Um ponto para cada equipa por ajeitar os calções depois de saltar as barreiras. Hilariante, mas com uma mensagem subliminar que inclui a já referida “Potsdam Declaration”. No entanto, algo difícil de assimilar a ideia principal por detrás deste “Justice”. Tenho de rever este com atenção. 80%

7º Curta – Arita: Escrita e realizada por Shunji Iwai. Drama. Desde pequena que a jovem protagonista vê uma personagem chamada Arita aparecer nos seus livros de escola, nos seus desenhos, etc. O que é Arita. Está viva ou não? Será imaginação sua? As outras pessoas não parecem conseguir ver Arita. Algo surreal esta curta. Mais uma daquelas histórias que só podiam ter saído da cabeça de um Japonês. Mais uma vez, uma mensagem implícita. 65%

Geral: 80%

RDS

IMDB:
http://imdb.com/title/tt0385791/

07/04/08

Breeders (1986)

A acção decorre em Manhattan. Um alienígena, que consegue assumir a forma física que quiser, está a violar virgens para efeitos de reprodução. A sua intenção é, pasmem-se, dominar o planeta Terra. O detective Andriotti e a doutora Pace tentam, desvendar o mistério por detrás das violações. O final é simplíssimo. Não vou contar para não vos arruinar o “clímax” do filme. Se bem que não há nada para arruinar. A coisa é do mais simples. O conceito é similar ao de “Species”. Pensem numa versão de baixo orçamento desse filme e ficam com uma ideia.
Típico série B da década de 80, baixo orçamento, péssimas performances do elenco, argumento do mais simples (é impressionante como em meados da década de 80, em Nova Iorque, todas as mulheres que aparecem são virgens, he, he), música pirosa (do tipo “sintetizador de trintão a viver na cave da casa da mãe”), muita gritaria histérica por parte das actrizes (imaginem uma sátira à cena do chuveiro de “Psycho”), efeitos especiais simples (a criatura é um tipo vestido com um fato de carnaval), e muita, mas mesmo muita nudez. Querem melhor?
Assustador? Nem pensar. Isto é tão assustador como “Gremlins” ou “Ghoulies”, he, he. Puro entretenimento. E é isso mesmo que se procura num filme destes. Apenas para fãs de série B. Os outros afastem-se porque vão achar que isto é uma bela merda. E se calhar até têm razão. 65%
RDS

IMDB:
http://www.imdb.com/title/tt0090771/

27/03/08

Jim Henson's The Cube (1969) - Excerto 2

Jim Henson's The Cube (1969) - Excerto 1

Jim Henson’s The Cube (1969) & Time Piece (1965)

Não, não estamos a falar do filme Canadiano de suspense / ficção-científica. Este “The Cube” é um telefilme de 1 hora escrito (em parceria com Jerry Juhl) e realizado por Jim Henson (o mesmo de “Muppets Show”) para o programa de NBC “Experiment in Television”. A data de emissão foi 23 de Fevereiro de 1969.
Um homem está preso dentro de um cubo e não sabe como foi lá parar. Durante os cerca de 54 minutos em que decorre o filme, várias pessoas abrem diversas portas e entram no cubo. Depois de interagir com o homem, saem pela mesma porta por onde entraram. Mas quando o nosso herói tenta abrir a porta para sair, esta já não existe. O cubo está novamente fechado. Uma das personagens diz-lhe que ele tem de encontrar a sua própria porta para poder sair. Mas como? Qual é a minha porta? Como a consigo encontrar? São estas algumas das dúvidas do homem. E cada uma das personagens que entra não lhe satisfaz as dúvidas, pelo contrário, ainda o deixam com mais! Questões filosóficas sobre identidade, tempo, realidade, ilusão, entre outras, são debatidas em conjunto com cada um dos visitantes. Será que o “homem no cubo” conseguirá encontrar “a sua porta” e finalmente sair?
Richard Schaal está fantástico no papel do “homem no cubo” e, quanto à realização de Jim Henson, não haja dúvidas, está irrepreensível. O homem era um génio.
Hilariante, desconcertante, surrealista. Uma obra-prima. P.S. O original é a branco e preto, mas eu vi uma cópia a cores. 100%
RDS

IMDB: http://www.imdb.com/title/tt0291118/

A par com este telefilme tive ainda a oportunidade de ver “Time Piece”, uma curta-metragem de 9 minutos datada de 1965, escrita, realizada e protagonizada pelo próprio Jim Henson. Experimental, surrealista, musical, poética até. “Time Piece” é uma espécie de videoclip musical que lida com o assunto do tempo em várias vertentes tais como: o tempo como conceito filosófico, deslocação no tempo e a escravização do homem ao mesmo. Mais uma vez, o homem era um génio! 100%
RDS

IMDB: http://www.imdb.com/title/tt0059807/

[Escrito ao som de Yoshida Tatsuya / Satoko Fukii “Erans” (Tzadik 2004)]

13/03/08

Escape From New York (1981) - Trailer

Escape From New York (1981)

