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29/10/08

Masters Of Horror (2005)

Já aqui falei nesta série de TV Norte-Americana, a propósito de “Imprint” do Japonês Takashi Miike. Esse episódio levou-me a ir procurar a série na sua totalidade. Neste momento estou a visualizar a primeira temporada e, para já, deparei-me com um episódio fraquito, um assim-assim e dois fantásticos. Mas vamos aos poucos e, numa primeira descrição, retrato a série em si. Mick Garris criou a série “Masters Of Horror” para o canal de TV por cabo Norte-Americano Showtime. Duas temporadas, de 13 episódios cada, foram produzidas e exibidas. Cada episódio foi realizado por um nome sonante do cinema de terror / suspense. Depois desta série, outra no mesmo formato, mas na área da ficção científica teve lugar: “Masters Of Science Fiction”. Foram apenas 6 episódios (dois deles não foram exibidos). “Fear Itself”, também na linha de terror, teve estreia no Verão de 2008. “Masters Of Italian Horror” (esta promete) está em fase de produção.
Abaixo descrevo os 4 episódios que já tive a oportunidade de ver. RDS
Website Oficial: http://www.mastersofhorror.net/
Wikipedia: http://en.wikipedia.org/wiki/Masters_of_Horror
IMDB: http://www.imdb.com/title/tt0448190

EP01 - “Incident On And Off A Mountain Road” (Don Coscarelli; série “Phantasm”, “The Beatmaster”, “Bubba Ho-Tep”):Enquanto conduz de noite, numa estrada solitária, pelo meio das montanhas, Ellen distrai-se com o auto-rádio e embate num carro estacionado. Esta procura ajuda porque o seu carro não pega de novo. Infelizmente, depara-se com Moonface, um enorme homem desfigurado que colecciona corpos humanos, a puxar o corpo de uma jovem. Ellen é raptada por Moonface, mas consegue escapar e retaliar contra o monstruoso psicopata.
Esta história é-vos conhecida? Pois claro, esta narrativa apresenta quase todos os “slashers” Norte-Americanos que foram feitos desde a década de 70 até aos nossos dias. Está bem feito, mas é demasiado cliché para o seu bem. O acidente de carro na montanha / floresta, o psicopata deformado, o desespero e luta da(s) pessoa(s) raptada(s) para conseguir fugir. Passo a passo, peça a peça, Don Coscarelli reconstrói o tipico “slasher” “made-in-USA”. Apenas para os fãs “diehard” do género. 55%
Wikipedia:
http://en.wikipedia.org/wiki/Incident_On_and_Off_a_Mountain_Road
IMDB: http://www.imdb.com/title/tt0643107/
Don Coscarelli (Wikipedia): http://en.wikipedia.org/wiki/Don_Coscarelli
Don Coscarelli (IMDB): http://www.imdb.com/name/nm0181741/




EP02 – “H. P. Lovecraft's Dreams In The Witch-House” (Stuart Gordon; “Re-Animator”, “The Beyond”):
O estudante Walter Gilman aluga um quarto numa verdadeira pocilga. Este está a escrever a sua tese de graduação sobre dimensões paralelas e outros pressupostos metafísicos. Mas o quarto onde este dorme está, supostamente, amaldiçoado. Noite após noite, este começa a ter sonhos bizarros com um rato com cara humana, uma bruxa demoníaca e uma porta para outra dimensão. A bruxa pede-lhe para este praticar um ritual ocultista e sacrificar um bebé. A vizinha do quarto ao lado, com quem Walter está a começar a ter uma boa relação, é mãe solteira e tem um filho bebé. Walter começa a definhar e a certo ponto já não sabe qual é a realidade e a fantasia.
Quando pensei que a série iria enveredar pelos mesmos caminhos do 1º episódio, eis que me surge esta obra-prima baseada numa obra do genial Lovecraft e realizada por Stuart Gordon. Bizarro, psicadélico a momentos, perturbador, genial. Uma excelente adaptação do mundo bizarro de Lovecraft e, quem já leu algumas das suas obras, irá com certeza concordar comigo. Muito bom. Fez-me continuar a ver a série. 90%
Wikipedia:
http://en.wikipedia.org/wiki/H._P._Lovecraft%27s_Dreams_in_the_Witch-House
IMDB: http://www.imdb.com/title/tt0643104/
Stuart Gordon (Wikipedia): http://en.wikipedia.org/wiki/Stuart_Gordon
Stuart Gordon (IMDB): http://www.imdb.com/name/nm0002340/
EP03 – “Dance Of The Dead” (Tobe Hooper; “The Texas Chainsaw Masacre”, “Poltergeist”, “The Mangler”):
Encontramo-nos nuns USA pós-apocalípticos. A população foi dizimada por um ataque nuclear terrorista. A maior parte dos seres humanos ficou desfigurada, com a carne putrefacta. A sociedade está num estado de caos permanente. Uma jovem chamada Peggy vive com a sua mãe, dona de um snack-bar. Peggy envolve-se com um jovem motociclista viciado em drogas e o seu grupo de amigos. Contra os protestos da mãe, esta vai com o grupo para o seu local de eleição, um clube nocturno chamado Dorm Room. Ali, o mestre-de-cerimónias (o grande Robert “Nightmare On Elm Street” Englund) apresenta um mórbido espectáculo em que corpos reavivados por intermédio descargas eléctricas e injecções de drogas experimentais têm espasmos a que chamam “dança da morte”. Peggy vai reconhecer uma das pessoas em palco e, consequentemente, vai ficar a conhecer um segredo nada agradável.
Não é uma história originalíssima mas está bem feita e convence. Se estivéssemos a falar de um filme de longa duração, a coisa poderia ser melhor explorada, ou então, arrastar-se-ia demais para o seu próprio bem. Para media metragem, está muito bem e cumpre o seu papel. E uma participação de Robert Englund dá sempre aquele toque de bizarria e esquisitice que agrada aos fãs de terror. A banda sonora é da responsabilidade de Billy Corgan (Smashing Pumpkins) e é o melhorzito que este senhor fez desde a dissolução dos Pumpkins. Gostei mas não penso que vá ver de novo num futuro próximo. 70%
Wikipedia:
http://en.wikipedia.org/wiki/Dance_of_the_Dead_(Masters_of_Horror_episode)
IMDB: http://www.imdb.com/title/tt0643102/
Tobe Hooper (Wikipedia): http://en.wikipedia.org/wiki/Tobe_Hooper
Tobe Hooper (IMDB): http://www.imdb.com/name/nm0001361/


