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16/03/13

“Driller: A Sexual Thriller” (1984) (Devil’s Den / Wild Eye, DVD, 2011)

Reedição já mais que merecida deste filme para adultos (leia-se: pornográfico), datado de 1984, baseado no vídeo musical de Michael Jackson, “Thriller”. Mistura de pornografia, musical, terror, humor negro e algum surrealismo, “Driller” é um dos poucos filmes XXX da década de 80 que ainda hoje se consegue ver com algum gozo (sem piada subentendida).

Depois de um concerto da estrela do rock Mr. J, a fã do músico Louise (Taija Rae) volta para casa com o namorado. Quando se prepara para ir dormir, o referido Mr J. aparece no seu quarto com a sua trupe de dançarinos para um número musical, posterior transformação em lobisomem, e um bizarro acto sexual do licantropo com a rapariga. Pensam que isto já é estranho demais? Esperem para ver mais. A criatura leva a rapariga para a masmorra do seu castelo onde esta é sujeita às mais variadas bizarrias sexuais com mortos-vivos, corcundas, lobisomens, mutantes e outras criaturas e psicopatas. Tudo é extremamente surreal, numa espécie de sequência de pesadelos (ou sonhos, conforme o ponto de vista) que, no final se revelam isso mesmo. Tudo isso não passou de um sonho da Louise.

Todo o trabalho envolvido no filme é soberbo, desde a realização, aos efeitos especiais, passando pelo trabalho de fotografia. O DVD que tenho em mãos foi editado pela Devils Den e distribuído pela Wild Eye. O filme apresenta-se no formato original de 1:33:1 e, embora a imagem se apresente com alguns problemas de pixelização, a película foi transferida dos originais 35mm para este formato digital e apresenta-se em boas condições. Não só a imagem como também a faixa áudio.
 

Quanto aos extras incluídos no DVD, poderiam ser mais, mas o par de entrevistas com o produtor Timothy Green Beckley (em vídeo) e a actriz Esmeralda (em áudio, apoiado por passagens vídeo do filme) são bemvindas.

Para os amantes do hardcore dos 80s? Talvez. Apreciadores de terror? Talvez, sim. Fanáticos de películas surreais? Hum… também. “Driller: A Sexual Thriller” tem um pouco de tudo. E recomenda-se vivamente. Principalmente agora disponível em formato digital.
RDS

“The Disco Exorcist” (Wild Eye, DVD, 2012)

Neo-exploitation é o que se nos apresenta em “The Disco Exorcist”. O título é simples e esclarece na perfeição o conteúdo da película. Estamos na década de 70, no auge da música Disco e Rex Romanski, uma das personagens principais, é um frequentador da noite, borguista, pretendido pelas mulheres e que, infelizmente para ele, acaba por se envolver com a mulher errada. Trata-se de Rita Marie, uma sacerdotisa de magia negra, que leva a peito o facto de Rex a ter usado e largado logo a seguir. Já imaginamos, com base nesta descrição e no título, o que se segue. Uma mistura de terror, humor e sleaze nas devidas medidas.

Há um cuidado notório na forma como tudo foi feito, e nota-se que estamos a lidar com fãs do género. O trabalho de realização, não sendo exemplar ou ousado, apresenta boas ideias e provas mais do que suficientes de que quem está por detrás da câmara (Richard Griffin) sabe o que quer fazer, e como o conseguir.

A banda sonora é que poderia estar mais adequada pois, apesar de se basear na já referida corrente musical, tem um feeling algo moderno que acaba por se desenquadrar. Já os trabalhos de sonorização e fotografia são muito bons, e perfeitos para o estilo. Os efeitos especiais também têm o seu quê de apetecível com algumas cenas de gore bem conseguidas, tendo em conta o baixo orçamento. É nisto que “The Disco Exorcist” se destaca de tantos outros filmes de Neo-exploitation lançados hoje em dia. O cuidado nos diversos aspectos que fazem um filme.




“The Disco Exorcist” tem aquele ambiente retro, 70s exploitation, tanto no conceito, como na própria fotografia, e até nas próprias interpretações do elenco (leia-se: falta de talento na representação). E isso é mau? Não. Quem procura este tipo de filmes, já sabe o que vai ver. E é isto mesmo que quer encontrar. Agora, se procuram uma obra-prima do cinema moderno, esqueçam que isto não é para vocês. “The Disco Exorcist” é, acima de tudo, um tributo aos filmes de baixo orçamento da década de 70.


A edição da Wild Eye em DVD é região 0, em NTSC, e inclui como extras (poucos para satisfazer o comprador) um comentário áudio do realizador e teasers / trailers do filme e do catálogo Wild Eye.

