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09/09/08

Jiang Hu / Gong Wu / Blood Brothers (2004)

A acção do filme desenrola-se em apenas uma noite. Hung (Andy Lau) é o chefe de uma tríade de Hong Kong. “Left-Hand” (Jacky Cheung) é o seu melhor amigo e braço direito na tríade. Nessa mesma noite Hung descobre duas coisas, que a sua mulher deu à luz um filho, e que está alguém a tentar assassiná-lo. “Left-Hand” diz-lhe para sair de Hong Kong, ir para a Nova Zelândia com a sua família, e deixar os negócios nas suas mãos. Este diz que vai ficar e não vai fugir. A relação entre os dois fica abalada. “Left-Hand” envia os seus homens para assassinar os 3 suspeitos da tentativa de assassinato, “Tall Man” (Eric Tsang), “Big Lungs” (Norman Chu) e “Figo” (Kiu Wai Miu), chefes menores na tríade. Mas Hung tem outros planos e pretende mostrar ao amigo o verdadeiro sentido do termo “irmão de sangue”.
Em paralelo, seguimos as aventuras e desventuras de outras duas personagens, Yik (Edison Chen) e Turbo (Shawn Yue), que lutam por poder e pelo seu lugar no submundo. A Yik foi atribuída a missão de assassinar o chefe de uma tríade. Este pede ao amigo Turbo para o acompanhar. Este trabalho dar-lhes-á a hipótese de subir no gangue.
Os actores, na sua grande maioria caras conhecidas da trilogia “Infernal Affairs”, estão ao mais alto nível, em especial os 4 principais. Os momentos altos do filme são a conversa no restaurante entre Hung e “Left-Hand” e a revelação final. Muita gente gosta de dizer, depois de ver um filme, que já estava à espera do desenlace, ou que já se havia apercebido de pormenores que só nos são apresentados no final. Pois, se alguém me disser isso em relação e este “Jiang Hu” / “Gong Wu”, não vou acreditar por certo. O que parecia uma coisa, no final é outra. E só mesmo depois da revelação é que temos outra visão da totalidade do filme. Genial! Gostei muito, como já disse, da “performance” dos actores principais (Andy Lau sempre no seu melhor), da realização de Ching-Po Wong (muito trabalho de câmara, ângulos interessantes, “slow motion” e outros que tais; por momentos algo exagerado é certo) e da banda sonora de Mark Lui. Há alguma acção, mas não muita, centrando-se o filme essencialmente na relação entre as personagens principais. Se querem perseguições, movimento, tiros e bombas, então este não é o filme certo para vocês. Apesar da grande preocupação de Ching-Po Wo no estilo do filme e na sua componente visual, este também tem uma história fabulosa. É simples, é certo, mas bem contada e eficaz. Apesar de não ser uma obra-prima, é interessante. Algo parado se estão à espera de mais movimento (mais uma vez, filme errado) mas compensador se querem algo com mais substância. Recomendo.
Deixo no final uma das frases marcantes do filme, em que Hung diz a “Left_Hand” (em inglês, sorry!): “How do you want me to say it? I say, you don't listen. If you listen, you don't understand. If you understand, you won't do it. If you do it, you do it wrong. If you do it wrong, you won't correct it. If you correct it, you're not happy. If you're not happy, you won't say. How do you want me to say it?”. 70%
RDS

IMDB:
http://www.imdb.com/title/tt0415080/


09/05/08

Mou Gaan Dou / Infernal Affairs – Trilogia (2002 & 2003)