EP04 – “Jenifer” (Dario Argento; “Profondo Rosso”, “Suspiria”, “Phenomena”):Dois polícias dentro do carro patrulha, estacionado num local afastado, apreciam o seu almoço. O Detective Frank Spivey sai do carro para fumar um cigarro e vê um homem a arrastar uma jovem. Frank chega mesmo a tempo de impedir o homem de cortar a cabeça da jovem com um cutelo, alvejando o homem mortalmente. Mas antes de morrer, este ainda consegue dizer: “Jenifer”. Este tenta a ajudar a rapariga a levantar-se e repara que esta está terrivelmente desfigurada na face, não fala, e tem um certo atraso mental. Jenifer vai para um hospital psiquiátrico mas o detective tem pena dela e leva-a para casa, mesmo contra a vontade da sua esposa. Depois de Jenifer matar e comer o cão da família, a esposa de Frank sai de casa com o filho. Frank começa a ficar obcecado com a rapariga de uma forma pouco saudável. A relação torna-se física. Até que algo de mais grave acontece. Este foge com a rapariga para uma cabana nas montanhas. Mas as coisas não vão acalmar.
A maior parte das críticas que li sobre esta primeira participação do mestre Argento na série não foram muito favoráveis. Não sei porquê. Este é o melhor episódio que vi até agora. Intenso, perturbador (Jenifer é verdadeiramente perturbadora, excelente caracterização), pleno de suspense (Argento é exímio em criar ambiente pesados), muito Gore (é até demasiado Gore para o habitual de Argento, não que eu me esteja a queixar, mas não é o estilo do mestre Italiano). E a cereja no cimo do bolo é mesmo a banda sonora de Claudio Simonetti (ex-Goblin), colaborador assíduo de Argento. Fantástico. Espero encontrar mais episódios assim. 90%
Wikipedia: http://en.wikipedia.org/wiki/Jenifer_(Masters_of_Horror_episode)
IMDB: http://www.imdb.com/title/tt0643108/
Dario Argento (Wikipedia): http://en.wikipedia.org/wiki/Dario_Argento
Dario Argento (IMDB): http://www.imdb.com/name/nm0000783/

12/10/08

Krull (1983)

Um monstro apelidado de “A Besta” ataca o Planeta Krull. Para se defenderem deste ataque, dois soberanos fazem uma aliança através do casamento dos seus filhos, o Príncipe Colwyn (Ken Marshall) e a Princesa Lyssa (Lysette Anthony). O castelo é atacado pelos “Slayers” (o exército da Besta) durante o casamento, os dois reis são assassinados, a Princesa é raptada e Colwyn é ferido gravemente. Depois de recuperar, este parte em auxílio de Lyssa. No início da jornada fica em posse de uma poderosa arma chamada “The Glave” que consiste numa espécie de bumerangue de 5 lâminas. Pelo caminho vai reunindo um peculiar grupo de aliados: o mago da corte Ynyr (Freddie Jones), um vidente cego (John Welsh), um grupo de bandidos que escapou recentemente da prisão (entre os quais os conhecidos Alun Armstrong, Liam Neeson e Robbie Coltrane), um mago com poucos poderes (David Battley), um cíclope (Bernard Bresslaw), e o miúdo ajudante do vidente, Titch (Graham McGrath). Estes têm de chegar à Fortaleza Negra (que nunca está no mesmo sítio muito tempo), resgatar a Princesa e eliminar A Besta e o seu exército.
Na linha dos filmes de fantasia / aventura / sci-fi que se propagou nos finais da década de 70 e primeira metade dos 80s, este “Krull” não traz nada de novo mas está muito bem feito. Fica tudo a meio caminho: uma história pouco original que segue a linha habitual, mas agrada; representações acima da média sem chegar a ser exemplares; efeitos especiais “kitsch” típicos dos 80s e que hoje têm um certo ar de série B (o que me agrada particularmente); trabalho de fotografia acima da média; banda sonora típica mas agradável e bem encaixada (cortesia de James Horner); e um desenlace mais que previsível. Mas isto é mau? Não senhor, muito pelo contrário. É um filme que vai agradar a fãs do género pois tem todos os ingredientes na dose certa. São duas horas bem passadas. Mas a minha opinião talvez seja de desconfiar pois já tinha visto “Krull” há uns bons anos atrás, quando ainda era criança, e este ficou retido na memória de um modo positivo. Para fãs de Star Wars, Excalibur, Ewoks, Dragonslayer, The Sword And The Sorcerer, Kull, Hercules / Xena, Lord Of The Rings, etc. Vocês sabem quem são, he, he! 80%
RDS

IMDB:
http://www.imdb.com/title/tt0085811/

01/10/08

Hagane No Renkinjutsushi / Full Metal Alchemist (2004)

