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17/10/08

Akuerian Eiji: Gekijô Ban / Aquarian Age: The Movie (2008)

Este filme é baseado num popular jogo de cartas coleccionáveis (e segundo parece também existe um anime). Alguns jovens de liceu descobrem que têm características genéticas especiais, entre as quais poderes sobrenaturais e asas de anjo/demónio. Mal se apercebem disso e encontram-se no meio de uma batalha milenar que opõem 5 tribos diferentes. É este o conceito geral de “Aquarian Age The Movie”. Agora, quanto ao filme em si, se não se conhecer esta premissa, é algo difícil chegar lá sozinho. O filme começa bem com tons negros, algures entre o gótico e o cyberpunk, alternam-se situações paralelas com uma rapidez estonteante, uma banda (Alice Nine) de “Visual Kei” actua num bar, a coisa começa a entusiasmar-me. Mas rapidamente começo a perder o gozo. É demasiado confuso (não complexo, mas mesmo confuso!). As personagens não são devidamente apresentadas ou exploradas, logo não ficamos a saber quem é quem, se é bom ou mau; não nos dão uma pequena introdução ao passado das tribos e a referida batalha, logo não se sabe quem está envolvido e as suas razões; a história demora imenso a desenvolver. Quando a coisa se começa a compor, amizades entre elementos de tribos são estabelecidas, surge uma personagem misteriosa (mais uma), os efeitos especiais começam a marcar presença e criar ambiente (vê-se pela primeira vez alguém a abrir as asas), vai ter inicio uma luta. Mas acaba o filme. Não consigo encontrar nenhuma informação na internet acerca disto mas, segundo parece, “Aquarian Age” está dividido em duas partes e irá haver uma continuação. Quando? Não sei. Se alguém puder ajudar nesta questão agradecia. Fiquei com água na boa mas… acabei por ficar cheio de fome. Estava à espera de uma coisa e saiu-me outra (o que eu pensava ver apenas está presente nos últimos 10 minutos). Pode ser que na continuação haja algum desenvolvimento da história, acção e efeitos especiais. É esperar para ver. Alguém tem mais informação? 40% (?)
RDS

Website Oficial:
http://www.aquarian-movie.com/
IMDB: http://www.imdb.com/title/tt1204355/
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Aquarian Age - Trailer

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alice nine. - Mirror Ball (PromoVideo)

09/10/08

Hae-boo-hak-kyo-sil / The Cut (2007)

Mais um filme de terror Sul-Coreano que tive o (des)prazer de ver. Na verdade, a premissa deste não foge muito a aquilo que se faz no Ocidente e, faz até lembrar muito “Anatomie”. Mas, enquanto que no filme alemão lidamos com seres humanos perversos, em “The Cut” lidamos com entidades sobrenaturais e o seu desejo de vingança (claro, estamos a falar de um filme Asiático).
Um grupo de seis estudantes de medicina começa a ter sonhos e alucinações arrepiantes depois de uma aula de anatomia, na qual lhes foi atribuído o cadáver de uma bela jovem. Um a um estes vão começar a morrer de forma estranha e começam a aperceber-se de que está tudo ligado ao cadáver e ao passado da jovem. A história não é nada do outro mundo (ou talvez seja) mas está bem desenvolvida, bom argumento, excelente realização (muito importante num filme de terror com uma forte componente de suspense) e soberbas interpretações por parte de todo o elenco. Além disso, o final é inesperado, se bem que já vi reviravoltas do género noutros filmes e os mais “espertinhos” vão dizer que já estavam a prever aquele desenlace (no final do filme todos são muito espertos). Assustador, arrepiante, intenso, asfixiante, é assim “The Cut”. Manteve-me agarrado ao ecrã durante os 90 minutos que tem de duração. Uma particularidade que me faz gostar ainda mais do filme e lhe dá outra dimensão é a fusão dos elementos de terror e suspense com alguma fantasia e um ambiente gótico-romântico. Podemos ver na mesma cena sangue e pétalas de flores ou ainda um cadáver rodeado de cores de tonalidades mais “alegres” como azul, verde ou vermelho. A fotografia representa um grande papel nesta fantástica película Sul-Coreana. Este contraste da morte e do macabro com a beleza da juventude e tons românticos chama a atenção e afasta “The Cut” dos seus pares. Gostei muito e recomendo vivamente, quanto mais não seja pela cinematografia exemplar. 90%
RDS

HanCinema:
http://www.hancinema.net/korean_movie_The_Cut.php

28/03/08

Witchfinder General (1968)

