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21/10/08

Planet Terror (2007)

Já vi este filme há algum tempo mas ainda não tinha tido tempo de escrever umas palavras sobre o mesmo. Nos primórdios deste blog, escrevi uma pequena apreciação sobre “Death Proof” de Tarantino, ficando este, assim como os “fake trailers” de “Grindhouse”, para mais tarde. Os cinéfilos mais calejados já devem saber que a ideia por detrás de “Grindhouse” não é nem original nem arrojada. Mas talvez não fosse essa a ideia de Tarantino e Rodriguez. Já sabemos que quase todos os filmes de Tarantino são influência directa e/ou tributo a filmes e géneros perdidos no tempo (“Jackie Brown”, “Kill Bill”, etc). Bom, mas como pouco se faz nesses meandros hoje em dia, este par de filmes é bemvindo. Os filmes (e por arrasto os “fake trailers”) não são originais e ficam até atrás de muitos clássicos do género. Mas passemos então a “Planet Terror”.
A história é um chavão e poderia identificar um qualquer filme de zombies / gore feito nos últimos 30 anos. Um gás experimental é acidentalmente libertado numa base militar do Texas. As pessoas expostas ao gás tornam-se, adivinhem, zombies mutantes sedentos de carne humana. O que se segue é a tentativa se sobrevivência de um grupo de pessoas unidas pelo acaso. Rodriguez busca influência nos filmes de série B e baixo orçamento de zombies, gore, ameaças biológicas, splatter e outros que tais. Muita acção, sangue, tripas, bizarria, humor ora negro ora absurdo (típico série B), efeitos especiais, uma banda sonora a condizer (do próprio Rodriguez). Tudo isto sempre com aquele ar de filme de baixo orçamento, com uma edição paupérrima cheia de falhas, uma fotografia tipo vintage e “falhas” na fita original (tudo elementos propositados, como é evidente). Não é, como já disse, nada de transcendental, e se querem algo “melhor” (daquele género: “tão mau que é bom”), procurem os clássicos. De qualquer maneira, este é muito melhor que o seu par e, tendo em conta o cenário cinematográfico actual, este tipo de aventuras é mais que aplaudido. Diversão garantida. Recomendo. 80%
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Planet Terror - Trailer

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Deixo ainda uma rápida apreciação aos “fake trailers” que acompanhavam “Grindhouse”:
Machete (Robert Rodriguez): Estava a ver que não via o grande Danny Trejo num papel principal. Sem bem que isto é apenas um trailer, embora rumor haja de que Rodriguez filmou cerca de 30 minutos de filme, pretendendo ir em frente com “Machete”. Pelo belo aperitivo, aguardo ansiosamente que isso se concretize. Exploitation do mais puro!
Thanksgiving (Eli Roth): Com o Eli Roth nos comandos, só poderia ser um slasher de contornos Gore do mais brutal. O humor negro constante torna-o divertidíssimo. Gostei muito.
Werewolf Women Of The SS (Rob Zombie): Rob Zombie toma inspiração na trilogia de filmes “Ilsa” e nos filmes de Nazisploitation. Mulheres com peitos generosos, nazis, torturas, e outros que tais, são os ingredientes. Os convidados especiais são de peso: Udo Kier, Bill Moseley, Sybil Danning, Nicolas Cage. Este também daria um excelente filme!
Don’t (Edgar Wright): Mais humor negro, desta feita o responsável é Edgar Wright (“Shaun Of The Dead”). Hilariante! Menos não se poderia esperar de Wright.
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Machete

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Werewolf Women Of The SS / Don't / Thanksgiving

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12/10/08

Krull (1983)