Nunca estive muito ligado ao mundo do Anime e do Manga e, além de dois ou três filmes de Hayao Miyazaki, nunca me tinha aventurado muito nesse mundo. Há um par de meses emprestaram-me diversos Animes e um dos títulos era mesmo este “Full Metal Alchemist”. Estive algum tempo sem tocar neste material, até que me decidi a experimentar. E ainda bem que o fiz! Vi o primeiro episódio e o assunto interessou-me e, logo ao segundo episódio, já estava cativado e viciado. Foram 4 temporadas num total de 51 episódios (cerca de 22 minutos cada um), e um filme (“The Conqueror Of Shamballa”, que continua onde ficou a série e encerra a história; cerca de 1h45m) e muitas horas de visionamento. Mas foi sempre com muito interesse que acompanhei as aventuras dos irmãos Elric e os seus amigos (e inimigos). O argumento é fabuloso e bate a milhas muitos dos argumentos de séries televisivas de sucesso (sim, é fantasia, e depois?). As personagens estão bem exploradas e é fácil criar empatia com as mesmas (até mesmo com alguns dos “maus da fita”, se bem que aqui as coisas não são bem branco e preto, mas sim com tons de cinzento na maior parte dos casos), há muitas reviravoltas, ideias bem encaixadas. Muita acção (há sempre movimento, batalhas, guerras, lutas, perseguições; o filme então tem sequências fabulosas de suster a respiração), muito humor (preparem-se para verdadeiras gargalhadas), fantasia e magia (muita alquimia, poderes especiais, seres inumanos, criaturas míticas), drama (há momentos bem “pesados”), tudo sempre levado ao extremo. E para acompanhar, uma soberba banda sonora da responsabilidade de Michiru Oshima, isto além, é claro, das fantásticas malhas Pop / Rock de abertura e encerramento de cada temporada (Porno Graffitti, Nana Kitade, L’Arc En Ciel, YeLLOW Generation, Cool Joke, Crystal Kay, Asian Kung-Fu Generation, Sowelu).
O pai dos irmãos Elric (Edward e Alphonse) abandonou-os e, quando a sua mãe morre, estes decidem realizar uma proibida transmutação humana para a trazer de volta ao mundo dos vivos. Mas a operação alquímica corre mal e Edward perde um braço e uma perna. Alphonse perde o corpo inteiro mas o irmão mais velho, Edward, consegue ligar a sua alma a uma armadura gigante. É assim a lei da troca equivalente da Alquimia. Para ganhar algo, tem de se dar alguma coisa em troca. Estes querem agora recuperar os seus corpos, deixam a sua casa e a sua terra, e viajam para a capital para fazer o exame e se tornarem Alquimistas Estatais. Entre muitas peripécias, perigos, aventuras, amigos, inimigos, estes procuram incessantemente a pedra filosofal para poderem contornar as leis da Alquimia e ter os seus corpos de volta.
Eu gostei imenso, fiquei viciado e não larguei a série enquanto não vi tudo. Recomendo vivamente a fãs de Anime (com certeza já devem ter visto, he, he) e fantasia / aventura em geral. 95%
RDS

Website Oficial: http://www.fullmetalalchemist.com/ / http://www.fullmetal-alchemist.com/
IMDB (Série): http://www.imdb.com/title/tt0421357/
IMDB (Filme): http://www.imdb.com/title/tt0485323/
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As 5 Introduções de Full Metal Alchemist
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Nana Kitade - Kesenai Tsumi (PV do tema do 1º encerramento)

24/09/08

De Fortabte Sjæles Ø / Island Of The Lost Souls (2007)

Depois do divórcio dos pais, a Lulu (Sara Langbaek Gaarmann) muda-se com a mãe Beate (Anette Stovelbaek) e o irmão mais novo Sylvester (Lucas Munk Biling) para uma pequena vila. Lulu tem um certo interesse por magia e o oculto e, certa noite, usa o seu tabuleiro Ouija e tenta chamar um espírito. Nada acontece no momento mas, durante a noite, uma luz entra no quarto e entra no corpo de Sylvester. Trata-se do espírito de Herrman Hartmann (Anders W. Berthelsen), o qual fazia parte de um grupo que lutava contra as forças do mal no século XIX. Herrman quer regressar ao mundo dos espíritos mas encontra-se preso no corpo de Sylvester. Oliver (Lasse Borg), o novo vizinho de Lulu, sugere um espiritista local chamado Ricard (Nicolaj Kopernikus). Mas Herrman não é o único que voltou do passado. Um necromante (Lars Mikkelsen), que já havia tido um confronto com Herrman no passado, é a personagem mais maléfica que pretende, adivinhem, governar o mundo.
A história não é nada de novo ou original, mas está bem contada, de uma maneira simples mas eficaz. Tem excelentes efeitos especiais, uma fantástica fotografia em tons de azul e verde, uma realização perfeita cortesia de Nikolaj Arcel e boas performances por parte de todo o elenco (em especial o jovem Lucas Munk Biling que faz aqui a sua estreia, tendo de representar duas personagens completamente diferentes, o que faz com um à vontade inacreditável). Já o fizeram passar por um filme direccionado para a família ou para um público infanto-juvenil. Na minha opinião é demasiado negro e intenso para poder agradar a crianças ou ser apelidado de familiar, mas não chega a ser propriamente assustador ou intenso e que vá de encontro aos gostos de fãs de terror. É um filme de fantasia com muita magia, efeitos, aventura, acção, algum humor e um ambiente negro que irá com certeza agradar a fãs do género. Tem miúdos sim, tem magia, tem um argumento que poderá remeter para um nome mais conhecido (não o vou mencionar pois toda a gente o faz, e vocês já devem saber qual é), mas está orientado para um público jovem adulto, na minha modesta opinião. Gostei muito do que vi e foi bom poder afastar-me um pouco dos filmes do género que se vão fazendo nos USA e que têm deixado algo a desejar. 80%
RDS

IMDB:
http://www.imdb.com/title/tt0466449/

18/09/08

Ultraman Mebius And Ultra Brothers / Urutoraman Mebiusu Ando Urutora kyôdai (2006)

Em comemoração dos 40 anos da franquia Ultraman surge este filme que reúne algumas das personagens e actores originais. Neste “Ultraman Mebius And Ultra Brothers” uma coligação de monstros de diversas proveniências da galáxia é formada com o intuito de conquistar a Terra. Para os deter está Ultraman Mebius de Nebula M-78. Este é o sucessor de uma linhagem de Ultra Brothers que tem protegido a Terra de ataques por parte de monstros extraterrestres durante 40 anos. Os atacantes tentam acordar o super monstro U-Killer Zarus, o qual foi derrotado pelos Ultra Brothers há 20 anos atrás, e que se encontra adormecido na baía de Kobe. Mas Ultrama Mebius não consegue derrotar os extraterrestres sozinho e muito menos o poderoso Ultra Killer Zarus, tendo para isso ajuda de Ultraman, Ultra Seven, Ultraman Jack, Ultraman Ace, Ultraman Taro e Zoffy. E todos (excepção de Zoffy) são interpretados pelos actores originais! Querem melhor?
As ideias são as mesmas de sempre e a história não foge muito ao que já conhecemos de 40 anos de Ultraman. Os efeitos especiais são os típicos (e para que mudar?) e temos direito aos habituais fatos de borracha, aos seres humanos vestidos de extraterrestres / monstros com fatos bem “kitsch”, e às maquetes da cidade a 1/3 da altura dos heróis / monstros e que são destruídas pelos mesmos (e que propositadamente se nota que são maquetes). No campo dos efeitos especiais temos alguma ajuda de CGI em fusão com os tradicionais efeitos série B, mas não se preocupem os fãs porque isso não altera em nada a mística do filme. Para quem já conhece, é uma visualização obrigatória, quanto mais não seja pela participação dos actores originais. Para que não conhece, é uma visualização obrigatória para entrar no universo Ultraman. Eu gostei muito. Tem muita acção, cor, movimento, fantasia e divertimento a rodos (e alguma nostalgia também). Aconselho vivamente. 90%
RDS

