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20/12/08

Jaka Sembung / The Warrior (1981)

A Indonésia encontra-se no caos. A pobreza é a ordem do dia e o povo é oprimido pelo governo Holandês. Mas um rebelde que dá pelo nome de Djaka Semboeng recusa-se a desistir. Semboeng inspira o povo a manter a oposição ao tirano regime. Van Shramm, o representante Holandês em Java, oferece uma recompensa pela morte de Semboeng e contrata um guerreiro chamado Kobar. Mas este é rapidamente derrotado pelo herói. Van Shramm contrata então um feiticeiro que ressuscita Kieten. Semboeng é aprisionado, torturado e cegado (os olhos são arrancados das órbitas). Mas a filha de Van Shramm apaixona-se pelo herói e ajuda-o a escapar. Um curandeiro ajuda-o depois devolvendo-lhe a visão através de um transplante. A luta final com Kieten e o “destronar” do tirano Van Shramm vai ter lugar.
Mais uma daquelas “atrocidades” Indonésias da década de 80 com Barry Prima como actor principal. Muita acção, algum Gore, magia negra, artes marciais mal ensaiadas, actuações medianas e uma péssima dobragem em Inglês que acentua ainda mais o carácter série B / trash do filme. E nós queremos melhor? É claro que não. Assim está muito bom. Mais um para os fãs deste tipo de filmes série B da velha escola vindos da Indonésia.
Há várias sequelas que eu ainda tenho de ver um dia destes mas, infelizmente, não há tempo para tudo e há tanto filme para ver. 80%
RDS

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IMDB: http://www.imdb.com/title/tt0090295/
Wikipedia: http://en.wikipedia.org/wiki/Jaka_Sembung
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10/05/08

Golok Setan / The Devil’s Sword (1984)

A Rainha Crocodilo (Gudhi Sintara) rapta homens nas vilas mais próximas para satisfazer as suas perversões ninfomaníacas. Esta vive numa caverna debaixo de água, rodeada pelos seus guerreiros e escravos. Um dos seus maiores guerreiros é Banyu Jaga (Lo Lieh), o qual viaja em cima de uma rocha voadora. A Rainha rapta um desses vilãos, Sanjaya, e a sua noiva (Enny Christina) parte para o resgate com a ajuda do herói Mandala (Barry Prima), cujo visual é uma mescla de Conan e Rambo. Paralelamente, temos a procura da espada do diabo, uma poderosa espada forjada a partir de um meteorito, a qual está escondida numa caverna na Montanha do Diabo. Diz-se que quem a possuir governará o mundo. Mandala, Banyu e outros 4 peculiares personagens (entre eles uma bruxa cuja cabeça se separa do corpo e voa, coisa algo familiar não?) anseiam por possuir a dita espada. “Golok Setan” (The Devil’s Sword) é um filme Indonésio de fantasia, artes marciais e aventura. Trata-se de uma produção dos estúdios Rapi Films, responsáveis por títulos como “The Warrior and The Ninja”, “Virgins from Hell”, “Hell Raiders” ou a série de filmes “The Warrior”.
“The Devil’s Sword” é kitsch ao máximo, tem efeitos especiais do mais absurdo (cortesia do senhor El Badrum, responsável pelos efeitos em “Mystics In Bali”), guarda-roupa a condizer com o estilo de aventura fantástica, péssimas coreografias nas lutas (alguns dos figurantes parecem estar a dançar desarticuladamente e chega até a ser patético), actuações muito teatralizadas, alguma violência, algum Gore e uma banda sonora de sintetizador bem pindérica tipicamente 80s. A isto alia-se ainda o carácter exótico que tem sempre um filme destes para um Ocidental. Algo que se pode destacar pela positiva é a fotografia com cores fortes e apelativas aos sentidos. São assim os filmes de fantasia, aventura e acção da Indonésia da década de 80. E isto tudo significa que o filme é péssimo? Claro que não. Muito pelo contrário. É assim que nós, apreciadores de trashy / série B / baixo orçamento / etc. gostamos deste tipo de filmes. E a Indonésia foi prolífica nestas pérolas durante a década de 80. Alguns pontos negativos, a meu ver, são o facto do filme ter um desenvolvimento algo lento e que algumas das partes de luta são demasiados longas, o que se torna algo monótono. A isso alia-se ainda o facto de eu ter visto uma execrável versão dobrada em inglês (a maioria dos filmes Indonésios da época estão apenas disponíveis nessas versões).
No geral, um “must see” para os fãs de fantasia, série B, trashy, gore, baixo orçamento, filmes Indonésios dos 80s, cult, kitsch, etc. Todos os outros, afastem-se imediatamente porque não vão estar devidamente preparados para esta quasi-“obra prima”. 75%
RDS

