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20/12/08

Jaka Sembung / The Warrior (1981)

A Indonésia encontra-se no caos. A pobreza é a ordem do dia e o povo é oprimido pelo governo Holandês. Mas um rebelde que dá pelo nome de Djaka Semboeng recusa-se a desistir. Semboeng inspira o povo a manter a oposição ao tirano regime. Van Shramm, o representante Holandês em Java, oferece uma recompensa pela morte de Semboeng e contrata um guerreiro chamado Kobar. Mas este é rapidamente derrotado pelo herói. Van Shramm contrata então um feiticeiro que ressuscita Kieten. Semboeng é aprisionado, torturado e cegado (os olhos são arrancados das órbitas). Mas a filha de Van Shramm apaixona-se pelo herói e ajuda-o a escapar. Um curandeiro ajuda-o depois devolvendo-lhe a visão através de um transplante. A luta final com Kieten e o “destronar” do tirano Van Shramm vai ter lugar.
Mais uma daquelas “atrocidades” Indonésias da década de 80 com Barry Prima como actor principal. Muita acção, algum Gore, magia negra, artes marciais mal ensaiadas, actuações medianas e uma péssima dobragem em Inglês que acentua ainda mais o carácter série B / trash do filme. E nós queremos melhor? É claro que não. Assim está muito bom. Mais um para os fãs deste tipo de filmes série B da velha escola vindos da Indonésia.
Há várias sequelas que eu ainda tenho de ver um dia destes mas, infelizmente, não há tempo para tudo e há tanto filme para ver. 80%
RDS

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IMDB: http://www.imdb.com/title/tt0090295/
Wikipedia: http://en.wikipedia.org/wiki/Jaka_Sembung
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29/10/08

Zonbie Jietai / Zombie Self-Defense Force (2006)

Um OVNI despenha-se no Planeta Terra, numa floresta do Japão, e a radiação que emite transforma as pessoas em zombies canibais. Um peculiar grupo de pessoas (uma unidade militar em treinos, uma artista Pop, um duo de Yakuza, o dono de uma estalagem local e a sua amante) vai ser apanhado no meio da confusão e, um a um, vão sendo transformados também eles em zombies.
OVNI’s ridículos, um alienígena que parece saído de um “anime”, zombies, um ciborgue, gore, sangue, tripas, tiros, espadas samurai, yakuza, humor negro, efeitos especiais baratos. Foi encaixado um pouco de tudo para deleite dos fãs deste tipo de “porcarias” de baixo orçamento. Melhor que isto não podia ser! Há imenso tempo que não me divertia tanto com um filme Gore desde que vi o clássico “Braindead”. São 75 minutos de pura diversão para fãs do género. Deixem o cérebro à entrada e venham curtir esta bela “desgraça” de cinema Japonês realizada por Naoyuki Tomomatsu (“Stacy”, “Eat The Schoolgirl”). Aconselho-o vivamente. 80%
RDS

IMDB:
http://www.imdb.com/title/tt0879265/
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21/10/08

Planet Terror (2007)

Já vi este filme há algum tempo mas ainda não tinha tido tempo de escrever umas palavras sobre o mesmo. Nos primórdios deste blog, escrevi uma pequena apreciação sobre “Death Proof” de Tarantino, ficando este, assim como os “fake trailers” de “Grindhouse”, para mais tarde. Os cinéfilos mais calejados já devem saber que a ideia por detrás de “Grindhouse” não é nem original nem arrojada. Mas talvez não fosse essa a ideia de Tarantino e Rodriguez. Já sabemos que quase todos os filmes de Tarantino são influência directa e/ou tributo a filmes e géneros perdidos no tempo (“Jackie Brown”, “Kill Bill”, etc). Bom, mas como pouco se faz nesses meandros hoje em dia, este par de filmes é bemvindo. Os filmes (e por arrasto os “fake trailers”) não são originais e ficam até atrás de muitos clássicos do género. Mas passemos então a “Planet Terror”.
A história é um chavão e poderia identificar um qualquer filme de zombies / gore feito nos últimos 30 anos. Um gás experimental é acidentalmente libertado numa base militar do Texas. As pessoas expostas ao gás tornam-se, adivinhem, zombies mutantes sedentos de carne humana. O que se segue é a tentativa se sobrevivência de um grupo de pessoas unidas pelo acaso. Rodriguez busca influência nos filmes de série B e baixo orçamento de zombies, gore, ameaças biológicas, splatter e outros que tais. Muita acção, sangue, tripas, bizarria, humor ora negro ora absurdo (típico série B), efeitos especiais, uma banda sonora a condizer (do próprio Rodriguez). Tudo isto sempre com aquele ar de filme de baixo orçamento, com uma edição paupérrima cheia de falhas, uma fotografia tipo vintage e “falhas” na fita original (tudo elementos propositados, como é evidente). Não é, como já disse, nada de transcendental, e se querem algo “melhor” (daquele género: “tão mau que é bom”), procurem os clássicos. De qualquer maneira, este é muito melhor que o seu par e, tendo em conta o cenário cinematográfico actual, este tipo de aventuras é mais que aplaudido. Diversão garantida. Recomendo. 80%
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Planet Terror - Trailer