IMDB:
http://www.imdb.com/title/tt0999922/

08/09/08

Dragonslayer (1981)

Um grupo de aldeões parte à procura do feiticeiro Ulrich (Ralph Richardson, RIP) com o propósito de lhe pedir ajuda, pois a sua vila é aterrorizada por um enorme dragão. O Rei Casiodorus Rex (Peter Eyre) fez um pacto com o dragão e, em troca do sacrifício de algumas virgens, este deixa a aldeia em paz. Mas os habitantes estão fartos de perder as suas filhas. Mesmo antes de iniciar a viagem, Ulrich é assassinado e o seu aprendiz Galen (Peter MacNicol) voluntaria-se para tomar o seu lugar. A história não evolui muito mais do que isto, baseando-se o filme apenas na tentativa de matar o dragão. Alguma acção, algum romance, muita feitiçaria, e algum humor. São estes os ingredientes deste típico filme “sword & sorcery” dos 80s. Os actores, na sua grande maioria, estão muito bem, em especial Sir Ralph Richardson. Peter MacNicol, aqui na sua estreia em filme, também está muito bem como o jovem feiticeiro Galen. Outros nomes da lista de actores são Ian McDiarmid, Caitlin Clarke (RIP), Sydney Bromley (RIP), Roger Kemp ou John Hallam (RIP). Apesar de alguns dos efeitos especiais não serem fantásticos, estão bem acima da média não podendo ser apelidados de série B e, no geral, satisfazem. O dragão é um dos pontos positivos nesta área. Este deve ser um dos primeiros dragões em filme que me pareceu real. Um dos aspectos negativos é a fotografia que, em muitas cenas tem um tom escuro demais. Mas, segundo parece, esta foi uma das maiores queixas aquando da exibição da película nas salas, em 1981. Não é dos melhores filmes de “sword & sorcery” que já vi mas, mesmo assim, superior a muita da treta que se vê hoje em dia. Com tanta tecnologia, CGI e dinheiro disponíveis hoje em dia, como é que não se conseguem fazer filmes de fantasia melhores? Sem dúvida alguma a década de 80, além de ser prolífica neste tipo de filmes (Conan, Hawk The Slayer, Dragonslayer, The Sword And The Sorcerer, etc), foi também a melhor. Recomenda-se aos fãs do género. 70%
RDS


IMDB: http://www.imdb.com/title/tt0082288/
Dragonslayer - Fanmade Video

03/09/08

Phairii Phinaat Paa Mawrana / Vengeance (2006)

Um jovem polícia chamado Wut persegue uns criminosos que escaparam da prisão, entre os quais se encontra Nasor. Sem ter conhecimento disso, estes partilham um passado. Alegadamente, o pai de Wut assassinou o pai de Nasor por causa de uma valiosa moeda que trouxeram da floresta. O Capitão Wut, juntamente com alguns dos seus subordinados, um guia e a sua filha, perseguem os criminosos no centro de uma selva que se diz estar amaldiçoada. Nenhum dos dois sabe que a moeda que Nasor roubou os liga, e que esta o factor primordial para a maldição que assola a floresta proibida de Thai-Myanmar. Ao longo da jornada estes são atacados por insectos assassinos, uma serpente gigante e outras criaturas demoníacas e vampíricas.
A realização está fantástica; alguns efeitos especiais são bons, outros são tipicamente série B (todo o filme tem este ambiente) mas agradam na mesma (para quem gosta deste material de baixo orçamento); os actores estão acima da média; a história, apesar de ser simples, é eficaz (mas queremos mais nestes tipo de filme?!); e, finalmente, a banda sonora adequa-se na perfeição ao ambiente do filme. É pena a fotografia não estar melhor pois, na maior parte do filme, está tudo muito escuro e nãos e notam certos pormenores, factor importante neste tipo de filmes de fantasia e/ou terror. O filme demora um bom bocado a desenvolver mas, assim que se chega aos 25 minutos finais, a acção, suspense, terror e fantasia não param durante um segundo. Gostei da revelação final, da qual não estava mesmo à espera! Gostei. Não é uma obra-prima mas é puro entretenimento que irá agradar a fãs de acção, terror, suspense e, até, ficção-científica. Muito melhor que algumas das atrocidades que têm saído dos USA nos últimos anos. 70%
RDS

IMDB:
http://www.imdb.com/title/tt0780116/

Akira Kurosawa’s Dreams (1990)

Este não é propriamente um filme com início, meio e fim, mas sim uma antologia de 8 histórias. Estas histórias são baseadas em sonhos do conceituado realizador Akira Kurosawa e, por essa mesma razão, fragmentadas e incompletas, tal como todos os sonhos do comum mortal. Junto com as breves descrições das curtas-metragens irei referenciar alguns aspectos da cultura, folclore e mitologia Japonesas de modo a se compreender melhor cada uma das peças de “Dreams”. Para não arruinar a visualização desta obra de arte a alguém, caso ainda não a tenha visto, não irei fazer uma narrativa e análise extensa de cada um deles, deixando isso para cada um de vós o fazer. Este é um filme que se tem de ver com alguma paciência, espírito crítico e abertura de mente pois as coisas aqui nem sempre são de fácil assimilação e/ou interpretação.

Umas das maiores dificuldades em ver um filme deste género, ou qualquer outro filme de uma cultura completamente diferente da nossa, são a informação cultural e folclórica contida no mesmo. Pormenores que são muito importantes podem passar-nos ao lado. E quando se fala em cinema japonês, essa vertente é acentuada. O Japão já foi apelidado de “Império dos sinais” devido à riqueza da comunicação não verbal, postura física, símbolos, objectos, palavras ou frases encaixadas num determinado contexto, e até o silêncio.

