GTO (Great Teacher Onizuka) (1998): Ainda antes de “Gokusen”, e na mesma linha, foi feita esta adaptação de um “manga” do mesmo nome. Onizuka (Takashi Sorimachi) é um ex-motard que tem o sonho de ser professor. Até ao momento não conseguiu realizar esse sonho, mas a sorte bate-lhe á porta e consegue emprego numa escola secundária. Mas este acaba por ficar como responsável pela pior turma de escola, a qual está repleta de alunos problemáticos provenientes de todas as outras turmas. Os seus métodos estão longe de ser ortodoxos, recorrendo sempre à sua experiência de rua e de ex-motard. Pendurar alunos pelas pernas no topo do edifico da escola, incitar um suicida a atirar-se do cimo da escola (e ele decidir juntar-se também ao acto), apostas, etc, são algumas das loucuras deste professor que todos gostariam de ter tido no liceu. Este tem aliados na escola, na pessoa da excêntrica directora (que o contratou) e de outra professora (que não aprova os seus métodos mas toma sempre o seu lado), mas todo o resto da escola está contra ele. Pouco a pouco este consegue convencer alguns alunos e pô-los do seu lado. Mas há alguns que lhe vão dar algumas dores de cabeça. Depois da série (12 episódios), GTO ainda teve direito a um especial de 2 horas em 1999 (numa escola católica para raparigas) e um filme em 2000. Não há momentos mais aborrecidos, os argumentos estão bem escritos, as personagens são fáceis de gostar (mesmo os “maus” da fita, que na verdade não há nenhum) e o tema principal, “Poison” (cantado pelo próprio Takashi Sorimachi) é viciador. Um dos melhores dorama que vi até hoje. Recomendo vivamente. 95% RDS
Seigi No Mikata (2008): Tal como o “Puzzle”, outra desilusão. Mas neste tive o bom senso de não ir até ao fim. Ao fim de dois aborrecidos episódios decidi fazer algo que nunca faço: saber como é o final. Ainda bem que o fiz. Era tal como eu o esperava. Não me preocupei sequer em ver o 3º episódio. Já agora, fica a descrição do dorama: Yoko, uma rapariga de 15 anos vive constantemente atormentada pela sua maléfica irmã mais velha Makiko. Esta não tem qualquer tipo de consideração, amizade o amor por quem a rodeia, nem mesmo a sua própria família. Mas mesmo agindo com os seus próprios interesses em mente, esta consegue criar situações benéficas para os que a rodeiam. É aborrecido; não desenvolve; não se cria empatia com as personagens; não há uma mudança das atitudes destas ao longo da série, e, o final é absurdo. Isto, na grande maioria, baseado nos dos episódios que vi e no que li sobre o desenvolvimento da série e o respectivo final. Seguinte! 5% RDS
Puzzle (2008): Não me vou esticar muito a falar deste dorama, pois foi uma das maiores desilusões que tive nos últimos tempos. Misako Ayukawa é uma professora de inglês, embora não fale uma única palavra de inglês. Mesmo assim consegue ir dar aulas para uma das melhores escolas secundárias de Tóquio. É arrogante, prepotente e gananciosa. Trata mal os seus alunos e, em particular, um grupo de 3 brilhantes alunos. Mas em frente a qualquer outra pessoa, é uma professora exemplar e uma pessoa maravilhosa. Esta e os referidos 3 alunos metem-se em aventuras para resolver puzzles e encontrar tesouros e ganhar recompensas. A ganância de Ayukawa não tem limites. Mas a coisa sai sempre furada e os alunos é que sofrem no final. Além da professora há um grupo de 3 raparigas de um liceu próximo que encantam os rapazes mas que em nada ficam a dever à maldade da professora. Argumentos com falhas, os puzzles são resolvidos quase sempre de uma maneira rebuscada e fantasiosa; a professora é irritante; o grupo de raparigas, idem; e quanto aos rapazes, não se consegue criar nenhum tipo de empatia com tipos tão “anjinhos” que se deixam enganar por todos e ainda pedem desculpa no final. Uma grande desilusão e cerca de 450 minutos do meu precioso tempo perdidos. Não façam o mesmo. 10% RDS
Stand Up!! (2003): Quatro amigos adolescentes pretendem perder a virgindade antes de acabar o liceu. Pois, já estão a estabelecer paralelismos ao conhecido filme Norte-Americano. Não liguem ao que poderão ler nesse sentido. Apesar da premissa ser similar, aqui é explorada de outra forma. Uma amiga de infância, que se mudou para outra cidade quando era pequena, vem de férias parta o bairro. Mas esta está muito diferente do que era há 11 anos atrás. Deixou de ser uma princesa para se transformar numa “nerd”. “Stand Up!!” retrata vários temas tal como vistos pelos adolescentes: amor, sexo, amizade, a família, o hipócrita mundo dos adultos, etc. Gostei da maneira como a história foi contada e como os temas acima citados foram explorados. Não é uma obra-prima mas tem os seus momentos. Algum humor misturado com uma componente mais séria mas não muito dramática. 75% RDS
Hanazakari No Kimitachi E (2007): Este dorama é um dos meus favoritos. Pensei que me iria deparar com uma comédia romântica algo melosa mas o que saiu foi mesmo uma série verdadeiramente hilariante. Ashiya Mizuki (Horikita Maki) é uma rapariga Japonesa que vive nos USA e idolatra um atleta de salto em altura chamado Sano Izumi (Oguri Shun). Depois de um incidente que envolve os dois e um grupo de meliantes, Sano abandona a prática do atletismo e volta para o Japão. Ashiya decide ir para o Japão e inscreve-se na mesma escola. O pormenor é que a escola é só para rapazes. Esta tem de se disfarçar, vestir, falar e comportar como um rapaz. Mas o mais hilariante de tudo é uma terceira personagem, Nakatsu Shuichi (Ikuta Toma), um amigo de Sano que se começa a interessar por Ashiya de outro modo, mas este pensa que ela é um rapaz, e começa a questionar-se sobre a sua sexualidade. Ikuta está perfeito no papel do hilariante Nakatsu, assim como os outros dois actores e restante elenco. Não se deixem levar pela primeira impressão de comédia romântica, com adolescentes, em ambiente escolar, pois “Hanazakari No Kimitachi E” é hilariante. Recomendo vivamente. 95%
