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03/11/10

Nikkatsu Roman Porno Trailer Collection (2010) – Impulse / CAV

Sou fanático por colectâneas de trailers, em especial por material de exploitation, horror, sci-fi, e outros que tais. Este DVD, como o título indica, é uma sequência do que melhor se fez em termos de roman porno (http://en.wikipedia.org/wiki/Pink_film) pelos estúdios Nikkatsu, um dos mais antigos do Japão, na década de 70. Ao todo são 38 trailers, devidamente masterizados digitalmente e com legendas em inglês. A imagem está fabulosa, o som perceptível, e as legendas ajudam imenso. O trabalho de recuperação desenvolvido pela Impulse é de louvar. Deixa-me com água na boca (sem segundas intenções) para as reedições que ai vêm. Ainda como bónus, temos direito a uma curta-metragem de 30 minutos, intitulada “Ryoko’s Lesbian Flight” (com os habituais malditos pixeis a censurar partes intimas). Um achado para os fanáticos do género, e interessante para quem quer ficar a conhecer (e escolher) os filmes, pois a Impulse vai reeditar mais de 29 destes títulos. 95%
RDS

Synapse Films
CAVD


08/02/09

GTO (Great Teacher Onizuka) (1998)

GTO (Great Teacher Onizuka) (1998): Ainda antes de “Gokusen”, e na mesma linha, foi feita esta adaptação de um “manga” do mesmo nome. Onizuka (Takashi Sorimachi) é um ex-motard que tem o sonho de ser professor. Até ao momento não conseguiu realizar esse sonho, mas a sorte bate-lhe á porta e consegue emprego numa escola secundária. Mas este acaba por ficar como responsável pela pior turma de escola, a qual está repleta de alunos problemáticos provenientes de todas as outras turmas. Os seus métodos estão longe de ser ortodoxos, recorrendo sempre à sua experiência de rua e de ex-motard. Pendurar alunos pelas pernas no topo do edifico da escola, incitar um suicida a atirar-se do cimo da escola (e ele decidir juntar-se também ao acto), apostas, etc, são algumas das loucuras deste professor que todos gostariam de ter tido no liceu. Este tem aliados na escola, na pessoa da excêntrica directora (que o contratou) e de outra professora (que não aprova os seus métodos mas toma sempre o seu lado), mas todo o resto da escola está contra ele. Pouco a pouco este consegue convencer alguns alunos e pô-los do seu lado. Mas há alguns que lhe vão dar algumas dores de cabeça.
Depois da série (12 episódios), GTO ainda teve direito a um especial de 2 horas em 1999 (numa escola católica para raparigas) e um filme em 2000. Não há momentos mais aborrecidos, os argumentos estão bem escritos, as personagens são fáceis de gostar (mesmo os “maus” da fita, que na verdade não há nenhum) e o tema principal, “Poison” (cantado pelo próprio Takashi Sorimachi) é viciador. Um dos melhores dorama que vi até hoje. Recomendo vivamente. 95%
RDS

Seigi No Mikata (2008)

Seigi No Mikata (2008): Tal como o “Puzzle”, outra desilusão. Mas neste tive o bom senso de não ir até ao fim. Ao fim de dois aborrecidos episódios decidi fazer algo que nunca faço: saber como é o final. Ainda bem que o fiz. Era tal como eu o esperava. Não me preocupei sequer em ver o 3º episódio. Já agora, fica a descrição do dorama: Yoko, uma rapariga de 15 anos vive constantemente atormentada pela sua maléfica irmã mais velha Makiko. Esta não tem qualquer tipo de consideração, amizade o amor por quem a rodeia, nem mesmo a sua própria família. Mas mesmo agindo com os seus próprios interesses em mente, esta consegue criar situações benéficas para os que a rodeiam.
É aborrecido; não desenvolve; não se cria empatia com as personagens; não há uma mudança das atitudes destas ao longo da série, e, o final é absurdo. Isto, na grande maioria, baseado nos dos episódios que vi e no que li sobre o desenvolvimento da série e o respectivo final. Seguinte! 5%
RDS

Puzzle (2008)