“Sunshine Through The Rain”: uma mãe diz ao filho para não sair de casa num dia de chuva porque, nesse tipo de clima, as raposas celebram os seus casamentos. Estas não gostam que as suas celebrações sejam observadas por estranhos e, se isso acontecer, estes podem ser alvos de um castigo fatal. A estrita educação Japonesa fica retratada neste conto.
Informação: No folclore Japonês há uma espécie de homens raposa que se apelidam de “kitsune”.

“The Peach Orchard”: o mesmo miúdo do conto anterior encontra os espíritos dos pessegueiros que foram cortados pelos homens. Este mostra arrependimento e as árvores decidem florescer mais uma vez para seu deleite. A preocupação de Kurosawa pela natureza e o meio ambiente. Esta encontra-se patente noutros contos desta antologia.
Informação: No Japão, a 3 de Março, há um festival de bonecas chamado “Hinamatsuri” no qual as bonecas são expostas em vários níveis, sendo a boneca Imperatriz colocada no mais alto nível e daí em diante.

“The Blizzard”: um grupo de montanhistas tenta escapar a uma tempestade e, consequentemente, à morte. O líder encoraja-os a continuar e não desistir. Estes acabam por ser salvos por um espírito. Este conto é dos que mais parece demorar a desenvolver, mas isso faz parte do próprio ambiente da situação, a vã tentativa de continuar a lutar contra a tempestade e o sentimento de desespero de quem vê a morte à sua frente. Este sentimento de vaguear e não se conseguir chegar a lado algum é uma característica de muitos sonhos.
Informação: No folclore nipónico existe o Yuki-onna, o qual é um espírito de alguém que morreu no frio ou na neve. O Yuki-onna revela-se a viajantes que se encontram encurralados em tempestades de neve e usa o seu gélido bafo para os deixar congelados. Estes aparecem frequentemente como belas mulheres de cabelos longos.
A tragédia da 5ª Infantaria do Exército Japonês é sobejamente conhecida pelos Japoneses. Durante uma manobra de treino nas montanhas Hakkoda, no Inverno de 1902, cerca de 200 recrutas morreram quando uma tempestade se abateu sobre eles. Apenas alguns sobreviveram.

“The Tunnel”: um capitão encontra os espíritos dos seus subordinados mortos em combate. Estes pensam que ainda estão vivos. Este é talvez o mais intenso de todos os sonhos e o meu favorito.
Informação: No folclore Japonês, quando alguém morre, um “reikon” (ou alma) deixa o corpo e vai para o mundo dos espíritos. Contudo, quando alguém morre em circunstâncias mais agressivas ou influenciada por emoções fortes, o “reikon” transforma-se num “yurei” e volta para o mundo físico.

“Crows”: um estudante de arte entra num quadro de Vincent Van Gogh (interpretado por Martin Scorsese) e encontra-se com o famoso pintor. Juntos percorrem cenários de alguns dos seus quadros.

“Mount Fuji In Red”:
um acidente numa central nuclear casa o pânico na população que acaba por se suicidar no mar. Mais uma vez a preocupação pela Natureza e, em particular, da ameaça nuclear que sempre pairou sobre o país. Outro dos meus favoritos.

“The Weeping Demon”: aqui retrata-se um mundo apocalíptico pós-catástrofe nuclear. Mutações humanas, animais e vegetais povoam a Terra. Não sobra nada do mundo que se conhecia, não há luz, não há quase sinais de vida e, por falta de comida, os mutantes tornam-se canibais, alimentando-se dos mais velhos e fracos. O mesmo homem do sonho anterior encontra aqui um desses mutantes e ambos têm uma conversa filosófica sobre o assunto. Na sequência do sonho anterior.

“Village Of The Watermills”: Um viajante chega a uma vila onde não há comodidades do mundo moderno, não há electricidade, não há carros, os vilãos são unos com a Natureza. Mais uma conversa de teor filosófico entre o viajante e um senhor idoso que se encontra à beira do rio. Outro dos meus favoritos. A mensagem de conservação da Natureza é mais notória neste segmento. É o finalizar de 2 horas de “sonhar acordado”. O encerrar com “chave de ouro” de “Dreams”.

Como disse anteriormente, esta não é uma película de fácil digestão e o espectador tem de se encontrar no estado de espírito certo. Além disso, não sendo obrigatório diga-se já, ter conhecimento de algumas lendas, mitologia, cultura e história do Japão pode ajudar imenso à compreensão de certas ideias. Qualquer pessoa pode apreciar o filme mas, essas informações e conhecimento geral podem ajudar a uma análise mais cuidada e, consequentemente, absorver tudo na sua plenitude e apreciar melhor esta obra de arte. Recomenda-se vivamente! 95%
RDS

IMDB:
http://www.imdb.com/title/tt0100998/
Akira Kurosawa's Deams - Fanmade Trailer

01/09/08

Ultraman: The Next (2004)

Em comemoração dos 40 anos deste herói japonês, Ultraman, eis que surge um novo filme e uma nova aventura. Esta faz parte do Ultra N Project que inclui também Ultraman Noa (live stage), Ultraman Nexus (série de TV) e um novo “manga”. O piloto de caças Maki (Tetsuya Bessho) é dado como morto após uma colisão com um misterioso meteorito. Mais tarde este é encontrado vivo mas, não é mesmo Mike de antes do acidente. Ao mesmo tempo um misterioso monstro assola Tóquio e destrói tudo o que se encontra no seu caminho. Esse poderoso monstro, que foi apelidado de “The One”, absorve o poder dos diversos animais que encontra no caminho para obter mais poder. A batalha entre os dois é inevitável. Uma história simples mas eficaz (e queremos mais neste tipo de filmes?); excelentes efeitos especiais; muita acção e fantasia; uma óptima realização (Kazuya Konaka); um bom elenco e uma bombástica banda sonora (algures entre o típico “score” para os filmes de monstros Japoneses, vulgo “kaiju”, filmes de acção toscos dos 80s e algum Hard Rock), é o que encontramos neste “Ultraman: The Next”. Vale a pena para os fãs de Ultraman e não só. Não é uma obra-prima, longe disso, mas é puro entretenimento do início ao fim! 80%
RDS