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Deixo ainda uma rápida apreciação aos “fake trailers” que acompanhavam “Grindhouse”:
Machete (Robert Rodriguez): Estava a ver que não via o grande Danny Trejo num papel principal. Sem bem que isto é apenas um trailer, embora rumor haja de que Rodriguez filmou cerca de 30 minutos de filme, pretendendo ir em frente com “Machete”. Pelo belo aperitivo, aguardo ansiosamente que isso se concretize. Exploitation do mais puro!
Thanksgiving (Eli Roth): Com o Eli Roth nos comandos, só poderia ser um slasher de contornos Gore do mais brutal. O humor negro constante torna-o divertidíssimo. Gostei muito.
Werewolf Women Of The SS (Rob Zombie): Rob Zombie toma inspiração na trilogia de filmes “Ilsa” e nos filmes de Nazisploitation. Mulheres com peitos generosos, nazis, torturas, e outros que tais, são os ingredientes. Os convidados especiais são de peso: Udo Kier, Bill Moseley, Sybil Danning, Nicolas Cage. Este também daria um excelente filme!
Don’t (Edgar Wright): Mais humor negro, desta feita o responsável é Edgar Wright (“Shaun Of The Dead”). Hilariante! Menos não se poderia esperar de Wright.
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Machete

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Werewolf Women Of The SS / Don't / Thanksgiving

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12/09/08

Kataude Mashin Gâru / The Machine Girl (2008)

Ami Hyuga (Minase Yashiro) é a protagonista desta loucura nipónica (mais uma!). Ela é uma rapariga normal, estuda no liceu, é popular, desportista e cheia de vida. Depois do seu pai ter sido injustamente acusado de homicídio e, junto com a sua mãe, terem cometido suicídio, Ami e o seu irmão Yu (Ryôsuke Kawamura) ficaram órfãos. Ao mesmo tempo que estudam no liceu, estes tentam levar uma vida normal. Mas Yu e um amigo deste são vítimas de abuso (o chamado “bullying”) por parte de um filho de um Yakuza e o seu bando de jovens delinquentes. Até que um dia a coisa chega ao extremo e o bando mata os dois amigos. Ami começa a investigar para saber a verdade sobre quem matou o seu irmão. Esta acaba por ir para a casa dos Kimura onde é torturada e lhe é cortado o braço esquerdo com uma espada ninja. Junto com Miki (Asami), a mãe do outro rapaz assassinado, esta inicia uma vingança brutal.
Muito gore, sangue, membros decepados, tortura, violência extrema, um soutien com perfuradora, espadas ninja, uma arma ninja que arranca cabeças, etc. Um verdadeiro festim para os olhos. Tudo condimentado um humor típico do género, ou seja, um filme que não se leva a sério. Os efeitos especiais são na sua maioria primitivos, mas esse é mesmo o propósito. Ora são pequenos sacos com “sangue” ou mangueiras escondidas na roupa, cortes de imagem para colocar bonecos no lugar dos humanos no “momento da verdade”, etc. Tudo com aquele toque de série B que nós tanto gostamos. Um cheirinho a 70s exploitation (notório na fotografia) e/ou 70s Pinku ajuda ao resultado final. A banda sonora de fusão Rock e orquestral também está fabulosa e contribui para o ambiente geral. A isso adicionem ainda a típica loucura nipónica e temos filme! Para quem gosta de Gore / Splatter, “The Machine Girl” é diversão garantida do início ao fim. Apenas para fãs do género (“Braindead”, “Evil Dead” e outros que tais…). 90%
RDS

IMDB:
http://www.imdb.com/title/tt1050160/

03/09/08

Phairii Phinaat Paa Mawrana / Vengeance (2006)