Puzzle (2008): Não me vou esticar muito a falar deste dorama, pois foi uma das maiores desilusões que tive nos últimos tempos. Misako Ayukawa é uma professora de inglês, embora não fale uma única palavra de inglês. Mesmo assim consegue ir dar aulas para uma das melhores escolas secundárias de Tóquio. É arrogante, prepotente e gananciosa. Trata mal os seus alunos e, em particular, um grupo de 3 brilhantes alunos. Mas em frente a qualquer outra pessoa, é uma professora exemplar e uma pessoa maravilhosa. Esta e os referidos 3 alunos metem-se em aventuras para resolver puzzles e encontrar tesouros e ganhar recompensas. A ganância de Ayukawa não tem limites. Mas a coisa sai sempre furada e os alunos é que sofrem no final. Além da professora há um grupo de 3 raparigas de um liceu próximo que encantam os rapazes mas que em nada ficam a dever à maldade da professora.
Argumentos com falhas, os puzzles são resolvidos quase sempre de uma maneira rebuscada e fantasiosa; a professora é irritante; o grupo de raparigas, idem; e quanto aos rapazes, não se consegue criar nenhum tipo de empatia com tipos tão “anjinhos” que se deixam enganar por todos e ainda pedem desculpa no final. Uma grande desilusão e cerca de 450 minutos do meu precioso tempo perdidos. Não façam o mesmo. 10%
RDS

H2 Kimi To Itahibi (2005)

H2 Kimi To Itahibi (2005): Kunimi Hiro era jogador de basebol mas teve de deixar de jogar por recomendações do médico, baseadas na fragilidade do seu braço. Agora na secundária, este faz parte da equipa de futebol. Mas uma serei de acontecimentos vão fazê-lo voltar a jogar basebol e alcançar o seu sonho de jogar em Koushien. Hiro terá enfrentar o seu rival e amigo de infância, Tachibana Hideo, assim como lidar com o triângulo amoroso que surge entre estes dois e Amamiya Hikari, amiga de infância dos dois e actual namorada do segundo. Não me interpretem mal, pois tem os seus pontos positivos mas, como já referi, é demasiado sério para o meu gosto. Vi uma vez e gostei, mas não conto rever num futuro próximo. Para fãs de dorama centrado em desportos, liceu e romance. 70%
RDS

Stand Up!! (2003)

Stand Up!! (2003): Quatro amigos adolescentes pretendem perder a virgindade antes de acabar o liceu. Pois, já estão a estabelecer paralelismos ao conhecido filme Norte-Americano. Não liguem ao que poderão ler nesse sentido. Apesar da premissa ser similar, aqui é explorada de outra forma. Uma amiga de infância, que se mudou para outra cidade quando era pequena, vem de férias parta o bairro. Mas esta está muito diferente do que era há 11 anos atrás. Deixou de ser uma princesa para se transformar numa “nerd”. “Stand Up!!” retrata vários temas tal como vistos pelos adolescentes: amor, sexo, amizade, a família, o hipócrita mundo dos adultos, etc.
Gostei da maneira como a história foi contada e como os temas acima citados foram explorados. Não é uma obra-prima mas tem os seus momentos. Algum humor misturado com uma componente mais séria mas não muito dramática. 75%
RDS

12/01/09

Hanazakari No Kimitachi E (2007)

Hanazakari No Kimitachi E (2007): Este dorama é um dos meus favoritos. Pensei que me iria deparar com uma comédia romântica algo melosa mas o que saiu foi mesmo uma série verdadeiramente hilariante. Ashiya Mizuki (Horikita Maki) é uma rapariga Japonesa que vive nos USA e idolatra um atleta de salto em altura chamado Sano Izumi (Oguri Shun). Depois de um incidente que envolve os dois e um grupo de meliantes, Sano abandona a prática do atletismo e volta para o Japão. Ashiya decide ir para o Japão e inscreve-se na mesma escola. O pormenor é que a escola é só para rapazes. Esta tem de se disfarçar, vestir, falar e comportar como um rapaz. Mas o mais hilariante de tudo é uma terceira personagem, Nakatsu Shuichi (Ikuta Toma), um amigo de Sano que se começa a interessar por Ashiya de outro modo, mas este pensa que ela é um rapaz, e começa a questionar-se sobre a sua sexualidade. Ikuta está perfeito no papel do hilariante Nakatsu, assim como os outros dois actores e restante elenco. Não se deixem levar pela primeira impressão de comédia romântica, com adolescentes, em ambiente escolar, pois “Hanazakari No Kimitachi E” é hilariante. Recomendo vivamente. 95%

Hanazakari No Kimitachi E (2008): Este é um especial de Outubro de 2008 que funciona como episódio 7.5. A história desenrola-se meio ano depois do final da série. Através de muitos “flashbacks” e algumas cenas novas, Nakatsu relembra o último Verão e a relação entre si, Mizuki e Sano. Apesar de não haver muito material novo, é sempre bom relembrar algumas das cenas mais engraçadas da série. Gostei deste especial e recomendo a quem gostou a série. 90%
RDS