“Escape From New York”, de John Carpenter, é um filme simples, com uma história simples, poucos efeitos especiais (o baixo orçamento a isso o obrigou), sem qualquer tipo de mensagem social ou política subentendida. É um filme de ficção científica / acção cuja história se desenrola num cenário semi-apocalíptico. Tal como muitos outros filmes com uma temática similar. E mesmo assim consegue ser um filme fantástico, que com o passar dos anos ainda se vê com grande gozo, e que se tornou num dos grandes filmes de culto de John Carpenter. E eu sou um dos que o vê como tal.
A cidade de Nova Iorque foi transformada numa grande prisão, rodeada por altos muros que são policiados dia e noite. Mas lá dentro não há qualquer tipo de autoridade. Os criminais são lá “despejados” e abandonados à sua sorte. A cidade-prisão, onde reina o Duque de Nova Iorque (Isaac Hayes), tem as suas próprias leis (ou falta delas).
Um helicóptero que transporta o presidente dos Estados Unidos tem um acidente e cai na referida cidade-prisão. O presidente deve ser resgatado antes que seja capturado pelos criminais que povoam a cidade-prisão. O comissário Bob Hauk (Lee Van Cleef) recruta Snake Plissen (Kurt Russell), por meio de chantagem, para efectuar uma missão de salvamento secreta. Snake é um ex-militar que lutou pela sua pátria, que não teve o apoio da mesma quando dele necessitou (estamos a falar dos Estados Unidos pós Vietname) e que, eventualmente acabou por se tornar num criminoso, actualmente a cumprir pena. E é neste simples pressuposto que se baseia a acção do filme.
Ficção científica, muita acção, algum humor são os ingredientes que fazem este clássico de culto. A realização de Carpenter é soberba; a fotografia é fantástica (típico cenário apocalíptico finais 70s / inícios 80s); e as performances dos actores são perfeitas, principalmente Kurt Russell que está ao mais alto nível com a sua intocável interpretação do típico anti-herói Snake. Além dos nomes já enunciados, podemos ainda realçar Harry Dean Stanton como Harold “Brain” Helman, Ernest Borgnine como o taxista “Cabbie” e Adrienne Barbeau como Maggie.
Para todos os fãs de John Carpenter, ficção-científica, acção em geral e dos filmes com o típico ar “kitsch” dos 80s. De salientar que este “Escape From N.Y.” teve uma sequela em 1996 intitulada “Escape From L.A.” (Carpenter já com um nome forte em Hollywood e um orçamento mais alto para trabalhar) que nos traz de novo Snake Plissen, desta feita em Los Angeles. Mas comentários a este ficam para uma próxima ocasião. 80%
RDS

IMDB:
http://www.imdb.com/title/tt0082340/

29/02/08

Masters Of The Universe (1987)

Alguém se lembra de na sua infância adorar o grande He-Man? Se forem mais ou menos da minha idade, então lembram-se perfeitamente da dita personagem de desenhos animados. Pois, esta é a transposição desse herói para o grande ecrã. O filme é datado de 1987 e conta com um jovem Dolph Lundgren na pele de He-Man, Frank Lagella como Skeletor, além de James Tolkan, Meg Foster, Christina Pickles, Billy Barty e uma jovem Courteney Cox (a atingir reconhecimento mais tarde com a famosa série de TV “Friends”) com papéis secundários.
É pena terem apostado numa acção desenrolada em grande parte no Planeta Terra, pois gostaria de ter visto como recriariam Eternia no grande ecrã. Do universo He-Man temos apenas as personagens, Greyskull (o covil do mau da fita, Skeletor), e pouco mais. Imposições do orçamento quiçá? Resultou mais num filme de acção com toques de fantasia / ficção científica do que propriamente numa recriação do universo He-Man.
Quanto às interpretações, Dolph Lundgren ainda estava muito verde, se é que alguma vez esteve maduro, fazendo com que o herói da história, He-Man, parecesse algo retardado mentalmente. Mais tarde Lundgren alcançou algum reconhecimento com os seus filmes de acção do género “um contra todos”, mas as suas qualidades como actor continuaram praticamente inexistentes. Frank Langella está soberbo com a sua interpretação do famigerado Skeletor. Uma das mais valias do filme. As interpretações de Man-At-Arms e Teela também não estão más. Nada de surpreendente mas aceitável. Couteney Cox demonstra já aqui as suas qualidades de representação.
A banda sonora de Bill Conti também está fantástica, atribuindo ao filme um tom mais épico, embora com algumas colagens descaradas a John Williams e o seu trabalho para Star Wars.
Há muitos pontos negativos mas também há muitos positivos. As criaturas sob o comando de Skeletor estão bem caracterizadas mas algo mal representadas pelos respectivos actores. Os efeitos especiais e cenários (os do lado da fantasia pois, como já disse, muita da acção desenrola-se no Planeta Terra) são muito bons para a altura e típicos da ficção científica / terror / fantasia dos 80s. É claro que não estamos a falar de Star Wars nem nada do género, mas mesmo assim material muito bom. Poderia ter resultado muito melhor mas, apesar de algumas falhas já apontadas, esta é uma boa aposta para os fãs da série de animação, fantasia e ficção científica em geral. 70%
RDS

IMDB: http://www.imdb.com/title/tt0093507/
Masters Of The Universe - Fan-made Trailer

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