Um jovem polícia chamado Wut persegue uns criminosos que escaparam da prisão, entre os quais se encontra Nasor. Sem ter conhecimento disso, estes partilham um passado. Alegadamente, o pai de Wut assassinou o pai de Nasor por causa de uma valiosa moeda que trouxeram da floresta. O Capitão Wut, juntamente com alguns dos seus subordinados, um guia e a sua filha, perseguem os criminosos no centro de uma selva que se diz estar amaldiçoada. Nenhum dos dois sabe que a moeda que Nasor roubou os liga, e que esta o factor primordial para a maldição que assola a floresta proibida de Thai-Myanmar. Ao longo da jornada estes são atacados por insectos assassinos, uma serpente gigante e outras criaturas demoníacas e vampíricas.
A realização está fantástica; alguns efeitos especiais são bons, outros são tipicamente série B (todo o filme tem este ambiente) mas agradam na mesma (para quem gosta deste material de baixo orçamento); os actores estão acima da média; a história, apesar de ser simples, é eficaz (mas queremos mais nestes tipo de filme?!); e, finalmente, a banda sonora adequa-se na perfeição ao ambiente do filme. É pena a fotografia não estar melhor pois, na maior parte do filme, está tudo muito escuro e nãos e notam certos pormenores, factor importante neste tipo de filmes de fantasia e/ou terror. O filme demora um bom bocado a desenvolver mas, assim que se chega aos 25 minutos finais, a acção, suspense, terror e fantasia não param durante um segundo. Gostei da revelação final, da qual não estava mesmo à espera! Gostei. Não é uma obra-prima mas é puro entretenimento que irá agradar a fãs de acção, terror, suspense e, até, ficção-científica. Muito melhor que algumas das atrocidades que têm saído dos USA nos últimos anos. 70%
RDS

IMDB:
http://www.imdb.com/title/tt0780116/

10/04/08

Kogyaru-gui: Oosaka Terekua Hen / Eat The Schoolgirl (1997)

Um membro de um gangue Yakuza só consegue obter prazer sexual ao assassinar as pessoas e depois masturbar-se nas feridas das mesmas. Isto sempre vestido de rapariga colegial, com peruca e tudo. Entre os assassinatos, este tem flashbacks do seu passado sangrento. Outro membro do gangue tem alguns problemas psíquicos e está sempre a pensar e a falar em sexo. Os outros membros do gangue raptam e violam mulheres; gravam sempre tudo em vídeo linha snuff-film e depois vêem e revêem as gravações. Já está bizarro o suficiente? Não? Um anjo (na forma feminina, apesar de se dizer que os anjos não têm sexo) sem asas (as feridas nas costas assim o indicam) anda sempre nua no apartamento do assassino atrás mencionado, oferece o seu corpo ao mesmo, diz-lhe que pode fazer o que quiser com ela, e dá-lhe para matar. Sangue, sexo, violações, sémen, vómito, masturbação, clisteres, estripamentos, perturbações psíquicas, violência extrema. Tudo isto e muito mais faz parte deste filme de série B. Apesar da história principal não ser bem compreensível ao longo do filme, dá para entender que o passado do “herói” não é dos mais coloridos, daí ele ter ficado com perturbações e cometer as atrocidades que comete. Nessa perspectiva, o final, assim como a frase que este profere, também se percebem perfeitamente.
Não é o melhor filme do estilo. Longe disso. Se querem algo mais “trabalhado” em, termos visuais e de argumento, então vejam um filme de Takashi Miike (“Ichi, The Killer”, por exemplo). Mas se não se importam muito com esses pormenores de argumento, realização, fotografia, etc, e gostam de cinema extremo, gore, trashy, série B, então esta é uma boa aposta. 70%
RDS

IMDB:
http://www.imdb.com/title/tt0450004/

01/04/08

Yi Boh Laai Beng Duk / Ebola Syndrome (1996)