IMDB:
http://www.imdb.com/title/tt0471414/

27/07/08

Volkodav / Wolfhound (2007)

“Volkodav iz roda Serykh Psov” é um filme Russo datado de 2007. Este é, segundo as apresentações do mesmo, o filme mais caro de sempre na Rússia. O argumento é baseado no “best-seller” do mesmo título de Mariya Semyonova. O livro é o primeiro de uma trilogia e, segundo parece, está a ser preparada uma sequela cinematográfica para este “Volkodav”.
“Volkadov”, como se chama a si mesmo, é o único sobrevivente de um ataque à sua vila natal. Os atacantes enviam-no para trabalhar nas minas mas, depois de muitos anos de escravidão, este consegue a sua liberdade. O seu único propósito na vida é vingar a sua família e os habitantes da vila Serie Psi (Grey Dogs, Cães Cinzentos). Durante a sua viagem reúne-se a outras personagens, entre as quais um sábio cego, uma jovem rapariga e uma princesa, entre outros.
Na cidade de Galirad, este acaba por tornar-se o guarda pessoal de Elena, a filha de um governante que espera salvar sua cidade, concedendo a mão da jovem a um guerreiro da terra vizinha. Estes iniciam uma perigosa expedição em busca do futuro marido de Elena, assim como do arqui-inimigo de Volkodav.
Fantasia épica com muita aventura é o que nos é oferecido em cerca de 136 minutos. Confesso que no início do filme estava a sentir que tinha sido “enganado” e que iria perder 2 preciosas horas do meu tempo. A imagem não é das melhores; o som também não é perfeito; e as actuações pareciam-me algo teatrais e exageradas. Mas ainda bem que eu nunca desisto e fico sempre até ao fim. A meio do filme já estava “ agarrado” e, acreditem os fãs de fantasia / épicos / aventuras, que os 15-20 minutos finais valem o filme. Um verdadeiro festim visual. Tem muitas falhas (argumento, personagens sub-exploradas, pouca acção, etc), isso é certo, mas é sempre difícil adaptar um livro ao cinema e, em especial, um livro deste tipo. Há muita coisa que não se pode encaixar em apenas 2 horas. Um dos aspectos positivos do filme é a excelente banda sonora de Aleksei Ribnikov (que aliás me está a servir de acompanhamento para escrever estas linhas) que ajuda muito ao clima épico do filme.
Não é uma obra-prima. Não é dos melhores filmes Russos de sempre (não nos podemos esquecer das centenas de filmes de fantasia / aventura que lá foram feitos no século XX). Mas, mesmo assim, acima da média e vale a pena se gostam do género. Para fãs de “Lord Of The Rings”, “Conan”, “Beowulf”, “Pathfinder”, ou os “clássicos” de aventura bem “kitsch” dos 80s. 70%
RDS

IMDB:
http://www.imdb.com/title/tt0416316/

08/04/08

The Gate (1987)

A coisa é simples. Típico filme de terror dos 80s. Dois putos amigos, Glen (Stephen Dorff) e Terry (Louis Tripp), abrem um portal para o Inferno no quintal da casa de Glen acidentalmente. Coisas estranhas começam a acontecer na casa. Pequenos demónios saem do buraco no chão. São necessários dois sacrifícios humanos para que o inferno povoe a Terra de uma vez por todas. Terry, um metalhead, descobre lá em casa um disco de uma banda de Hard ‘N’ Heavy que contém indicações sobre o assunto. Pois, tinha de ser! Os dois miúdos, com a ajuda da irmã de Glen, têm de eliminar os demónios, fechar o portal e salvar o mundo.
Como já disse, típico filme de terror dos 80s. Cresci com este tipo de filmes. Lembro-me de ter visto este há uns anos atrás, quando era um miúdo. Actualmente, para meu gozo pessoal, estou a rever este material todo. Este não podia falhar. Assustador? Nem pensar. Divertido, isso sim. Nem sei como é que alguém podia ter medo na altura. Este tipo de filmes envelheceu facilmente. Hoje em dia são vistos apenas por fãs do género, como eu. Efeitos especiais típicos da altura, música pirosa de sintetizador (fixe, he, he!), argumento simples. E as actuações neste até são acima da média. É assim que eu gosto destas cenas retro, bem “kitsch”. Na linha de “House” (1986), por exemplo. Para fãs de terror dos 80s, série B e fantasia. 70%
RDS

IMDB:
http://www.imdb.com/title/tt0093075/

07/04/08

Breeders (1986)

A acção decorre em Manhattan. Um alienígena, que consegue assumir a forma física que quiser, está a violar virgens para efeitos de reprodução. A sua intenção é, pasmem-se, dominar o planeta Terra. O detective Andriotti e a doutora Pace tentam, desvendar o mistério por detrás das violações. O final é simplíssimo. Não vou contar para não vos arruinar o “clímax” do filme. Se bem que não há nada para arruinar. A coisa é do mais simples. O conceito é similar ao de “Species”. Pensem numa versão de baixo orçamento desse filme e ficam com uma ideia.
Típico série B da década de 80, baixo orçamento, péssimas performances do elenco, argumento do mais simples (é impressionante como em meados da década de 80, em Nova Iorque, todas as mulheres que aparecem são virgens, he, he), música pirosa (do tipo “sintetizador de trintão a viver na cave da casa da mãe”), muita gritaria histérica por parte das actrizes (imaginem uma sátira à cena do chuveiro de “Psycho”), efeitos especiais simples (a criatura é um tipo vestido com um fato de carnaval), e muita, mas mesmo muita nudez. Querem melhor?
Assustador? Nem pensar. Isto é tão assustador como “Gremlins” ou “Ghoulies”, he, he. Puro entretenimento. E é isso mesmo que se procura num filme destes. Apenas para fãs de série B. Os outros afastem-se porque vão achar que isto é uma bela merda. E se calhar até têm razão. 65%
RDS

IMDB:
http://www.imdb.com/title/tt0090771/

28/03/08

Attack Of The Killer Tomatoes (1978) - Intro

Attack Of The Killer Tomatoes (1978)