Um monstro apelidado de “A Besta” ataca o Planeta Krull. Para se defenderem deste ataque, dois soberanos fazem uma aliança através do casamento dos seus filhos, o Príncipe Colwyn (Ken Marshall) e a Princesa Lyssa (Lysette Anthony). O castelo é atacado pelos “Slayers” (o exército da Besta) durante o casamento, os dois reis são assassinados, a Princesa é raptada e Colwyn é ferido gravemente. Depois de recuperar, este parte em auxílio de Lyssa. No início da jornada fica em posse de uma poderosa arma chamada “The Glave” que consiste numa espécie de bumerangue de 5 lâminas. Pelo caminho vai reunindo um peculiar grupo de aliados: o mago da corte Ynyr (Freddie Jones), um vidente cego (John Welsh), um grupo de bandidos que escapou recentemente da prisão (entre os quais os conhecidos Alun Armstrong, Liam Neeson e Robbie Coltrane), um mago com poucos poderes (David Battley), um cíclope (Bernard Bresslaw), e o miúdo ajudante do vidente, Titch (Graham McGrath). Estes têm de chegar à Fortaleza Negra (que nunca está no mesmo sítio muito tempo), resgatar a Princesa e eliminar A Besta e o seu exército.
Na linha dos filmes de fantasia / aventura / sci-fi que se propagou nos finais da década de 70 e primeira metade dos 80s, este “Krull” não traz nada de novo mas está muito bem feito. Fica tudo a meio caminho: uma história pouco original que segue a linha habitual, mas agrada; representações acima da média sem chegar a ser exemplares; efeitos especiais “kitsch” típicos dos 80s e que hoje têm um certo ar de série B (o que me agrada particularmente); trabalho de fotografia acima da média; banda sonora típica mas agradável e bem encaixada (cortesia de James Horner); e um desenlace mais que previsível. Mas isto é mau? Não senhor, muito pelo contrário. É um filme que vai agradar a fãs do género pois tem todos os ingredientes na dose certa. São duas horas bem passadas. Mas a minha opinião talvez seja de desconfiar pois já tinha visto “Krull” há uns bons anos atrás, quando ainda era criança, e este ficou retido na memória de um modo positivo. Para fãs de Star Wars, Excalibur, Ewoks, Dragonslayer, The Sword And The Sorcerer, Kull, Hercules / Xena, Lord Of The Rings, etc. Vocês sabem quem são, he, he! 80%
RDS

IMDB:
http://www.imdb.com/title/tt0085811/

11/04/08

Soldier (1998)

Bebés do sexo masculino são seleccionados à nascença para fazerem parte de uma elite de soldados duros, frios, sem emoções, autênticas máquinas de guerra. Para o efeito, desde a nascença e até à idade adulta que são alvos de lavagens cerebrais e um treino físico extremo. Meados do século XXI. Um dos jovens que vimos durante os primeiros minutos de filme, Todd (Kurt Russell), é já um adulto. É um dos melhores soldados da sua unidade. No entanto, uma nova elite geneticamente alterada toma o lugar dos veteranos. Todd tem de lutar com um desses novos soldados, Caine 607 (Jason Scott Lee) para provar que ainda é um soldado com potencial. No entanto este é vencido e, no final da luta, pensam que está morto. O seu corpo é largado, junto com lixo tecnológico, num planeta desabitado. Mas este planeta não está desabitado e Todd encontra uma colónia de refugiados. Aqui ele é confrontado com outra realidade que não a dele, tendo de conviver com civis e, principalmente, mulheres e crianças. A sua humanidade começa a despertar. A nova raça de soldados faz uma missão de treino no dito planeta e tem ordens para eliminar toda e qualquer forma de vida, se esta existir, mesmo que seja inofensiva. Todd tem de lutar ao lado da sua nova comunidade.
“Soldier” foi escrito por David Webb Peoples, que também escreveu os argumentos para “Blade Runner” (1982) ou “Leviathan” (1989), e realizado por Paul W.S. Anderson. Além dos atrás acima referidos temos também a participação de Jason Isaacs, Connie Nielsen, Gary Busey, James Black, Michael Chiklis ou Sean Pertwee, entre outros. Um elenco de luxo, portanto.
Muita gente teima em comparar “Soldier” a “Blade Runner”, talvez pelo facto de David Peoples ter escrito ambos argumentos. Isto leva, invariavelmente, a uma certa desilusão. Não se podem comparar os dois filmes. São distintos. Além disso, “Blade Runner” é uma obra-prima, um clássico, o que torna as comparações demasiado injustas para “Soldier”. Este é um fantástico filme de ficção-científica que, apesar de algumas cenas demasiado dramatizadas ao estilo Hollywood e direccionadas para o público geral, consegue os seus intentos. Kurt Russell, mais uma vez, está irrepreensível, e consegue transmitir a personalidade fria e dura do soldado Todd, assim como a sua posterior transformação, quase sem falar. Jason Isaacs, outra mais valia no filme, está fabuloso no papel do famigerado Mekum. Como é evidente, estes dois veteranos sobressaem, mas o resto elenco, acima mencionado, também cumpra bem o seu papel. Gostei da realização, da fotografia, dos efeitos especiais, da banda sonora. Está tudo fantástico. Não é uma obra-prima, mas é um excelente filme de ficção-científica com muita acção. É simples e directo, algo que pode não se adequar ao universo da ficção-científica, habitualmente mais exagerado, mas é eficaz. Os fãs do género vão gostar e, por não ser tão exagerado como já referi, também os fãs de filmes de acção. 75%
RDS