Kai (Anthony Wong) trabalha num restaurante em Hong Kong. Um dia é apanhado na cama com a mulher do patrão. Como castigo pelo adultério, o patrão vai castra-lo, mas este enlouquece e mata o casal e um amigo, deixando viva apenas a filha. Foge para a África do Sul onde arranja emprego num restaurante chinês. Os novos patrões tratam-no mal e pagam-lhe pouco porque sabem que ele é um homem procurado em Hong Kong, e este não tem outra alternativa senão ficar ali. Kai e o patrão visitam uma aldeia para ir comprar carne mais barata e lá observam que uma epidemia está a matar os locais. Ao regressar a casa, Kai vê uma mulher doente, moribunda, e como não tem sexo há algum tempo, aproveita a ocasião e viola-a. Mas ao fazê-lo, contrai o vírus que esta tem, o ébola. O vírus causa febres altas, pústulas, liquefacção dos órgãos e posterior morte. Uma em 10 milhões de pessoas é imune, tornando-se apenas portadora, não doente. É o caso de Kai. Certo dia passa-se com os maus-tratos de que é alvo e mata os novos patrões. Mas não sem antes os contaminar. Faz hambúrgueres (não são hambúrgueres diz ele, são “African buns”) com a carne e no dia seguinte vende-os aos clientes. Quando a filha do primeiro casal, de férias na África do Sul, o reconhece e vai à polícia, este foge de novo para Hong Kong. Continua a matança e a contaminação. Será que a epidemia vai para e Kai vai ser apanhado?
Depois de “The Untold Story” de 1993, Anthony Wong volta a trabalhar com o realizador Herman Yau num filme similar. Gore na linha de “Braindead”, com muito humor negro à mistura, sangue tipo molho de tomate, efeitos especiais de baixo orçamento (é mais apoiado no excelente trabalho de câmara de Yau), actuações medianas (excepto Wong), péssimo som (parece uma dobragem mal feita), música de sintetizador, sangue, tripas, nudez. É isso que temos em “Ebola Syndrome”. E querem melhor? Gore, sleazy, exploitation, trash, série B e Cat. III são as designações da ordem. Não é um filme que se leva a sério. É um filme mais de entretenimento e puro Gore para aficionados do género do que propriamente de terror ou suspense. Não há nada que assuste ou impressione verdadeiramente (se bem que a cena da autopsia está bem feita e me impressionou um pouco). Não é dos melhores que já vi mas gostei do distorcido sentido de humor. Apenas para os extremistas e amantes do género. 75%
RDS

IMDB:
http://www.imdb.com/title/tt0116163/

22/03/08

The Hills Have Eyes (2006) & The Hills Have Eyes II (2007)

The Hills Have Eyes (2006)
A família Carter viaja pelo deserto de Novo México em direcção à Califórnia. Ao seguirem por um atalho, enganados pelo dono de uma gasolineira no meio do nada, acabam por ter um acidente e ficam com a auto-caravana imobilizada. Encontram-se numa área aparentemente deserta onde o governo Norte-Americano conduziu testes nucleares durante décadas. Durante a noite são atacados por uma família de canibais deformados. Estas deformações são resultado das radiações que ainda se fazem sentir na zona de testes.
Alexadre Aja escrevou (em colaboração com Grégory Levasseur) e realizou este remake do clássico de 1977 de Wes Craven. O próprio Wes Craven produziu esta nova versão. O original é sempre o original, disso não haja dúvida. Mas posso dizer que, de todos os remakes que foram e vão sendo feitos, este é um dos que consegue fazer jus à sua fonte de inspiração. Vê-se que é um filme feito por fãs. Este não muda muito em relação ao original, apenas foram feitas algumas adaptações e, claro está, os recursos disponíveis hoje em dia são superiores aos de há 30 anos atrás. A família Cárter é interpretada por Aaron Stanford, Kathleen Quinlan, Vinessa Shaw, Emilie de Ravin, Dan Byrd, Ted Levine. Temos ainda o grande Billy Drago como Papa Júpiter, um dos canibais psicopatas.
Quem já conhece o original já sabe o que esperar. Brutal, violento, sangrento. Fãs do original e do género em geral não sofrerão desilusões. Para os que não conseguem aguentar uma boa dose de Gore e Splatter, ficam já avisados, mantenham-se afastados! Recomendo! 90%
RDS

IMDB:
http://www.imdb.com/title/tt0454841/


The Hills Have Eyes II (2007)
Nesta sequela voltamos a encontrar a famigerada família de psicopatas nas montanhas do Novo México. Desta feita, é um grupo de recrutas da Guarda Nacional dos Estados Unidos que vai para o Sector 16 para levar material a um grupo de cientistas que está a instalar um sistema de vigilância no local. Ao chegar lá encontram o acampamento deserto. Recebem uma chamada de ajuda e alguns dos recrutas, comandados pelo seu Sargento, partem numa missão de socorro. E o resto, como se costuma dizer, é história. Já todos sabem o que vem aí!
Nesta sequela voltamos a ter a mão de Wes Craven mas, desta feita, em mais do que apenas a produção. Este escreveu o argumento em conjunto com o seu filho Jonathan Craven. A realização ficou a cargo de Martin Weisz.
Não é tão bom como a primeira parte de 2006 mas tem alguns pontos de interesse. Alguma acção, suspense e Gore fazem o todo. Mas não consegue ser tão violento como o anterior. Se já viram o anterior e gostaram, então têm aqui mais do mesmo. Embora as duas histórias não tenham qualquer relação, é uma espécie de complemento. Apenas para fãs incondicionais do género que consomem tudo e mais alguma coisa. Como eu, ha, ha!
Agora tenho de ir rever o original de 1977. E, já agora, a sequela de 1985 que nunca vi (ou pelo menos não me lembro disso) e que, segundo se diz, é péssima. Será daqueles que “é tão mau que é bom”? Depois de ver esses dois escrevo umas linhas sobre os mesmos. Para já “deliciem-se” a ver estes de 2006 e 2007. 70%
RDS