Rookies (2008)

Rookies (2008): Um professor de liceu tenta mudar a atitude dos seus alunos do clube de basebol. Depois de um incidente em que a equipa ficou com um castigo de 6 meses sem jogar, estes tornaram-se a nódoa negra da escola. Não querem saber da equipa, das aulas, de nada. O peculiar Kawato Koichi (Sato Ryuta) vai tentar, pouco a pouco, mudar nem só os alunos, mas também toda a escola e a vizinhança que vê a equipa como um grupo de delinquentes sem solução.
Se pensam que os alunos de “Gokusen” eram verdadeiros delinquentes juvenis, então é porque não viram estes (alguns dos actores vêm da dita série, assim como de “Water Boys” e “Hana Kimi”, por exemplo). Gostei de “Gokusen”, no mesmo género, mas este “Rookies” é superior. Com muito humor, mas também com um argumento bem escrito que acentua a componente drama da série. Ainda não vi o recente especial, mas parece ser uma espécie de recapitulação de toda a série. Quando isso estiver disponível por aí, vou deitar-lhe as mãos. Um filme para encerrar a série está também em produção. 90%
RDS

13/12/08

Hotaru No Hikari / Glow Of Fireflies (2007)

Amemiya Hotaru (Ayase Haruka) trabalha numa companhia de design de interiores. Mas a vida privada desta jovem contrasta com a sua vida profissional. Vive sozinha, é extremamente desarrumada, gosta de andar de fato de treino por casa, sentar-se no alpendre a beber uma cerveja de lata, e dormir no mesmo sob um par de folhas de jornal. Não tem namorado, nem o pretende ter muito cedo. A casa não é sua, foi arrendada por um senhor através de um contrato assinado num guardanapo de bar. Certo dia o filho do seu senhorio, recentemente separado da sua esposa, vai viver para casa do seu pai mas sem saber, é claro, que esta já se encontra habitada pela peculiar Hotaru. O contraste não poderia ser maior pois este é arrumado e certinho. Mas nenhum dos dois quer sair da casa e acabam por viver sob o mesmo tecto mas sem qualquer tipo de relação. Aliás, a relação que estes têm é meramente profissional pois, por coincidência, Takano Seiichi (Fujiki Naohito) é o patrão de Hotaru. Mas ninguém pode saber que estes vivem juntos.
Muito humor, peripécias e algum romance pautam “Hotaru No Hikari”. Apesar de não ser adepto de romances, quando se trata de algo com muito humor como é o caso, dou sempre uma oportunidade. Neste caso foi aposta ganha. 90%
RDS

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http://wiki.d-addicts.com/Hotaru_no_Hikari
http://www.ntv.co.jp/himono/
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Aiko - Yoko Gao (Fanmade Video)

Attack No.1 (2005)

Sucesso do mundo do “manga” e, posteriormente, do “anime”, esta adaptação para “live action” de “Attack No.1” segue a mesma linha dos seus antecessores. Kozue (Ueto Aya) é uma rapariga alegre e positiva que joga na equipa de voleibol do seu liceu. Esta, tal como todas as outras jogadoras de voleibol nos liceus pelo Japão fora, anseia jogar na equipa nacional. E esse desejo concretiza-se, mas não sem lhe trazer alguns desgostos. Um treinador tirano, sessões de treino extremas, problemas com as suas amigas, rivalidade entre membros da equipa, etc. Mas esta persevera sem perder a força, a sua vivacidade e alegria próprias da sua personalidade.
Depois de tantos “dorama” centrados no desporto e cuja acção se passa, na maioria, num liceu, fiquei de pé atrás pensando se valeria a pena ver mais um. Como gostei tanto dos outros, e também baseado nas excelentes críticas, é claro que dei uma oportunidade a “Attack No.1”. E não fiquei desiludido, muito pelo contrário, gostei muito. Um excelente argumento, com muitas reviravoltas, personagens bem exploradas (dentro do possível em 11 episódios), muita acção (e eu não sou grande fã de desporto), assim como irrepreensíveis performances das actrizes e actores principais. O final é que poderia ter sido mais elaborado. Não está mal, mas foi algo “ligeiro” e contrastou com o tom mais “pesado” do resto da série. Mas funcionou um pouco como a “luz ao fim do túnel” e, por isso, um final até aceitável. Outro ponto menos positivo foi o que aconteceu a uma das personagens secundárias (não quero estar a arruinar-vos a história), numa situação que me pareceu algo forçada e despropositada. Apesar disto, um “dorama” fantástico que conto rever e recomendo a fãs de títulos como “Waterboys”, “Rookies” ou “H2”, por exemplo. 90%
RDS
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http://wiki.d-addicts.com/Attack_No.1
http://en.wikipedia.org/wiki/Attack_No._1
http://www.jdorama.com/drama.911.htm
http://www.tv-asahi.co.jp/no1/
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Aya Ueto - Yume No Chikara