Hanazakari No Kimitachi E (2008): Este é um especial de Outubro de 2008 que funciona como episódio 7.5. A história desenrola-se meio ano depois do final da série. Através de muitos “flashbacks” e algumas cenas novas, Nakatsu relembra o último Verão e a relação entre si, Mizuki e Sano. Apesar de não haver muito material novo, é sempre bom relembrar algumas das cenas mais engraçadas da série. Gostei deste especial e recomendo a quem gostou a série. 90% RDS
Rookies(2008): Um professor de liceu tenta mudar a atitude dos seus alunos do clube de basebol. Depois de um incidente em que a equipa ficou com um castigo de 6 meses sem jogar, estes tornaram-se a nódoa negra da escola. Não querem saber da equipa, das aulas, de nada. O peculiar Kawato Koichi (Sato Ryuta) vai tentar, pouco a pouco, mudar nem só os alunos, mas também toda a escola e a vizinhança que vê a equipa como um grupo de delinquentes sem solução. Se pensam que os alunos de “Gokusen” eram verdadeiros delinquentes juvenis, então é porque não viram estes (alguns dos actores vêm da dita série, assim como de “Water Boys” e “Hana Kimi”, por exemplo). Gostei de “Gokusen”, no mesmo género, mas este “Rookies” é superior. Com muito humor, mas também com um argumento bem escrito que acentua a componente drama da série. Ainda não vi o recente especial, mas parece ser uma espécie de recapitulação de toda a série. Quando isso estiver disponível por aí, vou deitar-lhe as mãos. Um filme para encerrar a série está também em produção. 90% RDS
Concrete TV é um programa de televisão Norte-Americano do estilo “mixtape”, embora mais orientado para a colagem de excertos de vídeo que para uma sequência de “trailers”. Acidentes desportivos, pornografia, violência, programas televisivos de baixa qualidade, entre outros, é este o conteúdo da colagem, sempre acompanhada por música de fundo. O responsável pela edição de vídeo é o Ron Rocheleau (aka Concrete Ron), o qual é também responsável pela recente edição em DVD da antologia (1991 a 2008). São 3 DVDs, que perfazem mais de 9 horas de puro entretenimento, e que contêm os 18 episódios (30 min. c/u) da série, adicionados de alguns extras como curtas-metragens e vídeos musicais. Falamos aqui do típico entretenimento televisivo Norte-Americano, ou seja, “no brainer”, do mais estúpido, selvagem e absurdo possível. Não é muito o meu estilo mas gostei do exemplar trabalho de edição do Ron, as sequências são irrepreensíveis, sempre ao ritmo da música e com imagens tão heterogéneas quanto possível para manter o espectador atento. Também me agrada que ele não exagere no conteúdo pornográfico extremo (escatologia ou S&M, p. ex.) tal como outros “artistas” do género. Pena que o Ron apenas me tenha enviado os DVDs 2 e 3. Mas, como eu disse antes, também não sou grande fã deste tipo de material vindo dos USA. Fica a nota pelo trabalho envolvido e por alguma diversão proporcionada. 70% RDS - Official Website:http://www.concretetv.com/ YouTube:http://www.youtube.com/user/concretetvron -
Amemiya Hotaru (Ayase Haruka) trabalha numa companhia de design de interiores. Mas a vida privada desta jovem contrasta com a sua vida profissional. Vive sozinha, é extremamente desarrumada, gosta de andar de fato de treino por casa, sentar-se no alpendre a beber uma cerveja de lata, e dormir no mesmo sob um par de folhas de jornal. Não tem namorado, nem o pretende ter muito cedo. A casa não é sua, foi arrendada por um senhor através de um contrato assinado num guardanapo de bar. Certo dia o filho do seu senhorio, recentemente separado da sua esposa, vai viver para casa do seu pai mas sem saber, é claro, que esta já se encontra habitada pela peculiar Hotaru. O contraste não poderia ser maior pois este é arrumado e certinho. Mas nenhum dos dois quer sair da casa e acabam por viver sob o mesmo tecto mas sem qualquer tipo de relação. Aliás, a relação que estes têm é meramente profissional pois, por coincidência, Takano Seiichi (Fujiki Naohito) é o patrão de Hotaru. Mas ninguém pode saber que estes vivem juntos. Muito humor, peripécias e algum romance pautam “Hotaru No Hikari”. Apesar de não ser adepto de romances, quando se trata de algo com muito humor como é o caso, dou sempre uma oportunidade. Neste caso foi aposta ganha. 90% RDS - http://wiki.d-addicts.com/Hotaru_no_Hikari http://www.ntv.co.jp/himono/ -
Mop Girl (Moppu Gāru) é uma série baseada no livro do mesmo título da autoria de Kato Miaki. Momoko Hasegawa (Keiko Kitagawa) trabalha numa agência funerária e tem como instrumento de trabalho uma esfregona (“mop”). Esta possui o poder de voltar atrás no tempo ao tocar nos pertences dos falecidos e, assim, evitar a morte dos mesmos. A ideia principal de “Mop Girl” remete-nos para a série Norte-Americana “Tru Calling” mas sem o ambiente dramático e carregado desta. Pelo contrário, aqui apostam no humor e para esse efeito temos como personagem principal uma rapariga trapalhona e desastrada. Keiko Kitagawa está perfeita como Momoko, assim como o seu companheiro de aventuras, o seu superior no trabalho Otomo Shotaro (Tanihara Shosuke), um “Don Juan” maníaco por mulheres estrangeiras (em particular francesas). Gostei muito deste “dorama” e recomendo. O único senão, situação habitual nos “dorama” Japoneses, é que a série não tem um fim propriamente dito. O último episódio é apenas mais um (se bem que com uma história diferente) e no final ficamos com a sensação de que vai haver mais. Mesmo assim, vale a pena para dar umas boas gargalhadas com as peripécias de Momoko. 90% RDS
Preste a morrer, um instrutor de artes marciais incumbe o seu último aprendiz de uma tarefa. Este deve localizar um velho instrutor, já retirado, que tem em sua posse um tesouro do clã. Tem também de localizar 5 antigos aprendizes do moribundo, cuja identidade é desconhecida, até mesmo entre alguns deles, e verificar se estão a usar as suas capacidades para o mal e tentar obter o dito tesouro. O jovem aprendiz deve juntar-se com os que estão do lado do bem, e eliminar os que estão do lado do mal. Cada um destes 5 homens tem uma técnica própria baseada num animal venenoso (daí o título do filme): centopeia, cobra, escorpião, lagarto e sapo. O jovem aprendiz sabe um pouco de cada uma das técnicas, mas sozinho não consegue derrotar qualquer um deles, se tiver de o fazer, daí a necessidade de ter de se unir a algum deles.