IMDB:
http://www.imdb.com/title/tt0800069/

21/03/08

Wrong Turn (2003) & Wrong Turn 2: Dead End (2007)

Wrong Turn (2003)
Chris Flynn (Desmond Harrington) está a viajar para outra cidade, onde tem uma entrevista de emprego. Um acidente na estrada principal, assim como a pressa em chegar ao seu destino a tempo, levam-no a seguir uma estrada secundária pelas montanhas de West Virginia. Devido a uma falta de atenção na condução, Chris embate no num carro que está parado no meio da estrada, com os pneus furados. Fica então a conhecer um grupo de 5 amigos campistas. Decidem ir procurar ajuda. Ficam Francine e Evan (Kevin Zegers) a cuidar das viaturas enquanto que os outros, Chris (Lindy Booth), Jessie (Eliza Dushku), Carly (Emmanuelle Chriqui) e Scott (Jeremy Sisto) procuram por um telefone. Mas uma família de canibais deformados encontra-se à espreita!
Descendente directo (ou cópia descarada, como queiram) de filmes clássicos dos 70s, percursores de todos os slashers actuais, como “The Texas Chainsaw Massacre” ou “The Hills Have Eyes”, este “Wrong Turn” é mais um entre tantos outros. Um grupo de jovens que se perde no meio das montanhas; uma família de “rednecks” deformados, psicopatas, canibais. A chacina é geral mas os protagonistas safam-se no fim. A fórmula é sempre a mesma.
“Wrong Turn” agradará por certo a quem procura algumas emoções fortes mas que não consegue aguentar uma dose extra de Gore. Aqui há mais acção e suspense do que propriamente Gore. É um filme que podem ver com as namoradas mais sensíveis a este tipo de coisas. Os fãs de material mais extremo poderão ficar algo desiludidos. No entanto, não é assim tão mau que não o possam ver. Fãs diehard de slashers vão querer consumir tudo (nenhum trocadilho com o canibalismo presente no filme), este inclusive. E se não vos agradar muito, podem sempre passar o filme todo a olhar para as protagonistas! 70%
RDS

IMDB:
http://www.imdb.com/title/tt0295700/


Wrong Turn 2: Dead End (2007)
Voltamos a West Virgínia. Um Coronel reformado, Dale Murphy (Henry Rollins), é apresentador de um reality show no qual os concorrentes tentam sobreviver na floresta sob as condições mais adversas. Os concorrentes são Nina Papas (Erica Leerhsen, remake de Texas Chainsaw Massacre), Jake (Texas Battle), Amber (Daniella Alonso, The Hills Have Eyes II), Jonesy (Steve Braun), Mara (Aleksa Palladino), Elena (Crystal Lowe) e Kimberly (Kimberly Caldwell). Michael (Matthew Currie Holmes) é o realizador do programa.
Mas os jovens concorrentes e o resto da equipa cedo se apercebem que, afinal, o jogo é mais real do que parecia ao início. Mais uma vez, temos a famigerada família de canibais deformados à espreita por detrás das árvores.
A linha é a mesma de sempre.
Sequelas, remakes, cópias, tributos. O que fazer? Nada. São inevitáveis. Mudam-se apenas as vítimas e as circunstâncias. Mas este caso é um dos poucos em que se pode dizer, sem sombra de dúvida, que a sequela é muito superior ao original. Comparar no entanto os dois será algo difícil. São um pouco diferentes. O original está mais direccionado para o suspense, para os sustos de “pulo-na-cadeira”, e tem um ambiente geral mais sério. Este novo é mais directo, brutal, visual e não se leva tão a sério. Faz lembrar os clássicos da década de 70 pela ideia principal e os clássicos dos 80s em relação à descontracção e entretenimento providenciados. As pessoas que esperavam algo de mais violento, sangrento e Gore no primeiro filme e ficaram desiludidas, têm aqui um verdadeiro banho de sangue, tripas e violência extrema. Gore! Gore! Gore! Fantástico!
Gostei das reviravoltas em relação aos protagonistas. Neste tipo de filmes sabe-se logo desde o início quem é que vai sobreviver. São demasiado previsíveis. Em “Wrong Turn 2” isso não acontece. No início focamos a atenção numa ou duas pessoas, mas a seguir trocam-nos as voltas. Ok, quem vai sobreviver então são estes. Não. Mais uma reviravolta. O argumento está genial nesse sentido. E, claro, não custa nada repetir: deram mais ênfase no Gore! E se isso não chegasse, Henry Rollins está fantástico como o duro Coronel Dale. De todos os músicos que meteram um pé no cinema, se há alguém com algum talento, é mesmo Rollins. Mais um ponto positivo para o filme.
Aconselho vivamente a fãs de Slashers / Splatters / Gore. 90%
RDS