Mop Girl / Moppu Gaaru (2007)

Mop Girl (Moppu Gāru) é uma série baseada no livro do mesmo título da autoria de Kato Miaki. Momoko Hasegawa (Keiko Kitagawa) trabalha numa agência funerária e tem como instrumento de trabalho uma esfregona (“mop”). Esta possui o poder de voltar atrás no tempo ao tocar nos pertences dos falecidos e, assim, evitar a morte dos mesmos.
A ideia principal de “Mop Girl” remete-nos para a série Norte-Americana “Tru Calling” mas sem o ambiente dramático e carregado desta. Pelo contrário, aqui apostam no humor e para esse efeito temos como personagem principal uma rapariga trapalhona e desastrada. Keiko Kitagawa está perfeita como Momoko, assim como o seu companheiro de aventuras, o seu superior no trabalho Otomo Shotaro (Tanihara Shosuke), um “Don Juan” maníaco por mulheres estrangeiras (em particular francesas).
Gostei muito deste “dorama” e recomendo. O único senão, situação habitual nos “dorama” Japoneses, é que a série não tem um fim propriamente dito. O último episódio é apenas mais um (se bem que com uma história diferente) e no final ficamos com a sensação de que vai haver mais. Mesmo assim, vale a pena para dar umas boas gargalhadas com as peripécias de Momoko. 90%
RDS
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29/10/08

Zonbie Jietai / Zombie Self-Defense Force (2006)

Um OVNI despenha-se no Planeta Terra, numa floresta do Japão, e a radiação que emite transforma as pessoas em zombies canibais. Um peculiar grupo de pessoas (uma unidade militar em treinos, uma artista Pop, um duo de Yakuza, o dono de uma estalagem local e a sua amante) vai ser apanhado no meio da confusão e, um a um, vão sendo transformados também eles em zombies.
OVNI’s ridículos, um alienígena que parece saído de um “anime”, zombies, um ciborgue, gore, sangue, tripas, tiros, espadas samurai, yakuza, humor negro, efeitos especiais baratos. Foi encaixado um pouco de tudo para deleite dos fãs deste tipo de “porcarias” de baixo orçamento. Melhor que isto não podia ser! Há imenso tempo que não me divertia tanto com um filme Gore desde que vi o clássico “Braindead”. São 75 minutos de pura diversão para fãs do género. Deixem o cérebro à entrada e venham curtir esta bela “desgraça” de cinema Japonês realizada por Naoyuki Tomomatsu (“Stacy”, “Eat The Schoolgirl”). Aconselho-o vivamente. 80%
RDS

IMDB:
http://www.imdb.com/title/tt0879265/
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17/10/08

Akuerian Eiji: Gekijô Ban / Aquarian Age: The Movie (2008)

Este filme é baseado num popular jogo de cartas coleccionáveis (e segundo parece também existe um anime). Alguns jovens de liceu descobrem que têm características genéticas especiais, entre as quais poderes sobrenaturais e asas de anjo/demónio. Mal se apercebem disso e encontram-se no meio de uma batalha milenar que opõem 5 tribos diferentes. É este o conceito geral de “Aquarian Age The Movie”. Agora, quanto ao filme em si, se não se conhecer esta premissa, é algo difícil chegar lá sozinho. O filme começa bem com tons negros, algures entre o gótico e o cyberpunk, alternam-se situações paralelas com uma rapidez estonteante, uma banda (Alice Nine) de “Visual Kei” actua num bar, a coisa começa a entusiasmar-me. Mas rapidamente começo a perder o gozo. É demasiado confuso (não complexo, mas mesmo confuso!). As personagens não são devidamente apresentadas ou exploradas, logo não ficamos a saber quem é quem, se é bom ou mau; não nos dão uma pequena introdução ao passado das tribos e a referida batalha, logo não se sabe quem está envolvido e as suas razões; a história demora imenso a desenvolver. Quando a coisa se começa a compor, amizades entre elementos de tribos são estabelecidas, surge uma personagem misteriosa (mais uma), os efeitos especiais começam a marcar presença e criar ambiente (vê-se pela primeira vez alguém a abrir as asas), vai ter inicio uma luta. Mas acaba o filme. Não consigo encontrar nenhuma informação na internet acerca disto mas, segundo parece, “Aquarian Age” está dividido em duas partes e irá haver uma continuação. Quando? Não sei. Se alguém puder ajudar nesta questão agradecia. Fiquei com água na boa mas… acabei por ficar cheio de fome. Estava à espera de uma coisa e saiu-me outra (o que eu pensava ver apenas está presente nos últimos 10 minutos). Pode ser que na continuação haja algum desenvolvimento da história, acção e efeitos especiais. É esperar para ver. Alguém tem mais informação? 40% (?)
RDS