Tomates geneticamente modificados começam a atacar humanos e animais. No início, o governo tenta encobrir o caso mas, rapidamente, a coisa fica fora de controlo e o caos instala-se. Um grupo de elite é reunido para tentar salvar o mundo da ameaça dos tomates assassinos. Este grupo é liderado por um homem que está desempregado há imenso tempo e não tem qualquer tipo de habilitações para o cargo. Sob a chefia deste está um tipo que anda sempre com o paraquedas aberto a arrastar pelo chão, um mergulhador que anda sempre com o fato de mergulho vestido, uma nadadora alemã obesa e um homem de raça negra que é um mestre do disfarce (George Washington, tomate assassino, um Hitler negro, etc).
John De Bello escreveu, produziu, realizou e até escreveu o genérico do filme (o tema título é o melhorzito do filme, é uma grande malha que não me sai da cabeça até hoje). Este filme de série B é uma sátira aos filmes de monstros e criaturas das décadas de 50 e 60. Não é inteligente, nem o pretende ser. Não é hilariante, nem o pretende ser. Não é uma obra-prima, longe disso. Mas é já um clássico da série B. Depois de ver este filme não vão encarar o cinema da mesma maneira. É daqueles filmes que nunca mais se esquece. Seja por boas ou más razões. Gargalhadas? Não as conseguiram de mim. Bem, talvez uma só, numa cena que me fez lembrar os irmãos Marx. No geral, apenas um sorriso de orelha a orelha causado pelas cenas completamente disparatadas e absurdas. Os actores, na sua maioria, são péssimos actores; os efeitos especiais são amadores (numa cena vêem-se as rodinhas num tomate gigante); o argumento parece escrito à pressa e nem teve direito a uma revisão. Juntem a isso uns números musicais do mais baixo nível e têm diversão garantida. É nesse espírito que devem ver este “Ataque Dos Tomates Assassinos”. Uma comédia absurda, de baixo orçamento, com piadas “secas”, série B. E se gostarem deste, ainda têm mais 3 sequelas ainda piores do que este original! Querem melhor? 70%
RDS

IMDB:
http://www.imdb.com/title/tt0080391/

[Escrito ao som de Mike Patton “A Perfect Place OST” (Ipecac 2008)]

18/03/08

The Host (2006) - Trailer

The Host / Gwoemul (2006)

O filme tem início numa base militar Norte-Americana (algum duplo sentido aqui, hem?) na Coreia do Sul onde, a mando do seu superior, um cientista deita uma larga quantidade de formaldeído pia abaixo, sabendo que este irá parar ao rio Han, bem no meio da cidade. Seis anos depois, um monstro, resultante de uma mutação devida à poluição das águas com o já referido químico, surge das águas do rio e causa o pânico no parque. Uma criança, Park Hyun-seo (Ah-sung Ko), familiar dos donos do quiosque à beira do rio, é levada pela criatura para o fundo das águas do Han. O seu pai Park Gang-du (Kang-ho Song), o avô Park Hie-bong (Hie-bong Byeon), o tio Park Nam-il (Hae-il Park) e a tia Park Nam-Joo (Du-na Bae) são levados pelo exército para uma área de quarentena, junto com todos os familiares das vítimas e outras pessoas possivelmente contaminadas. Estes pensam que a menina está morta mas, durante a cerimónia fúnebre, Park Gang-du recebe uma chamada do telemóvel da filha a pedir auxílio. Este diz aos militares o que aconteceu mas ninguém acredita nele, pensando que este está a sofrer um choque pela morte da filha. Este inicia então, junto com o resto da família, uma desesperada busca pela filha.
Elementos de terror, thriller, ficção cientfica, acção, drama e alguma comédia fazem o todo neste peculiar filme. Mas não pensem que o filme é uma vulgar mistura de estilos que o tornam numa manta de retalhos. Todos os elementos estão muito bem balançados. Os excelentes efeitos especiais e de CGI (Weta Workshop, responsável por “King Kong” e “The Lord of the Rings” & The Orphanage, responsável por “Harry Potter and the Goblet of Fire” e “Sin City”) têm um papel importante em “The Host”, mas são as performances dos actores principais que sobressaem. A história pode parecer simples, e é até certo ponto, mas está bem explorada. E temos uma reviravolta no final. Não é algo que as pessoas possam estar à espera. Mas fico por aqui para não vos revelar algo que vos possa estragar o filme. É peculiar, muito peculiar, é o único que posso dizer. Um final triste ou feliz? Nem sei bem. Vejam e tirem as vossas próprias conclusões.
Para fãs de cinema Sul-Coreano, asiático em geral e filmes de criaturas / monstros. Por alguma razão o filme ultrapassou a marca dos 12 milhões de pessoas que foram às salas de cinema no país de origem. 75%
RDS

IMDB:
http://www.imdb.com/title/tt0468492/

14/03/08

Tremors 1-4 (1990/1996/2001/2004)

Tremors (1990)
Valentine “Val” (Kevin Bacon) e Earl (Fred Ward) são dois “faz-tudo” que vivem em caravanas e que fazem um pouco de tudo na pequena e isolada cidade de Perfection. Um dia chegam à conclusão de que aquilo não é vida para eles e decidem partir para outras paragens mas, estranhas mortes de cidadãos locais que começam a ocorrer, assim como um desabamento na única estrada para sair de Perfection, retêm-nos na cidade. Enormes criaturas que vivem debaixo de terra estão por detrás das mortes. Os habitantes da cidade chegam à conclusão de que as criaturas são uma das formas de vida mais antigas da Terra, anteriores aos dinossauros até. Sendo cegos, caçam pelos movimentos e vibrações na terra. Os Graboids, tal como lhes acabam por chamar, são enormes, viscosos e nojentos. Mas têm de ser eliminados. Val e Fred, com a ajuda da sismologista Rhonda (Finn Carter) e do maníaco das armas Burt Gummer (Michael Gross) vão tentar impedir as estranhas criaturas de os comer a todos e de despovoar Perfection.
Com um elenco fabuloso que inclui, entre outros, Kevin Bacon, Fred Ward, Michael Gross e Finn Carter, “Tremors” (ou “Palpitações” em Portugal) é a perfeita fusão de terror (algum), comédia (muita), acção (muita) e romance (pouquíssimo). Para fãs das comédias de terror dos 80s e dos filmes com criaturas (sejam de terror ou ficção científica). 80%