IMDB:
http://www.imdb.com/title/tt0804555/

06/03/08

Taxidermia (2007)

O filme está dividido em 3 partes, 3 gerações, 3 homens de uma família húngara (pai, filho e neto). Cada uma das partes do filme retrata a vida de um dos 3 homens e a relação com o seu próprio corpo. O primeiro é Vendel Morosgoványi (Csaba Czene). Segunda guerra mundial. Vendel é um soldado que trabalha em casa do seu Coronel. Dorme no celeiro junto com os animais. Tem uma certa dificuldade em controlar os seus impulsos sexuais, em especial com as filhas e a obesa mulher do Coronel por perto. Eventualmente acaba por ter relações sexuais com a mulher do Coronel numa das cenas mais grotescas do filme. O Coronel mata-o, mas da união carnal resulta um filho, que tem um rabo de porco.
Seguimos agora a vida de adulto de Kálmán Balatony (Gergely Trócsányi), o filho. Este é um obeso campeão de concursos de comida. Esta segunda parte é mais ligeira na narrativa, mas muito mais pesada em termos visuais. Se têm um estômago fraco, mantenham-se afastados. Ingestão de largas quantidades de comida seguida de longas cenas de regurgitação, não é para qualquer um. Eu não sou fácil de enojar com este tipo de imagens mas, já estava a ficar algo inquieto. Kálmán casa-se com uma campeã do estilo, Gizi Aczél (Adél Stanczel) e da sua união nasce Lajos Balatony (Marc Bischoff).
Passamos então à terceira parte e à vida deste taxidermista (daí o título do filme). Lajos é muito diferente fisicamente dos seus progenitores. Ele é extremamente magro e pálido, e tem uma aparência física doente, assustadora e arrepiante. Passa a vida na sua loja a empalhar animais. Cuida do seu pai, agora abandonado pela mulher, com o triplo do peso, condenado a viver dentro de casa, sentado no mesmo sítio, dia após dia. Kálmám tem 3 gatos enormes, campeões de concursos de comida, pelos quais tem mais apreço que pelo próprio filho quem, segundo ele, nunca será um campeão como o pai. Mas Lajos tem algo preparado para ficar na história. Algo deveras grotesco, bizarro e perverso.
Não sei bem o que pensar deste filme. Não tem propriamente uma história que se possa seguir de início ao fim. À primeira análise, “Taxidermia” apoia-se mais no aspecto visual do que propriamente no argumento. Quanto à realização e trabalho de fotografia, estes estão soberbos, disso não haja dúvida. Mas se analisarmos com mais cuidado, encontramos alguma lógica no que nos é transmitido. “Taxidermia” mostra-nos 3 pessoas diferentes, entre si, e em relação ao resto do mundo e com elas explora um tema algo tabu para a grande parte da sociedade ocidental, que é o corpo humano. E não o faz da maneira mais simples e ligeira. Muito pelo contrário. Sexo, masturbação, pedofilia, distúrbios alimentares, bebés com rabos de porco, obesidade mórbida, sémen, vómito, sangue, tudo faz é utilizado nesta exploração extrema do corpo humano. E isso é chocante para a maior parte das pessoas “normais”, que seguem cegamente as normas, regras, leis, ética e moral da sociedade moderna actual.
Já li diversas críticas ao filme e muita gente descreve-o como uma tentativa vã de chocar ao máximo, apenas pelo puro prazer de chocar. Mas, se tivermos em conta os inúmeros “slashers” com “serial killers” e “rednecks” deformados que abundam nos filmes de terror americanos actualmente, com a mesma fórmula repetida até à exaustão, que podemos retirar desse estilo de filmes? Sangue, violência, gore, tortura, etc. Tudo aliado a histórias simples, como já referi, repetidas até à exaustão. Nessa perspectiva, este filme é inovador, imaginativo, diferente e que desafia os sentidos.
Para quem pensa que já viu de tudo em cinema, aqui está uma nova experiência. Eu, pelo menos, nunca pensei ver algo tão grotesco e bizarro como o que podemos ver na cena final. Se não conseguiram aguentar a segunda parte, ou o fizeram com alguma dificuldade, então aconselho-os vivamente a não ver a terceira e última parte do filme. Brutal! Nunca tal coisa me passaria pela cabeça. E mais não digo para não vos arruinar o visionamento.
Longe de ser uma obra-prima, é um filme que aconselho vivamente a fãs de cinema extremo.
75%
RDS