Mais um fantástico filme de artes marciais da produtora Shaw Brothers que tive a oportunidade de ver. Mistério (não muito, a coisa percebe-se logo, à excepção do “escorpião” que acaba por ser uma surpresa), acção, artes marciais, algum humor tipicamente chinês, enfim, tudo o que torna tão bons os filmes da Shaw Brothers. É um dos meus favoritos ao lado de “The Jade Tiger” ou “Clans Of Intrigue”. 85% RDS
"Akihabara@DEEP" é um livro editado em 2004 da autoria de Ira Ishida, que deu origem a um “manga”, um “dorama” (série de TV) e um filme. É da série de TV que vou falar um pouco. O comentário ao filme vai daqui a uns dias, quando tiver a oportunidade de o ver. Um grupo de “otakus” de Akihabara (Page, Box, Akira, Taiko, Izumu e Daruma) procura um escape para os seus problemas pessoais através de um “website” chamado “Yui’s Lifeguard”. Todos são uns alienados da sociedade, têm os seus pontos positivos, mas têm também estranhos e obsessivos comportamentos, o que faz de cada um deles uma personagem peculiar. O “website” é dirigido por Yui, a qual planeia um encontro entre os desconhecidos e futuros amigos. Com o apadrinhamento de Yui estes formam “Akihabara@DEEP”, um grupo que pretende ajudar a resolver todos os problemas dos habitantes de Akihabara (ou Akiba como estes lhe chamam). Mas Yui também tem os seus próprios problemas e, no primeiro encontro cara-a-cara com o grupo, esta cai por terra sem vida. Izumu cria um programa de AI (Inteligência Artificial) que mantém vivo o espírito de Yui, continuando assim a dar conselhos aos amigos. Mas Nakagomi Takeshi, presidente da maior empresa de materiais electrónicos e informática, DigiCap, está a observar os amigos de bem perto. Este tem um misterioso passado com Yui e quer o AI. Cada episódio é a resolução de um caso, sempre com muito humor, acção, aventura, “maid cafes”, os peculiares comportamentos obsessivos dos “otakus” e a vida no mudo à parte que é Akihabara. O ambiente da série é ligeiro e descontraído e vê-se bem de um esticão. É simples mas divertido e viciador. São apenas 11 episódios, e um bónus com entrevistas e “making of’s”, que perfazem cerca de 600 minutos. Recomendo a fãs de comédia Japonesa e curiosos em relação a este particular distrito de Tóquio e os seus habitantes. 80% RDS
Nunca estive muito ligado ao mundo do Anime e do Manga e, além de dois ou três filmes de Hayao Miyazaki, nunca me tinha aventurado muito nesse mundo. Há um par de meses emprestaram-me diversos Animes e um dos títulos era mesmo este “Full Metal Alchemist”. Estive algum tempo sem tocar neste material, até que me decidi a experimentar. E ainda bem que o fiz! Vi o primeiro episódio e o assunto interessou-me e, logo ao segundo episódio, já estava cativado e viciado. Foram 4 temporadas num total de 51 episódios (cerca de 22 minutos cada um), e um filme (“The Conqueror Of Shamballa”, que continua onde ficou a série e encerra a história; cerca de 1h45m) e muitas horas de visionamento. Mas foi sempre com muito interesse que acompanhei as aventuras dos irmãos Elric e os seus amigos (e inimigos). O argumento é fabuloso e bate a milhas muitos dos argumentos de séries televisivas de sucesso (sim, é fantasia, e depois?). As personagens estão bem exploradas e é fácil criar empatia com as mesmas (até mesmo com alguns dos “maus da fita”, se bem que aqui as coisas não são bem branco e preto, mas sim com tons de cinzento na maior parte dos casos), há muitas reviravoltas, ideias bem encaixadas. Muita acção (há sempre movimento, batalhas, guerras, lutas, perseguições; o filme então tem sequências fabulosas de suster a respiração), muito humor (preparem-se para verdadeiras gargalhadas), fantasia e magia (muita alquimia, poderes especiais, seres inumanos, criaturas míticas), drama (há momentos bem “pesados”), tudo sempre levado ao extremo. E para acompanhar, uma soberba banda sonora da responsabilidade de Michiru Oshima, isto além, é claro, das fantásticas malhas Pop / Rock de abertura e encerramento de cada temporada (Porno Graffitti, Nana Kitade, L’Arc En Ciel, YeLLOW Generation, Cool Joke, Crystal Kay, Asian Kung-Fu Generation, Sowelu).
O pai dos irmãos Elric (Edward e Alphonse) abandonou-os e, quando a sua mãe morre, estes decidem realizar uma proibida transmutação humana para a trazer de volta ao mundo dos vivos. Mas a operação alquímica corre mal e Edward perde um braço e uma perna. Alphonse perde o corpo inteiro mas o irmão mais velho, Edward, consegue ligar a sua alma a uma armadura gigante. É assim a lei da troca equivalente da Alquimia. Para ganhar algo, tem de se dar alguma coisa em troca. Estes querem agora recuperar os seus corpos, deixam a sua casa e a sua terra, e viajam para a capital para fazer o exame e se tornarem Alquimistas Estatais. Entre muitas peripécias, perigos, aventuras, amigos, inimigos, estes procuram incessantemente a pedra filosofal para poderem contornar as leis da Alquimia e ter os seus corpos de volta.