Tremors II: Aftershock (1996)
Saída directamente para o mercado de vídeo, esta sequela de “Tremors” já não inclui Kevin Bacon, mas podemos ainda contar com as magníficas prestações de Fred Ward e Michael Gross. Earl continua a viver em Perfection, a criar avestruzes, insatisfeito com o rumo da sua vida. Um representante de uma petroleira Mexicana tenta recrutar Earl para eliminar umas criaturas subterrâneas que destruíram uma das suas estações petroleiras e mataram vários funcionários. Depois de lhe ter sido oferecida uma avultada quantia de dinheiro, parte para o México junto com o seu novo parceiro, um jovem entusiasta chamado Grady Hoover (Christopher Gartin). Chegados ao México, e depois de constatar que a coisa não vai ser assim tão fácil, Earl pede ajuda a uma pessoa que o pode ajudar. Quem? Nada mais, nada menos do que Burt Gummer, que aparece artilhado até aos dentes. Os nossos amigos voltam a ter a ajuda de uma mulher, Kate Reilly (Helen Shaver), que vive na cidade onde estes eventos estão a ocorrer.
Desta feita os Graboids sofrem mutações e transformam-se noutras criaturas mais pequenas, que os caçadores acabam por chamar de Shriekers, de metade do tamanho de um humano, uma espécie de mistura entre galinha e avestruz. Também são cegos e caçam através de um sensor que calor que têm no topo das cabeças. A fusão dos estilos acima mencionados continua intacta nesta sequela. Mais terror, acção, comédia e algum romance.
Não sendo tão bom quanto o primeiro é, no entanto, uma sequela à altura. Se gostaram do primeiro filme, vale a pena conferir este também. 75%


Tremors III: Back To Perfection (2001)
Tal como o nome indica, voltamos a à cidade de Perfection. Passados 11 anos do primeiro ataque, as criaturas estão extintas. Ou pelo menos, assim pensam os habitantes da cidade. Mas as coisas não são bem assim e Burt Gummer (o único “herói” que ainda resta dos filmes anteriores) tem pela frente uma nova mutação. Desta feita os Shriekers conseguem voar. E como levantam voo através de uma chama propulsora que lhes sai, digamos, pela parte traseira, os nossos heróis apelidam-nos de Assblasters. A lutar lado a lado com Burt temos Jack Sawyer (Shawn Christian) e Jodi Chang (Susan Chuang), entre outros habitantes de Perfection.
Os Graboids (a primeira forma que assumem as criaturas) não se parecem muito com os originais, o que é uma pena, pois estes parecem sacos e batata, em comparação com os excelentes Graboids do primeiro filme. Quase todo o filme tem uns efeitos especiais muitos furos abaixo de “Tremors” ou até “Tremors 2”. Há até uma cena em que um dos “tentáculos” de um Graboid se parece imenso com um braço coberto por uma meia, tipo teatro de fantoche. Nem sei se hei-de considerar isso mau efeito especial ou algo de kitsch que até se torna porreiro. Inclino-me mais para a segunda, até porque estes filmes não podem ser levados sério. Já foram feitos com esse mesmo propósito, de divertir o público.
Tendo ficado uns furos abaixo dos anteriores, este é um filme direccionado apenas para os fãs da série. Quem não gostou dos anteriores ou os achou medianos, que escolha outro filme para ver, porque não vai gostar desta sequela. Eu gostei, mas eu também sou suspeito, gosto deste tipo de filmes e adoro toda a série. 65%


Tremors IV: The Legend Begins (2004)
Depois de alguma desilusão (parcial, o filme até nem é mau) com a terceira aventura, eis que nos apresentam uma prequela. As ideias já começavam a escassear com o terceiro volume, e eis que S.S. Wilson e Breant Maddock (argumentistas do 4 filmes, Wilson realizou o 2º e 4º, Maddock realizou o 3º, sendo que Ron Underwood realizou o 1º) dão a volta por cima e surgem com este imaginativo fechar (ou iniciar) do ciclo. Estamos em 1889 e Rejection Valley (mais tarde Perfection) é uma cidade mineira. Certo dia, os mineiros deparam-se com criaturas que vivem debaixo de terra e alguns deles são mortos pelas mesmas, levando ao fecho da mina, e consequente ruína da cidade. Os habitantes iniciam um êxodo e Rejection fica quase deserta. O dono da mina, Hiram Gummer (bisavô de Burt, interpretado pelo próprio Michael Gross, o único que figura em todos os filmes) vem à cidade ver o que se passa com o seu investimento. Resultado. Temos mais caça aos famigerados seres subterrâneos. Voltamos aos Graboids originais, com efeitos melhores que no filme anterior, muita acção, comédia, terror, algum romance e um toque de western. A ajudar Hiram Gummer (Gross) temos Juan Pedilla (Brent Roam), Christine Lord (Sara Botsford) e a participação especial de Billy Drago como o pistoleiro Black Hand Kelly.
Melhor que o anterior em todos os aspectos, este filme é também interessante pois ficamos a perceber porque é que Burt Gummer é maníaco por armas, explosivos e outro material bélico. Ficamos a conhecer também algum do passado de Perfection, incluindo o seu infortunado nome Rejection no século XIX e posterior mudança para a actual designação, assim como da família Chang (os donos da loja de conveniência da cidade). Mais uma vez, para fãs da série. 70%

P.S.
Para além dos 4 filmes, entre o 3º e o 4º, em 2003, ainda houve tempo para uma série de TV, também com Michael Gross. Infelizmente, para nós fãs de Tremors, esta foi cancelada e só existem 13 episódios. Qualquer dia escrevo umas linhas sobre a série. Para já, vejam os filmes!

RDS

IMDB I:
http://www.imdb.com/title/tt0100814/
IMDB II: http://www.imdb.com/title/tt0114720/
IMDB III: http://www.imdb.com/title/tt0259685/
IMDB IV: http://www.imdb.com/title/tt0334541/
IMDB Série TV: http://www.imdb.com/title/tt0327375/

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