Século XVII. A Inglaterra está dividida pela guerra civil. Os monarquistas lutam contra o partido parlamentar pelo controle da nação. Este conflito distrai o povo do pensamento racional e permite que homens sem escrúpulos ganhem o poder local explorando superstições aldeãs. Um destes homens é Matthew Hopkins (Vincent Price), que percorre o país oferecendo os seus serviços como caçador de bruxas. Ajudado pelo seu sádico cúmplice John Stearne (Robert Russell), viaja de cidade em cidade extraindo confissões a “bruxas” com o único intuito de encher os bolsos e receber favores sexuais. Quando Hopkins condena o Padre John Lowes (Rupert Davies) por bruxaria, e subjuga a sobrinha deste, Sarah Lowes (Hilary Heath), acaba por ser alvo da fúria de Richard Marshall (Ian Ogilvy), noivo da rapariga. Arriscando ser condenado por fuga aos seus deveres militares, Richard persegue Hopkins e Stearne.
Fusão de thriller e terror, toques de western e dos filmes da Hammer. Esta obra-prima, baseada em factos reais, é tida como um dos filmes mais violentos alguma vez feitos no Reino Unido. Não pelas directrizes actuais, como é evidente, não se trata de um filme de terror puro, muito menos Gore. São os temas retratados, alguns deles até tabu, que criam o ambiente denso do filme e nos fazem pensar. Abuso de poder, corrupção, política, religião, superstição. Século XVII? As ideias e conceitos deste filme mantêm-se actuais. Obscuro, soturno, denso, agressivo. Uma obra-prima. Vincent Price, como sempre, está irrepreensível no papel do famigerado Hopkins. Price reencarna na perfeição a perfídia, malignidade, falta de escrúpulos e moral de Hopkins. Perfeito! Aliás, todo o elenco está soberbo. A realização de Michael Reeves é também um dos factores que eleva este filme a um patamar superior. E, segundo parece, Price e Reeves não se entendiam muito bem, existindo alguma tensão entre ambos o que, em parte, ajudou ao ambiente negro do filme. Pena é que o realizador Michael Reeves tenha deixado o mundo dos vivos tão cedo (devido a uma overdose de barbitúricos). Tinha apenas 25 anos de idade e deixou 4 filmes para a posteridade. Mas antes de nos deixar, ofereceu-nos esta obra-prima, “Witchfinder General”. “My name is Hopkins. Witchfinder”. Uma frase que fica na história do cinema. 100%
RDS

IMDB:
http://www.imdb.com/title/tt0063285/

26/02/08

The Scarlet Empress (1934)

Estamos perante um dos clássicos do cinema de orientação gótica da década de 30. O filme retrata a vida da Princesa de origem Alemã Sofia Frederica que se tornou na Imperatriz Catarina II da Rússia, no século XVIII. O filme foi baseado no diário da própria Catarina II. A bela Marlene Dietrich está perfeita na interpretação da Princesa Sophie / Imperatriz Catarina A Grande. É fantástica a transformação que esta sofre de um momento para o outro, quando deixa de ser a bela e inocente Princesa Sofia para passar a ser a sinistra Catarina. Perfeito. Sam Jaffe também está fantástico na interpretação do Grão-Duque Pedro. Mantendo ainda aqueles tiques característicos do cinema mudo, com movimentos e expressões faciais exagerados, quase burlescos, de pantomina, com um dramatismo exacerbado, consegue criar um Pedro perfeito, entre o louco, o maníaco e o sinistro. Louise Dresser é quem tem, talvez, a melhor das performances ao interpretar a dura e fria Imperatriz Elisabete Petrovna. John Lodge é outro dos actores em alta na pele do sedutor Conde Alexi. É claro que todas as interpretações destes, e de outros actores / actrizes, além dos mais de 1000 figurantes, não teriam tanto impacto se não fosse pelo soberbo trabalho de realização de Josef von Sternberg.
“The Scarlet Empress” é sinistro, artístico, bem estruturado, por vezes com tons de comédia negra, acentuando o seu dramatismo e suspense em passagens quase desprovidas de diálogo, apenas centrando-se no aspecto visual, na música e nos comentários escritos. Amor, traição, sexo, corrupção, sede de poder, e outros factores da mesma ordem, são ingredientes que fazem a história deste filme.
A arquitectura grotesca (historicamente errada, sendo na realidade neoclássica), com figuras grotescas, desfiguradas, gárgulas, portas enormes, iluminação quase ausente apenas fornecida por uma imensidão de velas, ajuda a todo esse tom negro, pesado e sinistro da história retratada.
Apesar dos erros e incongruências a nível histórico, um verdadeiro clássico do cinema do século XX. 100%
RDS

IMDB: http://www.imdb.com/title/tt0025746/

Excerto 1

Excerto 2

Excerto 3

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