Eu gostei imenso, fiquei viciado e não larguei a série enquanto não vi tudo. Recomendo vivamente a fãs de Anime (com certeza já devem ter visto, he, he) e fantasia / aventura em geral. 95% RDS Website Oficial:http://www.fullmetalalchemist.com/ / http://www.fullmetal-alchemist.com/ IMDB (Série):http://www.imdb.com/title/tt0421357/ IMDB (Filme):http://www.imdb.com/title/tt0485323/
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As 5 Introduções de Full Metal Alchemist
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Nana Kitade - Kesenai Tsumi (PV do tema do 1º encerramento)
“Jam Films 2” é o segundo volume desta antologia Japonesa. Enquanto que no primeiro volume temos direito a 7 curtas-metragens, aqui temos apenas 4 a rondar os 30 minutos cada. No geral, o 1º volume é muito mais apelativo a fãs de cinema alternativo e, em especial, Japonês. No entanto, este também tem os seus pontos de interesse. Os 4 realizadores convidados não têm experiência na indústria cinematográfica mas têm créditos firmados na realização de videoclips musicais. Passo então a descrever sucintamente cada uma das 4 curtas.
1ª Curta: “Kijo No Kuron (An Armchair Theory)” (“Japanese Tradition”). Realizada por Junji Kojima. Esta é a mais hilariante de todas, uma sátira aos vídeos de “know-how”. O que aqui temos é uma espécie de documentário que nos explica passo-a-passo, com algumas técnicas e dicas, o que devemos fazer no complicadíssimo mundo do romance. Basicamente, como “engatar” uma miúda no Japão. Hilariante! 85% 2ª Curta: “Clean Room”. Realizada por Eiki Takahashi. Esta é mais filosófica. Uma adolescente vive encerrada numa bolha de plástico, afastada do mundo, afastada de tudo e todos. Certo dia ela acaba por arriscar e sair da bolha. As coisas não são bem o que parecem. Gostei desta curta mas acaba por se tornar algo aborrecida se não estivermos com o devido estado de espírito. Gostaria de dizer que consegui analisar tudo na perfeição. Não foi o que aconteceu. É daquele tipo de filmes que só os intelectuais conseguem dissecar. Mesmo assim, vale a pena. 70% 3ª Curta: “Hoops Men Soul”. Realizada por Hidenori Inoue. Este é daqueles filmes em que, desde o início até ao fim, tenho de vontade de fazer “fast-forward” (coisa que eu nunca faço). Detestei ao máximo. Muito americanizado (a cultura de rua, basquetebol, Hip Hop, a acção linha gansgter, etc). O pai de uma rapariga deve imenso dinheiro a uns agiotas. Para saldar a dívida, este entrega a sua própria filha. O namorado tenta arranjar dinheiro para pagar a quantia em causa e salvar a rapariga. Parece simples, e até é, mas a história tem tanta coisa diferente à mistura que não encaixam bem e há imensas ideias que não fazem sentido. O final então é absurdo. Detestei. 5% 4ª Curta: “Fastener”. Realizada por Kouki Tange. Esta é talvez aquela em que se nota mais a influência do mundo dos videoclips musicais. Tanto a nível de história, como fotografia e efeitos especiais. É inspirado no tema “Fastener” dos Mr. Children. Muito surrealismo nesta curta-metragem. Um idoso revive memórias de infância no seu leito de morte. A criança vai-se apercebendo aos poucos de que os adultos vivem toda a sua vida atrás de máscaras. A par com a 1ª curta, os dois melhores momentos de “Jam Films 2”. 90% RDS
Geral: Gokusen é uma dorama baseado num manga do mesmo título. Este teve direito a 3 temporadas, além de uma temporada em anime. Yamaguchi Kumiko (Yukie Nakama) é a neta de um chefe Yakuza e a sucessora do lugar. Os seus pais faleceram quando esta era ainda uma criança e o seu avô materno acolheu-a. Mas esta não quer tomar as rédeas do negócio de família e torna-se professora como o seu falecido pai, opção compreendida pelo seu avô que quer que esta siga o seu próprio rumo na vida. Kumiko torna-se professora em Kurogin, uma escola só para rapazes e, respectivamente, da turma 3-D, uma turma de delinquentes. Estes passam a chamá-la Yankumi, de um modo trocista no início, mas de um modo afectivo com o passar do tempo. Yankumi promete fazer com que todos os alunos da sua turma 3-D consigam a graduação no liceu. Mas esta tem de ter cuidado para que a sua verdadeira identidade não venha ser descoberta, podendo vir a perder o seu emprego e, consequentemente, o seu sonho de ser professora. Aos poucos esta vai ultrapassando dificuldades, em particular a ideia pré-concebida dos outros professores, pais e vizinhos, de que estes não têm futuro e vão acabar todos expulsos. Com isto vai ganhando a confiança dos seus alunos, um a um. Gokusen é um dorama recheado de muito humor e algum drama e romance. Yukie Nakama está perfeita no papel de Yankumi, uma franzina jovem de 23 anos que está a dar aulas pela primeira vez e que vai sempre vestida de fato-de-treino para poder “enfrentar” os seus alunos. Apesar da sua constituição física, esta teve treino de luta e artes marciais desde que foi viver com o avô e, por isso mesmo, é capaz de enfrentar uma dúzia de bandidos ao mesmo tempo e sair sem um arranhão. Habilidade que lhe vai servir de ajuda muitas vezes para safar os seus alunos de apuros fora da escola.