RDS 

02/03/13

“Dropping Evil” (Wild Eye, DVD, 2012)

Quatro amigos vão acampar e, aquilo que à partida seria uma viagem de diversão, sexo e drogas, acaba por se tornar em algo bem diferente. Após tomar LSD, Nancy (sim, eu sei, é nome de mulher, mas trata-se de um rapaz), começa a caçar os outros três, pois a droga leva-o a acreditar que consegue ver a verdadeira “persona” dos amigos. Uma misteriosa e sinistra corporação começa a centrar a sua atenção no rapaz e na sua recente habilidade.
O filme começa mal, de forma lenta, levando a crer que se trata de mais um “slasher” inconsequente, com um grupo de amigos a serem chacinados um a um por um psicopata. Felizmente, a meio começam a surgir reviravoltas, novas ideias a explorar, e um ambiente mais bizarro e surreal. No entanto, são tantas as ideias que querem meter ao barulho que acabam por não ser bem exploradas e executadas. A fusão de estilos é bem-vinda (as influências chovem de todo o lado, desde “Evil Dead” de Sam Raimi, a Cronenberg, passando até por Tarantino), se for bem-feita, mas em “Dropping Evil” nota-se o amadorismo do argumentista Louis Doerge. E não ajuda nada neste tipo de filmes o facto de o elenco ser, invariavelmente, constituído por amadores que não conseguem transmitir o que de bom o argumento tem, ou possa ter. Quanto ao realizador, Adam Protextor, ainda tem um bom caminho a percorrer, pois a maior parte dos seus planos são mal enquadrados e o seu trabalho é abaixo da média, mas apesar disso, tem os seus pontos altos, e este até consegue experimentar um pouco e ser bem-sucedido. O facto de algumas cenas serem em branco e preto pode parecer, à primeira, uma opção avant-garde, mas são tão aleatórias que acabam por perder o significado. Os efeitos especiais são medianos, o que é natural, tendo em conta o baixo orçamento deste tipo de filmes, mas algumas cenas são “agradáveis” de se ver.



No final, muitas perguntas ficam por responder mas, felizmente, temos direito a 3 sequelas de cerca de 20 minutos cada, onde são melhor exploradas algumas das personagens e se dão respostas mais ou menos satisfatórias ao enredo criado no filme principal. Temos até direito a uma participação especial de Fred Williamson.
Longe de ser uma obra-prima, longe de ser algo de novo ou revolucionário, “Dropping Evil” consegue ter os seus pontos de interesse. Os fãs de cinema indie, terror ou bizarro, podem experimentar. Os que procuram algo mais, digamos, certinho conforme as linhas traçadas por Hollywood, fiquem bem longe.
Quanto à edição em DVD pela Wild Eye, esta é região 0, em NTSC, e inclui como extras, além das já referidas sequelas em curta-metragem, outras curtas, trailers diversos, clipes musicais e cenas não usadas no filme.
RDS


“Night Of The Living Dead: Reanimated” (Wild Eye, DVD, 2012)

Reinterpretação do clássico de George Romero através de uma colaboração de cerca de 150 colaboradores. Cada pessoa escolheu a sua cena preferida e todo o filme foi recriado através das mais variadas opções estilísticas, desde animação gerada por computador, passando por “claymation”, “stop-motion” ou teatro de marionetas, até abordagens como sequências de pinturas a óleo ou ilustrações. A este “mash-up” sobrepôs-se a faixa áudio original. A ideia é muito boa, mas o resultado não é de todo o melhor, sendo demasiado heterogéneo para o seu próprio bem. Alguns segmentos estão muito bem conseguidos, enquanto outros são demasiado simplistas e até infantis e, a meio do vídeo, começa a cansar um pouco tanta mudança de estilo. No entanto, a ideia é mesmo essa, a de um tributo a este clássico do cinema de terror pelas mãos de fãs.
São 101 minutos de filme em tela cheia de 1.33:1, mantendo a imagem a branco e preto como no original. O lançamento em DVD pela Wild Eye, através da Creative Commons, é região 0, em formato NTSC. Ao filme principal juntam-se quase 2 horas de extras, entre os quais uma introdução por Count Gore De Vol, comentário áudio de Jonathan Maberry, cena alternativas não usadas no filme, trailers diversos, “making of” diversos, e mais.
Apesar de alguns contras, “Night Of The Living Dead Reanimated” tem os seus prós que balançam a equação, e é com base nestes que aconselho o visionamento deste tributo. No entanto, uma vez será mais que suficiente, pois o filme não se resta a posteriores visionamentos.

RDS

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