IMDB:
http://www.imdb.com/title/tt0410730/

05/03/08

Grindhouse: Death Proof (2007)

Antes de iniciar os meus comentários ao filme convém esclarecer alguns pontos importantes, para que se possa perceber melhor este Grindhouse: Death Proof.

Grindhouse: É um termo americano utilizado para designar uma sala de cinema dedicada apenas a filmes “exploitation” (exploração ou abuso). É também o termo utilizado para descrever o género de filmes aí visionados. As “grindhouses” eram conhecidas pelos seus programas contínuos de filmes de série B, ou baixo orçamento, programas esses que eram usualmente constituídos por uma “double feature”, onde dois (ou até três) filmes eram projectados consecutivamente.

Exploitation film: É um tipo de filme que dispensa a qualidade em detrimento de um baixo orçamento aliado ao apelo dos sentidos mais primitivos do Homem, por intermédio de puro sensacionalismo. Os filmes “exploitation” usam e abusam de sexo, violência gratuita, consumo de substâncias ilícitas, nudez, sangue, monstros, zombies, rebelião e caos puro.

Para informações mais detalhadas sobre o assunto remeto-vos para a Wikipedia (onde me baseei para redigir estas explicações): http://en.wikipedia.org/wiki/Exploitation_film

Agora já podemos concentrar-nos em Grindhouse: Death Proof e perceber melhor os seus objectivos e dinâmicas. “Grindhouse” baseia-se nesses pressupostos e é uma “double feature” que inclui “Death Proof” (“À Prova De Morte” em Portugal) de Quentin Tarantino (“Pulp Fiction”, Reservoir Dogs”, “Kill Bill”) e “Planet Terror” (“Planeta Terror” em Portugal) de Robert Rodriguez (“El Mariachi”, “Desperado”, “From Dusk Till Dawn”), interligados por 4 trailers falsos (os filmes que apresentam não existem na realidade) realizados por Eli Roth (“Hostel”), Rob Zombie (“House Of 1000 Corpses”, “The Devil’s Rejects”), Edgar Wright (“Shaun Of The Dead”) e o próprio Robert Rodriguez.

Infelizmente, e devido a questões financeiras, como sempre, os dois filmes foram separados após se ter verificado uma fraca afluência de público a esta experiência cinematográfica única. Pérolas a porcos, diria eu. Por essa mesma razão, para já apenas tive a oportunidade de ver o primeiro dos dois filmes, “Death Proof” de Quentin Tarantino. Actualmente já está disponível em Portugal o segundo filme, “Planet Terror”, e assim que possível, verei esse também e depois escreverei algumas considerações acerca do mesmo. Quanto aos “fake trailers”, isso já não sei. No DVD de aluguer de “Death Proof” não vêm incluídos. Não sei se estarão no DVD de venda ou no de “Planet Terror” (aluguer ou venda). Tenho de verificar isso. Aguarda-se, no entanto, uma edição em DVD da ideia original, com filmes e trailers em sequência.