IMDB:
http://www.imdb.com/title/tt0087142/

08/03/08

Leák / Mystics In Bali (1981)

A história é muito simples, banal até. Uma Norteamericana, Catherine Kean (Ilona Agathe Bastian), está a escrever um livro sobre magia negra. Depois de ter estado noutros locais, como Cuba por exemplo, onde aprendeu vudú, viaja para Bali, na Indonésia, onde pretende aprender Leyak. Leyak é uma forma de magia negra primitiva, supostamente, das mais poderosas. Com a ajuda do seu amigo Mahendra (Yos Santo) consegue tornar-se discípula da Rainha do Leák (Sofia W.D.).
Infelizmente é extremamente difícil encontrar a versão original deste filme, mesmo por meios poucos legais, e apenas tive a oportunidade de visionar a única versão disponível, que é (muito mal) dobrada em inglês. Gostaria imenso de ver isto na língua original.
O argumento é extremamente simples, os diálogos são banais e por vezes absurdos (bom, escrevo isto tendo em conta a versão dobrada, mas a original não deve andar muito longe), os actores são péssimos e parecem estar a movimentar-se e a falar como zombies, muuuuito leeentaaaamenteee. Segundo parece, Ilona Agathe Bastian, a actriz principal, era uma turista Alemã que estava de passagem pela Indonésia e que chamou a atenção a um dos produtores do filme, que lhe ofereceu o papel principal. Este foi o seu primeiro e único filme até à data.
O som (mais uma vez, baseando-me na dobragem) é péssimo; a imagem não é assim tão má, mas quando se trata da cabeça voadora, fica logo péssima (talvez devido à “técnica” que utilizaram para esse efeito especial, com montagens e sobreposição de filmagens); a edição também não está assim tão má. Os efeitos especiais são primitivos, do tipo “vêem-se os fios dos ovnis”, mas resultam. Como se isso não bastasse, a péssima dobragem desta versão que eu visionei, ainda tornam tudo mais “far out”. Aliás, é tudo isso em conjunto que faz o filme e cria a sua aura de culto.
Este filme é bizarro, surreal, psicadélico por vezes até. Pode parecer que não, mas isto ainda me causou alguns arrepios. Tentem ver isto depois da meia-noite, sozinhos, com o quarto escuro, como eu o fiz, e depois digam qualquer coisa. A célebre cena da cabeça que se desprende do corpo ainda com as entranhas agarradas é sublime! Uma cena brutalíssima a nível visual é a da já referida cabeça a sugar um feto directamente das entranhas da mãe grávida. Seja com maus ou bons efeitos especiais, a cena é grotesca e revoltante. E quanto ao riso da Rainha do Leyak, é tão grotesco e por vezes absurdo que chega a arrepiar e incomodar seriamente!
Como se costuma dizer, é tão mau que chega a ser bom. Um “must” para qualquer fã de cinema série B, oriental, terror, fantasia e bizarrias em geral. 80%
RDS

IMDB:
http://www.imdb.com/title/tt0097942/
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Mystics In Bali (1981) - The Fying Head

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