Em “Gokusen 1” (2002), a acompanhar Nakama, temos fantásticos actores como Ken Utsui no papel de Ryuichiro Kuroda, avô de Yankumi; Ken Kaneko como Tetsu ou Shinji Uchiyama como Minoru (dois dos membros da família Ooedo); o hilariante Katsuhisa Namase como Goro Sawatari, o Chefe de Professores, sempre contra os alunos do 3-D; e alguns dos alunos são interpretados por Jun Matsumoto (membro da banda pop Arashi, Hana Yori Dango 1 & 2), Shun Oguri (GTO, Hana Yori Dango 1 & 2, Stand Up!, Densha Otoko, Hanazakari no Kimitachi e), Yuma Ishigaki (Water Boys, Hanazakari no Kimitachi e) ou Tomohiro Waki (o único aluno que se mantém nas 3 temporadas, não como aluno, claro!), entre outros. Além de ajudar os seus alunos, esta ainda tem de conquistar o Detective Tomoya Shinohara (Iki Sawamura), objecto da sua atenção, e tentar afastar o seu parceiro, o Detective Yutaka Kashiwagi (Tadashi Sakata), que está enfeitiçado pela professora. Depois dos 12 episódios houve ainda um especial intitulado “Gokusen Special: Sayonara 3-nen D-gumi” que não é mais do que um episódio alargado. Esta é a melhor das temporadas, na minha modesta opinião. A original é sempre a original. 85%
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FanVideo com imagens de G1 (V6 "Feel Your Breeze", tema final da série)
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Em “Gokusen 2” (2005) volta-se à mesma fórmula. Alguns anos depois, Yankumi vai para outra escola. A turma volta a ser a 3-D. A família Ooedo é a mesma (e mantém-se na 3ª temporada), assim como voltamos a ter a presença de Kuma (Tomohiro Waki) e Sawatari (que por uma coincidência é Vice-Director da escola para onde Yankumi vai dar aulas). Nakama está mais À vontade na pele de Yankumi, há muito mais humor (gostei da ideia dos sons a acompanhar gestos e caretas), e voltamos a ter um grupo de alunos carismáticos que se destaca, entre os quais Kazuya Kamenashi (do grupo pop Kat-Tun, Nobuta wo Produce), Jin Akanishi (também dos Kat-Tun), Teppei Koike (Water Boys 2) ou Mokomichi Hayami (Densha Otoko). Tal como na primeira temporada, a professora apaixona-se por outra personagem, o professor de uma escola vizinha para raparigas, Kujo Takuma (Tanihara Shosuke). Ao mesmo tempo, está tenta afastar o professor de Educação Física Baba Seiga (Azuma Mikihisa). Apesar da repetição e constante sentimento de déjà-vu, uma boa aposta para quem gostou da 1ª série. Pois aqui estão mais 10 episódios na mesma linha. 80%
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Gokusen 2 - Excertos
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Em “Gokusen 3” (2008) a coisa já está saturada. Tudo o que foi atrás referido volta a ser repetido. Mas desta feita sem grande impacto. Não há alunos que se destaquem pelo seu carisma; Yankumi gosta de alguém e alguém gosta dela; os professores estão sempre contra os alunos do 3-D; estes não arranjam confusões mas estas vêm ao seu encontro; é tudo igual. Mas continua a haver muito humor, isso e verdade. Dá para passar um bom bocado, mas pode ser saturante, em particular a cena final de luta entre Yankumi e uma dúzia de bandidos, a qual se repete em todos os episódios. O discurso é sempre o mesmo, com palavras diferentes claro, mas vai parar aos mesmos tópicos. Vale pela cómica interacção entre Yankumi e Sawatari, assim como pela interacção entre os alunos/amigos do 3-D. Apenas para maníacos, como eu, que gostam de ver tudo! 55%
Pois é. Estou viciado em Doramas (séries de TV Japonesas). Esta é mais uma das que me aconselharam e em que, para variar, a história se desenrola num liceu. A história da série é baseada no popular livro de Gen Shiraiwa com o mesmo título. Kiritani Shuji (Kamenashi Kazuya) é o Sr. Popular lá do liceu e dá-se bem com toda a gente. A única pessoa que ele não consegue aturar é Kusano Akira (Yamashita Tomohisa). Akira fala, ri-se a age de um modo deveras estranho e é do mais maçador possível. Kotani “Nobuta” Nobuko (Horikita Maki) é transferida para o liceu deste dois rapazes e as coisas vão mudar drasticamente na vida dos três. Nobuko é uma rapariga depressiva, com baixa estima, e que está acostumada a ser gozada pelos seus colegas de escola. E nesta nova escola a situação não vai ser muito diferente. Mas Shuji e Akira unem esforços para “produzir” Nobuko e torná-la numa pessoa popular no liceu. Mas há uma única condição; ninguém pode saber que estes estão a trabalhar juntos. Mas há uma pessoa que fica a par do seu plano e tenta arruiná-lo. No decorrer da “produção” os 3 vão tornar-se amigos inseparáveis, o que nunca iria acontecer sob condições normais. O ambiente é, no geral, ligeiro e descontraído, mas lida-se aqui também com alguns assuntos mais sérios. Para quem já está habituado a séries e filmes Japoneses, será já um dado adquirido, esta particular mescla de géneros. E, também para não variar na ficção nipónica, o final é imprevisível e poderá não ser o mais agradável aos olhos de um ocidental, mas é autêntico e poderia acontecer dessa mesma maneira na vida real, ao contrário dos habituais finais fantasiados do material vindo dos USA. Algum humor, drama, romance e as fantásticas prestações dos 3 jovens actores dão cor a “Nobuta wo Produce” e fazem as delícias dos amantes de Doramas. Mais uma vez, uma série que me prendeu a atenção até ao fim e que recomendo. Resta ainda referir que o tema final da série é cantado pelos dois actores principais, já por si membros de bandas J-Pop, e que aqui assumem os nomes das suas personagens. O single de “Seishun Amigo”, cantado por Shuji To Akira, vendeu mais de 1 milhão de exemplares em 2005 e tornou-se o single mais bem sucedido desse ano. 80% RDS