Mou Gaan Dou / Infernal Affairs I (2002): Chan Wing Yan (Tony Leung) é um polícia infiltrado nas tríades de Hong Kong. Do mesmo modo, Lau Kin Ming (Andy Lau), membro de uma tríade, infiltra-se na polícia. Chan encontra-se infiltrado há vários anos e tem vindo a subir na hierarquia da tríade. Também o Inspector Ming tem vindo a subir na sua carreira, até ao ponto de ser encarregado dos “Assuntos Internos” (“Internal Affairs”) para, imagine-se, encontrar a “toupeira” que a tríade tem na força de polícia. Ambos vão informando os seus respectivos chefes, respectivamente o Superintendente Wong Chi Shing (Anthony Wong) e Sam (Eric Tsang), dos seus passos no campo inimigo. Chan quer deixar de ser infiltrado, mas apenas o Superintendente Wong sabe a sua verdadeira identidade, a qual guarda no seu computador, numa ficha que está fechada com uma senha. Tanto Chan como Ming, mas principalmente Ming, começam a ficar confusos sobre a sua vida e o seu papel principal. Começam a questionar-se se estão de um lado ou do outro. Chan já não sabe se é bom ou mau. Ming também começa a pensar apagar o seu passado para passar a ser um polícia de verdade. Os dois lados da equação, polícia e tríade, tentam desesperadamente apanhar a “toupeira” que está no seu lado. Chan e Ming são apanhados num turbilhão de situações extremamente difíceis.
Além dos nomes atrás mencionados, outros nomes da cena de Hong Kong fazem parte deste fantástico policial, tais como: Lam Ka Tung, Ng Ting Yip, Wan Chi Keung, Dion Lam, Chapman To, Edison Chen, Shawn Yue, etc. Todos os actores e actrizes estão ao mais alto nível, principalmente Tony Leung, Andy Lau e Anthony Wong. O argumento é fantástico. Além da complexidade do mesmo a nível da história central, as personalidades das personagens são muito bem exploradas, o que dá uma dimensão mais humana às mesmas. A certo ponto do filme estamos tanto do lado de pessoas da polícia como da tríade. Mesmo sabendo o que algumas delas fazem ou fizeram! É difícil, a certo ponto, distinguir entre o bem e o mal. Nem mesmo as personagens o sabem fazer. E a vida real é mesmo assim. Num filme do género, vindo de Hollywood, temos o bom que é mesmo bonzinho, e o mau da fita que é mesmo mauzão. Aqui temos situações reais, com diversos tons de cinzento. Isso deixa-nos a pensar, e muito, sobre algumas das atitudes das personagens. A realização, essa é soberba. A banda sonora de Chan Kwong Wing é um excelente complemento ao drama, à tensão e à acção do filme. Um dos melhores policiais, se não o melhor, que vi nos últimos anos. Recomendo vivamente. 95%
IMDB:
http://www.imdb.com/title/tt0338564/

Mou Gaan Dou II / Infernal Affairs II (2003): O volume II de “Infernal Affairs” é uma prequela onde se apresentam os passados das várias personagens. Aqui ficamos a saber muito do que aquilo que nos foi dado a conhecer no filme original. As personagens principais Ming e Chan, aqui mais jovens, são representadas por Edison Chen e Shawn Yue, respectivamente. Apesar de não terem a experiência dos seus pares Lau e Leung, os jovens safam-se muito bem e conseguem transpor para o ecrã as personalidades das suas personagens. A história neste 2º volume inicia com a expulsão de Chan Wing Yan (Shawn Yue) da academia de polícia. Como já é conhecido do 1º filme, o Superintendente Wong incumbiu-lhe a tarefa de se infiltrar numa tríade de Hong Kong liderada pelo seu meio-irmão Ngai Wing-Hau (Francis Ng, numa prestação ao mais alto nível, tal como os outros actores). Quanto a Ming, a trabalhar para Sam e a sua esposa Mary Hon (Carina Lau), foi-lhe dada a tarefa de matar o pai de Hau e infiltrar-se na polícia. Não tão bom quanto o primeiro, mas mesmo assim muito acima da média, este “Infernal Affairs II” revela-nos o passado das personagens que conhecemos de IA-I e outras “novas” (é uma prequela!) que nos vão ajudar a perceber melhor todo o enredo, as personagens, as interacções entre as mesmas, e muitos outros pormenores. Quem gostou do primeiro, continue com este que continua bem! 80%
IMDB:
http://www.imdb.com/title/tt0369060/