IMDB:
http://www.imdb.com/title/tt0120157/

28/03/08

Witchfinder General (1968)

Século XVII. A Inglaterra está dividida pela guerra civil. Os monarquistas lutam contra o partido parlamentar pelo controle da nação. Este conflito distrai o povo do pensamento racional e permite que homens sem escrúpulos ganhem o poder local explorando superstições aldeãs. Um destes homens é Matthew Hopkins (Vincent Price), que percorre o país oferecendo os seus serviços como caçador de bruxas. Ajudado pelo seu sádico cúmplice John Stearne (Robert Russell), viaja de cidade em cidade extraindo confissões a “bruxas” com o único intuito de encher os bolsos e receber favores sexuais. Quando Hopkins condena o Padre John Lowes (Rupert Davies) por bruxaria, e subjuga a sobrinha deste, Sarah Lowes (Hilary Heath), acaba por ser alvo da fúria de Richard Marshall (Ian Ogilvy), noivo da rapariga. Arriscando ser condenado por fuga aos seus deveres militares, Richard persegue Hopkins e Stearne.
Fusão de thriller e terror, toques de western e dos filmes da Hammer. Esta obra-prima, baseada em factos reais, é tida como um dos filmes mais violentos alguma vez feitos no Reino Unido. Não pelas directrizes actuais, como é evidente, não se trata de um filme de terror puro, muito menos Gore. São os temas retratados, alguns deles até tabu, que criam o ambiente denso do filme e nos fazem pensar. Abuso de poder, corrupção, política, religião, superstição. Século XVII? As ideias e conceitos deste filme mantêm-se actuais. Obscuro, soturno, denso, agressivo. Uma obra-prima. Vincent Price, como sempre, está irrepreensível no papel do famigerado Hopkins. Price reencarna na perfeição a perfídia, malignidade, falta de escrúpulos e moral de Hopkins. Perfeito! Aliás, todo o elenco está soberbo. A realização de Michael Reeves é também um dos factores que eleva este filme a um patamar superior. E, segundo parece, Price e Reeves não se entendiam muito bem, existindo alguma tensão entre ambos o que, em parte, ajudou ao ambiente negro do filme. Pena é que o realizador Michael Reeves tenha deixado o mundo dos vivos tão cedo (devido a uma overdose de barbitúricos). Tinha apenas 25 anos de idade e deixou 4 filmes para a posteridade. Mas antes de nos deixar, ofereceu-nos esta obra-prima, “Witchfinder General”. “My name is Hopkins. Witchfinder”. Uma frase que fica na história do cinema. 100%
RDS

IMDB:
http://www.imdb.com/title/tt0063285/

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