Este é mais um excelente Dorama Japonês que tive o prazer de ver. A premissa da série é perfeitamente absurda e dá azo a um rol de inúmeras situações caricatas. Mas não é propriamente original, visto que é baseada no popular filme Coreano “Doosabu Iichae” de 2001. “My Boss My Hero” é o título internacional do referido filme. Sakaki Makio (Nagase Tomoya), conhecido nos seus meios por “Tornado”, tem 27 anos, é filho de um chefe Yakuza, Sakaki Kiichi (Ichimura Masachika), e o seu directo sucessor. Mas Sakaki é um perfeito idiota e arruína um negócio de milhões ao pai por um “pequeno” erro de cálculo (coisa do género 20 + 5 + …). O pai começa a pensar se não será um erro que o filho o suceda na chefia mas ao ver que este quer mesmo ser chefe, propõe-lhe o seguinte: ir para o último ano do liceu e graduar-se. Apenas com o diploma este poderá vir a ser o 3º chefe do gang Yakuza. Se este não conseguir acabar o liceu, a chefia irá para o filho mais novo, Sakaki Mikio (Kikawada Masaya), que está a finalizar o seu curso superior em Economia. Sakaki Kiichi conhece o director de um liceu da zona e consegue inscrever o seu filho. Mas Sakaki Makio tem de fazer-se passar por um jovem de 17 anos, vestir-se, falar e comportar-se como tal, não deixando a sua verdadeira identidade vir ao de cima. Apenas o director da escola sabe toda a verdade. Não é só interessante a premissa central como também a escolha do actor principal, um tipo alto, forte e com semblante duro, o que destoa imenso com os típicos adolescentes de 17 anos. Além disso, este tem 27 anos, sendo portanto mais velho que alguns dos seus professores. Nagase Tomoya poderá por vezes parecer algo exagerado e até anime-esco, mas a comédia japonesa é mesmo assim. Quem está habituado, já sabe o que esperar. O contraste com o seu novo e improvável amigo, Sakurakoji Jun (Tegoshi Yuya), tanto físico como de personalidades, é fantástico. São imensas as situações hilariantes e, ao longo de um ano de aulas, Makio aprende muitas lições com os seus novos amigos e professores. De salientar o tema final, “Sorafune” dos Tokio, uma malha de J-Pop viciante e que aumenta a carga emocional da série. De referir ainda que o actor principal, Nagase Tomoya, é o vocalista desta popular banda J-Pop. Como habitual na séries nipónicas, são apenas 10 episódios, num total de cerca de 500 minutos. Um Dorama verdadeiramente hilariante e com muitas emoções fortes que eu aconselho vivamente. 90% RDS
Depois do sucesso de “My Sassy Girl” (já aqui revisto no Zona de Culto), a Coreia Do Sul tornou-se prolífica, para o bem e para o mal, em comédias românticas. Algumas resultam melhor que outras lá isso é verdade mas, de um modo geral, têm tudo para agradar a fãs do género. Como actualmente tenho andado extremamente cansado e saturado com o meu trabalho, tenho optado por ver apenas comédias, para descontrair. Entre a visualização de todas as séries de “Water Boys”, alguns destes filmes têm rodado cá por casa. Passo então a descrever sucintamente cada um dos filmes junto com uma apreciação pessoal.
Lovers Of 6 Years / 6 Nyeon-jjae Yeonae-jung (2008): Este não é propriamente uma comédia mas sim um romance, no entanto, decidi inclui-lo nesta lista porque não fica assim tão desenquadrado. Ha-Neul Kim (protagonista também em “My Tutor Friend”) e Gye-sang Yun interpretam, respectivamente, Lee Da-jin e Kim Jae-yeong, um casal de namorados que mantém a relação há 6 anos. Estes vivem em apartamentos lado a lado mas convivem no dia-a-dia como se morassem juntos. Conhecem-se como ninguém em todos os aspectos mas isso está a apagar alguma da magia do início e a relação está a começar a atravessar uma fase difícil. Começam a afastar-se gradualmente, surgem tentações, infidelidades, etc. Apesar dos clichés, tanto do lado masculino como do lado feminino, o filme explora muito bem as relações entre homens e mulheres na dita faixa etária (meio dos 20s, inícios dos 30s). Apesar do ambiente algo dramático do filme a certa altura, há algumas passagens mais descontraídas e o final em aberto agrada. Dentro da temática explorada, um filme muito acima do que se tem feito nos USA. Recomendo. 75% IMDB:http://www.imdb.com/title/tt1233458/
Miss Gold Digger / Yonguijudo Miss Shin (2007): Ye-seul Han é Sin Min-su, uma mulher que encarna personagens diferentes consoante o homem com quem está no momento. Dong-min (Jong-hyeok Lee), Jun-seo (Oh-jung Kwon) e Yun-cheol (In-kwon Kim) são os 3 homens com quem ela está a sair actualmente. O filme tem os seus momentos engraçados com as peripécias de Min-su, as suas mudanças de personalidade, as tentativas de não deixar um dos homens ficar a saber das suas vidas paralelas, etc. No entanto, quando se revela o porquê do seu comportamento em relação aos homens, a coisa não parece ficar bem explicada. É um argumento algo rebuscado, na minha opinião. O final em aberto é engraçado mas não o suficiente para apagar a fraca explicação que nos foi dada pouco antes e a sensação de que a coisa não ficou bem resolvida. No entanto, gostei do filme, são (quase) 2 horas bem descontraídas. Se é isso que pretendem, então dêem uma oportunidade a “Miss Gold Digger”. Se querem algo mais profundo, estão a procurar no local errado. Não só neste filme, mas em quase todas as comédias românticas Sul-Coreanas. 65% IMDB:http://www.imdb.com/title/tt1213617/