Mou Gaan Dou III: Jung Gik Mou Gaan / Infernal Afairs III (2003): A terceira e derradeira etapa desta fantástica trilogia policial de Hong Kong. Neste voltamos a ponto em que ficamos no final do primeiro filme. Ming (Andy Lau de novo a encarnar a sua personagem), ainda a trabalhar nos “Assuntos Internos”, suspeita que o Superintendente Yeun Kam Wing (Leon Lai) é uma “toupeira” das tríades. É neste, e noutros pressupostos secundários, que se centra parte da acção de AI-III. A outra parte do filme é composta por complementos em forma de “flashbacks”. Em AI-III temos quase todas as personagens dos dois filmes anteriores a fazerem aparições, mesmo as que morreram, pois muitas coisas que não sabemos são contadas nos já referidos “flashbacks” que nos fornecem informações complementares para a globalidade da história. Preparem-se para estar com muita atenção porque as coisas podem ficar muito confusas com os constantes, e principalmente aleatórios, saltos no tempo. Um dos pontos que gosto muito neste AI-III é a interacção entre Chan (Tony Leung) e a sua psicóloga Lee Sum Yee (Kelly Chen). São passagens mais ligeiras e engraçadas que ajudam a descontrair, ainda que por breves momentos, de toda a tensão e drama que envolve a história geral.
Ao contrário da maioria das trilogias feitas nos USA, nas quais o 3º filme é um fechar da história e tem um final com um clímax exagerado, aqui o 3º filme serve para complementar. Depois de ver AI-III ficamos com uma perspectiva mais alargada de tudo. Este é, portanto, um filme que não pode ser visto “sozinho”. Tem de se ver obrigatoriamente depois de AI-I e AI-II. Uma boa maneira de fechar a trilogia. 80%
IMDB:
http://www.imdb.com/title/tt0374339/

Nota à parte: “The Departed”, o já obrigatório remake Norte-Americano? Ainda não vi. Até hoje ainda estou reticente. Mas vou apanhar coragem e faço-o qualquer dia destes. Depois faço uns comentários aqui nesta Zona.


IA1 - Trailer

IA2 - Trailer


IA3 - Trailer

27/03/08

Hak Bak Sam Lam / Colour Of The Truth (2003)

Wong Jiang (Anthony Wong) e Qi Xi “Seven Up” (Lau Ching Wan) são dois investigadores da policia de Hong Kong. Qi Xi trabalha como informador para as tríades e como cúmplice do senhor do crime Blind Chiu (Francis Ng). Wong tem provas para incriminar Blind Chiu, mas Qi Xi interfere e fornece abrigo ao criminoso. Depois de uma perseguição, que acaba num telhado (qual é a dos policiais de Hong Kong e os telhados?), os 3 homens confrontam-se. Blind Chiu e Qi Xi acabam mortos. Sem haver testemunhas (nem mesmos nós, porque o desenrolar da cena é filmada da rua, sem mostrar o que se passa, apenas o som dos tiros), o relatório final indica que Qi Xi morreu no cumprimento do dever. Anos mais tarde, o seu filho Chan Lok-Yin “Cola” (Ho-Yin Wong) integra as forças policiais e acaba sob o comando de Wong Jiang. Assumindo que este é culpado da morte de seu pai, jura vingança. Mas não e só ele, e Ray (Jordan Chan), filho de Blind Chiu, propõem-lhe uma vingança conjunta. As habituais voltas e reviravoltas marcam “Colour Of The Truth” e, até bem perto do final, ficamos na dúvida sobre o que realmente aconteceu naquele dia naquele telhado.
Acusado de ser uma cópia de “Infernal Affairs”, o que a meu ver, não tem razão de ser, o filme consegue ficar acima da média. Não sendo um dos melhores policiais vindos de Hong Kong (prolífico neste tipo de filmes), este “Colour Of The Truth” é, mesmo assim, um grande filme policial com toques de thriller, muita acção, uma história interessante, actuações irrepreensíveis e uma realização soberba (Marco Mak e Jing Wong). Além dos nomes já referidos, temos a participação de inúmeras caras conhecidas da cena de Hong Kong, seja em “cameos” ou papéis secundários.
Só é pena as legendas em inglês estarem uma grande porcaria. Em algumas passagens (tal como na cena inicial no telhado) não se percebia muito bem o que as personagens estavam a falar. Num filme em que o diálogo, as personalidades e a interacção entre as personagens são peças fundamentais, este tipo de falhas perturbam muito a compreensão do filme. Mas, com algum esforço intelectual, as coisas compõem-se e percebe-se bem o filme. Para fãs de policiais de Hong Kong e policiais / thrillers em geral. Eu, na minha reduzida sabedoria cinéfila, recomendo. 75%
RDS

IMDB:
http://www.imdb.com/title/tt0375669/

[Escrito ao som de Dropkick Murphys “Singles Collection Volume 2 – 1998-2004” (Hellcat / Epitaph 2005)]

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