Em “Death Proof” temos o psicopata Stuntman Mike (Kurt Russell), um ex-duplo de Hollywood que persegue e mata mulheres com o seu carro “à prova de morte”. O filme está dividido em duas partes. A primeira parte da acção desenrola-se em Austin, Texas e tem uma atmosfera muito 70s (a roupa, a música, a fotografia do filme, etc) em contraste com alguma tecnologia actual (telemóveis topo de gama). Demora imenso a desenvolver, tendo apenas como pontos de interesse as falhas de imagem, som e edição, juntamente com algum sexploitation (sem nudez, um certo tabu para Tarantino, mas Vanessa Ferlito e Sydney Poitier conseguem ser extremamente sensuais). Um grupo de raparigas constituído por Jungle Julia (Sydney Tamiia Poitier), Arlene (Vanessa Ferlito) e Shanna (Jordan Ladd) estão num bar, a beber uns copos com uns amigos, antes de partir para um fim-de-semana numa casa de campo. Fazem ainda parte desta primeira metade do filme o próprio Tarantino, como Warren o dono do bar, Eli Roth no papel de Dov, um dos amigos das raparigas e Rose McGowan interpretando uma hippie chamada Pam. Depois de cerca de ¾ de hora algo aborrecidos, a não ser pela já referida vertente visual e o tributo aos filmes exploitation, passamos à acção propriamente dita. É pouca coisa. Passa-se rápido demais. Mas é brutal.
Passamos à segunda parte. Depois de um início com imagem a branco e preto, voltamos a ter cor. Ambiente algo 80s (a imagem é “melhor” que na primeira parte, as referências a filmes dos 80s como “Pretty In Pink” de John Hughes, etc) em contraste, mais uma vez, com tecnologia actual (os ATM, ou Multibancos em Portugal). Encontramo-nos no Tennessee, onde Mike escolhe outro grupo de raparigas, que se irão revelar mais duras e vingativas que as anteriores. Abernathy (Rosario Dawson), Lee (Mary Elizabeth Winstead), Kim (Tracie Thoms) e Zoe (Zoe Bell) são as raparigas que constituem este segundo alvo de Stuntman Mike. Mais diálogo aborrecido. Prolonga-se por tempo indeterminado até ao êxtase do filme, uma perseguição de carro a alta velocidade. O pormenor de Zoe estar pendurada no capote do carro durante a perseguição arrepiou-me completamente. Imaginei-me no lugar dela e tive um arrepio na espinha durante metade da perseguição. Os papéis invertem-se. E mais não digo para não arruinar o vosso visionamento. Mas não gostei muito do final.

O “mau da fita”, o psicopata, é Stuntman Mike, mas acreditem que é dele que vão gostar. Vai ser por ele que vão torcer. Não por nenhuma das raparigas. Acreditem que estas raparigas conseguem mexer com os nervos de qualquer um. Pelo menos com os meus conseguiram. Bom, a verdade seja dita, simpatizei com a Arlene, do primeiro grupo. Mas foi a única. Talvez fosse essa a intenção de Tarantino com os longos diálogos das raparigas. De fazer com que nós próprios quiséssemos estar na pele de Stuntman Mike. De pegar no carro e querer ir atrás das raparigas.

Edição com erros, imagem com grão, imagens a branco e preto, histórias simples, violência extrema, blaxploitation, sexploitation, brutais acidentes de carro, tudo faz parte de “Death Proof”, numa homenagem aos já referidos filmes exploitation dos 70s. As já habituais longas sequências de diálogo sobre assuntos mais que mundanos e que não levam a lado algum, imagem de marca de Tarantino, também fazem parte deste novo trabalho. No entanto, estão uns furos abaixo daquilo a que tivemos oportunidade de assistir em “Pulp Fiction” ou “Reservoir Dogs” (“Cães Danados” em Portugal). Apenas quando entra Kurt Russell em cena é que as coisas começam a tornar-se deveras interessantes. O homem já não tem que dar provas do seu talento a ninguém mas, se dúvidas subsistiam ainda, estão agora desvanecidas pois a sua interpretação em “Death Proof” está sublime, e não consigo pensar em Stuntman Mike interpretado por outra pessoa qualquer. Fantástico. Aliás, as melhores cenas de “Death Proof” são todas as que incluem Kurt Russell, resultando tudo o resto num mero desfilar de diálogos aborrecidíssimos, sem qualquer interesse. Cortando algumas dessas cenas e deixando o filme um pouco mais curto, o resultado final seria muito mais satisfatório.

Há imensos pormenores que eu detestei e imensos que eu adorei e acho geniais. De qualquer modo, o filme mexeu comigo de diversos modos. Vi o filme ontem à noite e ainda hoje estou cheio de adrenalina. A odiar ainda mais as cenas de diálogo. A gostar ainda mais das cenas de carro. A exaltar ainda mais a interpretação de Kurt Russell. Depois de ler algumas opiniões na internet, verifiquei que este é o tipo de filme que tem reacções extremas, de amor e ódio. Há quem pense que é uma obra-prima e há quem pense que é uma completa m***a! E isso é muito importante num filme, que consiga criar este tipo de reacções extremas, fortes e duradouras nas pessoas!

Pontuação: 70%. Mas sujeita a alterações após o visionamento de “Planet Terror” (já vi o trailer e promete) e dos “fake trailers”.
RDS

IMDB:
http://www.imdb.com/title/tt1028528/

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