My Tutor Friend / Donggabnaegi gwawoehagi (2003): De todo o lote aqui apresentado, está é a melhor comédia romântica, ficando apenas a uns passos de “My Sassy Girl”. Mais uma, segundo parece, baseada numa história real. Choi Su-Wan (Ha-Nuel Kim) e Ji-Hoon Kim (Sang-Woo Kwone) têm ambos 21 anos de idade mas, enquanto Su-Wan está no 2º ano de Universidade, Ji-Hoon ainda está no último ano do liceu. A família de Su-Wan é de classe média e esta tem de ajudar a mãe financeiramente dando explicações. Como não podia deixar de ser, acaba por ir dar explicações a Ji-Hoon, um rapaz rico, mimado e sem planos para o futuro. Para variar, os dois nãos e entendem a início mas a sua relação começa a tornar-se mais forte. A ténue linha entre o ódio e o amor está quase sempre presente neste tipo de filmes e, particularmente nos Coreanos, é obrigatória. Entre a efervescente relação entre as duas personagens principais e os problemas em que o rapaz está sempre metido, há sempre motivos de interesse para manter os olhos no ecrã e dar umas boas gargalhadas. Gostei da performance dos dois actores principais, do argumento, da realização, está tudo soberbo. Para um filme do género, já por si limitado e actualmente esgotado, principalmente na Coreia do Sul, é uma boa surpresa. Recomendo. 90% IMDB:http://www.imdb.com/title/tt0348591/
PB's - Ye Gam (FanVideo) (My Tutor Friend OST)
My Tutor Friend 2 / Donggabnaegi gwawoehagi 2 (2007): Mais do mesmo estão a pensar vocês. Nem por isso. Não se trata de uma sequela pois as personagens são diferentes. Embora o conceito seja semelhante, aqui está explorado de uma forma algo diferente. Junko (Lee Cheong Ah) é uma rapariga Japonesa mas com sangue Coreano por parte da avó. Esta viaja do Japão para a Coreia do Sul como estudante de intercâmbio mas, o seu verdadeiro propósito é outro. Esta corre atrás do objecto da sua paixão, um Coreano que estava a estudar no Japão, onde se conheceram. Na residência onde está alojada conhece Jong Man (Park Ki Woong), o filho do senhorio, um rapaz cheio de si e que, junto com os seus dois amigos, está sempre a criar confusão junto de Junko. Como esta está a ter alguma dificuldade com o seu Coreano, principalmente na faculdade, o pai de Jong Man obriga-o a dar explicações à rapariga. Entre a já referida relação amor-ódio, as confusões criadas pelo choque de culturas e barreiras linguísticas, as peripécias de Junko na procura do seu amado, e ainda um segredo que Jong Ma esconde, temos motivos mais que suficientes para umas boas gargalhadas e boa disposição. Se gostaram do filme original, experimentem este também que não se vão arrepender. 85% IMDB: (não existe)
Please, Teach Me English / Yeongeo Wanjeonjeongbok (2003): Na Young-ju (Na-yeong Lee) é uma rapariga de 25 anos com baixa estima, tímida, com uma vida pessoal desinteressante e que trabalha como oficial público. Depois de um problema ter surgido no trabalho, com um cliente que não fala coreano, decide-se que alguém do escritório tem de aprender a falar inglês. É claro que a escolha teria de recair sobre Young-ju. Do outro lado temos Park Moon-su (Hyuk Jang), um “playboy” que decide ter aulas de inglês para poder falar com a sua irmã, a qual foi adoptada à nascença por uma família Norte-Americana. Além disso, ele pensa que as frases de engate soam melhor em inglês. Estes encontram-se nas aulas e Young-ju pensa ter encontrado a sua alma gémea, mas Moon-su apenas tem olhos para a professora Catherine. Já se sabe onde isto vai parar, não é? Além das habituais confusões neste tipo de comédias, temos ainda a componente cultural e linguística que cria enormes confusões. É impressionante como um simples beijo na face, como forma de cumprimento, pode ser perfeitamente natural para um ocidental e mal visto por um oriental. Vale a pena não só pela componente humorística e romântica como também por esta perspectiva cultural. 75% IMDB:http://www.imdb.com/title/tt0381716/
Venus And Mars / Ssaum (2007): A base da história é simples. Ji-na (Tae-hee Kim) e Sang-min (Kyung-gu Sol) é um casal que enfrenta alguns problemas e acaba por se divorciar. Em vez de ir cada um para o seu lado, iniciam uma infindável batalha em que cada acção de vingança leva a outra. Com este pressuposto, já podem imaginar a boa dose de gargalhadas que irão dar. O final é algo imprevisível, ao contrário do que alguns poderão dizer, mas ainda temos tempo para uma pequena reviravolta engraçada. Gostei do filme mas, como já disse, o final é algo inesperado, pelo menos para este tipo de filmes e, embora tenha gostado da reviravolta e como as coisas ficaram, de certa forma, em aberto, esperava outro desenlace. Mesmo assim, vale a pena. 70% IMDB:http://www.imdb.com/title/tt1193523/
Na sequência do filme “Waterboys”, já aqui revisitado no Zona de Culto, a Fuji TV lança a série de televisão. Esta segue a mesma linha de “Waterboys”, o filme. Dois anos depois da história original, e na mesma escola, um grupo de amigos decide, por mero acidente, formar uma equipa de natação sincronizada masculina. A série, composta por 11 episódios num total de cerca de 500 minutos, segue as aventuras e desventuras deste grupo de amigos, os seus treinos, as desastradas tentativas de performance ao vivo, amizades, amores, etc. Não tão humorístico como o filme, este Dorama apoia-se mais nas relações entre as personagens. Muito humor, aventuras, romance a algum drama fazem esta sequela. As semelhanças com o filme original são imensas e aqui voltamos a ter cinco amigos, sendo um deles o líder, alguns professores são os mesmos, temos a participação especial de um dos ex-alunos, a treinadora da equipa tira uma licença da maternidade abrupta e eles ficam sozinhos na sua aventura, etc. No final, o que esperavam? Uma performance com 32 rapazes (nenhum deles alguma vez tinha praticado natação sincronizada) cheia de movimento, música, emoção e algum humor. Esta é até mais emocionante do que a do filme. Algum material é algo cliché mas, isso prejudica a série? Não. Para quem viu o filme e gostou, aqui está um bom complemento. E aviso desde já, vão ficar viciados não só na série, mas também no tema do genérico final, “Niji” de Fukuyama Masaharu. 80%
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WaterBoys - Genérico Final (Masaharu Fukuyama "Niji")
