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02/03/13

“Dropping Evil” (Wild Eye, DVD, 2012)

Quatro amigos vão acampar e, aquilo que à partida seria uma viagem de diversão, sexo e drogas, acaba por se tornar em algo bem diferente. Após tomar LSD, Nancy (sim, eu sei, é nome de mulher, mas trata-se de um rapaz), começa a caçar os outros três, pois a droga leva-o a acreditar que consegue ver a verdadeira “persona” dos amigos. Uma misteriosa e sinistra corporação começa a centrar a sua atenção no rapaz e na sua recente habilidade.
O filme começa mal, de forma lenta, levando a crer que se trata de mais um “slasher” inconsequente, com um grupo de amigos a serem chacinados um a um por um psicopata. Felizmente, a meio começam a surgir reviravoltas, novas ideias a explorar, e um ambiente mais bizarro e surreal. No entanto, são tantas as ideias que querem meter ao barulho que acabam por não ser bem exploradas e executadas. A fusão de estilos é bem-vinda (as influências chovem de todo o lado, desde “Evil Dead” de Sam Raimi, a Cronenberg, passando até por Tarantino), se for bem-feita, mas em “Dropping Evil” nota-se o amadorismo do argumentista Louis Doerge. E não ajuda nada neste tipo de filmes o facto de o elenco ser, invariavelmente, constituído por amadores que não conseguem transmitir o que de bom o argumento tem, ou possa ter. Quanto ao realizador, Adam Protextor, ainda tem um bom caminho a percorrer, pois a maior parte dos seus planos são mal enquadrados e o seu trabalho é abaixo da média, mas apesar disso, tem os seus pontos altos, e este até consegue experimentar um pouco e ser bem-sucedido. O facto de algumas cenas serem em branco e preto pode parecer, à primeira, uma opção avant-garde, mas são tão aleatórias que acabam por perder o significado. Os efeitos especiais são medianos, o que é natural, tendo em conta o baixo orçamento deste tipo de filmes, mas algumas cenas são “agradáveis” de se ver.



No final, muitas perguntas ficam por responder mas, felizmente, temos direito a 3 sequelas de cerca de 20 minutos cada, onde são melhor exploradas algumas das personagens e se dão respostas mais ou menos satisfatórias ao enredo criado no filme principal. Temos até direito a uma participação especial de Fred Williamson.
Longe de ser uma obra-prima, longe de ser algo de novo ou revolucionário, “Dropping Evil” consegue ter os seus pontos de interesse. Os fãs de cinema indie, terror ou bizarro, podem experimentar. Os que procuram algo mais, digamos, certinho conforme as linhas traçadas por Hollywood, fiquem bem longe.
Quanto à edição em DVD pela Wild Eye, esta é região 0, em NTSC, e inclui como extras, além das já referidas sequelas em curta-metragem, outras curtas, trailers diversos, clipes musicais e cenas não usadas no filme.
RDS


19/02/09

Compiler // 01 (2003) & Compiler.02 (2006)

A “Compiler” é uma revista em formato DVD que tem como área de trabalho a arte contemporânea / avantgarde / alternativa. Existem para já dois volumes, Compiler // 01 “Was Ist Kunst, Marinela Kozelj? (2003) e Compiler.02 “From Here To The Ocean” (2006).
Compiler // 01 “Was Ist Kunst, Marinela Kozelj? (2003): A primeira antologia tem uma duração de 154 minutos e inclui diversos filmes experimentais, curtas-metragens, performances, etc. Os menus são algo confusos ao início e é difícil ter acesso ao que pretendemos mas, depois de lhe agarrar o jeito, tornam-se até parte do carácter vanguardista do todo. Só é pena não existir a função “play all”, o que tornaria muito mais fácil e atractiva (a meu ver) a visão do DVD na íntegra. Este tipo de abordagem é também visível na própria embalagem do DVD, uma caixa semi-transparente com um interessante design. A acompanhar o disco está ainda um livrete em papel reciclável com informação e fotografias relativas às curtas. Gosto mais deste tomo que do seguinte. 90%
Compiler.02 “From Here To The Ocean” (2006): A segunda antologia tem apenas 90 minutos e o tema principal, tal como o título poderá indicar, é o oceano. A duração dos filmes é maior que na anterior proposta mas, o carácter alternativo e vanguardista se mantém intacto. Crítica social, humor, ficção científica, música, “skateboarding”, paisagens, etc, são as “ferramentas” utilizadas pelos responsáveis das películas. O menu é muito mais simplificado que no anterior volume, já existe a função “play all”, e a caixa é “normal” (embora num formato digipack que é sempre preferido à típica caixa de plástico). Não é tão bom como o #1, mas também não fica muito atrás. 80%
Ambos volumes são excelentes propostas para quem gosta de material experimental e vanguardista. Aconselho.
RDS

18/02/09

Kiss Napoleon Goodbye (1990 - 2009) – Cult Epics

Esta é uma reedição em DVD da conhecida (pelo menos nos meios alternativos) curta-metragem de 1990 que inclui Henry Rollins e Lydia Lunch no elenco. Hedda (Lunch) e Neil (Don Bajema) fazem um retiro numa casa de campo, esperando com isso melhorar a sua relação. Mas uma terceira personagem, Jackson (Rollins, aqui na sua estreia em filme), aparece e ameaça a relação do casal. Em 30 minutos apenas retrata-se a velha história do trio amoroso embebido de ciúmes, rivalidades, amor e ódio. Apesar de não ser uma obra-prima tem os seus momentos mas, apesar de tudo, o que de mais apelativo tem “Kiss Napoleon Goodbye” são mesmo os nomes envolvidos. Henry Rollins (no seu primeiro trabalho como actor), Lydia Lunch (responsável também pelo argumento), JG Thirwell aka Foetus (banda sonora) e Babeth Mondini-VanLoo (realizador, responsável por outros trabalhos vídeo com Lunch e os Sex Pistols). Falta ainda referir outro pormenor interessante sobre a curta, e é que esta foi filmada na Holanda, num castelo que em tempos pertenceu a Louis Napoleon. Como habitual nas soberbas edições da Cult Epics, temos alguns extras: “Paradoxia And A Predator’s Diary”, um vídeo de Lunch de 51 minutos que inclui performance de “spoken word” e entrevista; e “It’s A Man’s World”, 5 minutos de “spoken word”, um excerto de retirado de um bootleg. A qualidade de vídeo, no geral, não é a melhor, mas trata-se de recuperações de material alternativo que são sempre bem-vindas. Não é uma peça indispensável mas irá com certeza agradar a fãs dos músicos/artistas/performers acima citados. 75%
RDS




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