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Nova série. Water Boys 2. Um ano depois, estamos em 2004, noutra escola, cinco amigos iniciam um clube de natação sincronizada masculina. A particularidade aqui é que esta era uma escola feminina até há dois anos atrás. Hoje me dia é mista mas, 306 raparigas para 32 rapazes (o número é déjá-vu não é?) é algo desequilibrado. As raparigas controlam a escola e os rapazes não têm direitos quase nenhuns. Um dos rapazes teima em querer iniciar um clube apenas masculino, mas tem sempre azar. Até que chega à escola um aluno transferido de Tóquio que não sabe como é que as coisas funcionam por lá. E as aventuras começam. A mesma linha, repetições das mesmas ideias (de um modo propositado), a mesma música no genérico final (embora aqui numa nova versão), um dos professores da escola é um dos alunos do filme, e uma apresentação final, tal como na 1ª série e no filme antes destas. São mais 12 episódios de cerca de 45 minutos cada um, tendo o primeiro cerca de 1 hora de duração e o final cerca de 1h30m. Esta série, apesar de se apoiar também nas relações entre as personagens, é muito mais humorística e bem disposta. Se são daquelas pessoas que gostam dum filme ou duma série e, tal como eu, querem mais e mais e mais, aqui está a sequela perfeita. No entanto, opinião pessoal, o final poderia ter sido outro, pois aqui torna-se algo dramático. Apesar disso recomendo vivamente. 80%
WaterBoys 2 - Excerto
WaterBoys 2 - Genérico Final (Masaharu Fukuyama "Niji")
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Aproveito ainda para dar umas ideias do especial de 2005, “Water Boys Sumer 2005” (aka “Water Boys Finale”). Ainda não o vi todo, mas já posso formar uma ideia sobre o mesmo. Tanaka, uma personagem da 1ª série, encontra-se na faculdade e acaba por ir parar a uma ilha onde, por acidente pois claro (a mesma treinadora do filme e da 1ª série está grávida e nem se havia apercebido!), acaba por ser treinador de uma equipa de jovens que quer afirmar-se perante a sua comunidade. Mais uma vez, uns clichés atrás dos outros. Participações de personagens anteriores, a mesma banda sonora e as mesmas músicas Pop como som de fundo. Mais nostalgia que mais nada. Esta já me pareceu estar a esticar demais a ideia mas, lá está, eu começo a ver e não consigo parar! Recomendo apenas aos fãs de tudo o que está para trás. 65%
Um trio de amigos decide roubar um banco com o propósito de conseguir dinheiro para realizar um sonho de crianças. As coisas não correm da melhor maneira e eles acabam por ficar fechados no banco com vários reféns e a polícia a cercá-los. Por incrível que pareça, a certa altura, os jovens amigos conseguem fazer com que alguns dos reféns alinhem com eles. Estes apresentam-se então à polícia encarnando as personagens do anime (animação Japonesa) favorito de um deles, The Space Travelers. Fusão de comédia, drama e acção, este é daqueles filmes que, à partida, parece ser uma simples fita para nos divertir durante um par de horas. Um grupo de amigos tenta roubar um banco e a coisa corre mal. Mas esta não é uma simples comédia de Hollywood, e sim um filme Japonês (não que isso só por si seja sinónimo de qualidade, mas já ajuda muito) com um argumento bem mais complexo do que parece à primeira. Pelo menos, é um daqueles argumentos em que temos de ler nas entrelinhas pois há aqui muita coisa a analisar durante todo o filme, tais como as personagens, as suas ambições, sonhos, interacções, amizade, amor, etc, assim como um humor bem mais intelectual do que aquele habitual nas loucas comédias nipónicas. Durante os 126 minutos que dura “Space Travelers” não conseguimos tirar os olhos do ecrã durante um segundo. O humor é constante; o suspense é intenso; e as histórias por detrás da grande maioria das personagens (não exploradas ao máximo, dando-nos apenas algumas informações pois as personagens centrais são os 3 amigos) são interessantes o suficiente para nos manter atentos. Como habitual nos filmes Asiáticos, a certa altura o filme toma outras proporções, deixando de lado o humor e centrando-se nos jovens, nas suas ambições e sonhos, atingindo limites dramáticos extremos. Acreditem que vão ter tempo para rir (muito) e divertir-se (muito também) mas também para (quase ou mesmo) chorar. Aviso já, o final pode não vos agradar, mas dá outra dimensão à história. Vale a pena. E muito! 90% RDS
Cinco “cromos” iniciam, por um mero acaso, uma equipa de natação sincronizada no seu liceu. A nova professora de natação sai em licença de parto deixando-os completamente desamparados, mas eles não desistem e agarram o desafio com “unhas e dentes”, apesar de serem motivo de gozo por parte dos colegas de escola e de toda a comunidade. Com a ajuda de um treinador de golfinhos de um aquário local eles iniciam os treinos para o festival da escola. É esta a premissa deste “Waterboys”. Simples, não fugindo muito até ao normalizado por Hollywood, mas eficaz. A história é até baseada em eventos reais que tiveram lugar no liceu Kawagoe, na Prefeitura de Saitama, em 1986. O que se pode dizer desta louca comédia Japonesa? É o típico humor nipónico, absurdo, quase infantil, nada de muito sofisticado ou difícil de digerir, logo não requer, portanto, que o nosso cérebro esteja a funcionar a 100%. E é assim que nós gostamos. Todos os jovens actores estão fabulosos, mas Satoshi Tsumabuki está fenomenal na personagem de Suzuki, o líder do grupo de amigos. Hilariantes também são o “cameo” de Akira Emoto (o carrancudo dono de uma drogaria em “Drugstore Girl”, p.ex.) como Mama-san ou a personagem de Naoto Takenaka, o peculiar treinador dos rapazes. Esperem muitas risadas, gargalhadas e boa disposição. Se procuram um filme simples, divertido, boa onda, para descomprimir após um duro dia de trabalho (tal como me aconteceu a mim), então esta é uma boa escolha. Altamente recomendado. 85% RDS