Website Oficial:
http://www.aquarian-movie.com/
IMDB: http://www.imdb.com/title/tt1204355/
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Aquarian Age - Trailer

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alice nine. - Mirror Ball (PromoVideo)

12/10/08

Akihabara@DEEP Movie (2006)

Já tive a oportunidade de ver o filme e não me desiludiu. A série de TV (ou “dorama”) agradou-me muito mais, mas talvez seja pelo facto de em cerca de 600 minutos haver tempo suficiente para desenvolver as personagens e as suas relações, daí ser mais fácil o espectador criar empatia com as mesmas. Isso é muito mais difícil num filme de 120 minutos. Além disso, o “dorama” é muito mais divertido e foca a sua atenção nas idiossincrasias e peculiaridades de cada elemento do grupo, assim como nas suas aventuras e desventuras. O filme é um pouco diferente, não incluindo todas as personagens da série (e o elenco é diferente), levando uma certa adaptação ao argumento (mas não difere muito dos últimos episódios da série), e direccionando-se mais para a acção do que para a aventura / humor. É claro que, não tendo lido a novela original escrita por Ira Ishida, não poderei comparar a adaptação televisiva e cinematográfica ao mesmo. De qualquer modo, se gostaram do “dorama”, esta é mais uma desculpa para voltar a viver uma aventura com Akihabara@DEEP. 75%
RDS

IMDB:
http://www.imdb.com/title/tt1024703/
Wikipedia: http://en.wikipedia.org/wiki/Akihabara@DEEP

03/10/08

Akihabara@DEEP (2006)

"Akihabara@DEEP" é um livro editado em 2004 da autoria de Ira Ishida, que deu origem a um “manga”, um “dorama” (série de TV) e um filme. É da série de TV que vou falar um pouco. O comentário ao filme vai daqui a uns dias, quando tiver a oportunidade de o ver.
Um grupo de “otakus” de Akihabara (Page, Box, Akira, Taiko, Izumu e Daruma) procura um escape para os seus problemas pessoais através de um “website” chamado “Yui’s Lifeguard”. Todos são uns alienados da sociedade, têm os seus pontos positivos, mas têm também estranhos e obsessivos comportamentos, o que faz de cada um deles uma personagem peculiar. O “website” é dirigido por Yui, a qual planeia um encontro entre os desconhecidos e futuros amigos. Com o apadrinhamento de Yui estes formam “Akihabara@DEEP”, um grupo que pretende ajudar a resolver todos os problemas dos habitantes de Akihabara (ou Akiba como estes lhe chamam). Mas Yui também tem os seus próprios problemas e, no primeiro encontro cara-a-cara com o grupo, esta cai por terra sem vida. Izumu cria um programa de AI (Inteligência Artificial) que mantém vivo o espírito de Yui, continuando assim a dar conselhos aos amigos. Mas Nakagomi Takeshi, presidente da maior empresa de materiais electrónicos e informática, DigiCap, está a observar os amigos de bem perto. Este tem um misterioso passado com Yui e quer o AI. Cada episódio é a resolução de um caso, sempre com muito humor, acção, aventura, “maid cafes”, os peculiares comportamentos obsessivos dos “otakus” e a vida no mudo à parte que é Akihabara. O ambiente da série é ligeiro e descontraído e vê-se bem de um esticão. É simples mas divertido e viciador. São apenas 11 episódios, e um bónus com entrevistas e “making of’s”, que perfazem cerca de 600 minutos. Recomendo a fãs de comédia Japonesa e curiosos em relação a este particular distrito de Tóquio e os seus habitantes. 80%
RDS

DramaWiki: http://wiki.d-addicts.com/Akihabara@deep
JDorama: http://www.jdorama.com/drama.1059.htm
Wikipedia: http://en.wikipedia.org/wiki/Akihabara@DEEP
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Excerto 1
Excerto 2

01/10/08

Hagane No Renkinjutsushi / Full Metal Alchemist (2004)

Nunca estive muito ligado ao mundo do Anime e do Manga e, além de dois ou três filmes de Hayao Miyazaki, nunca me tinha aventurado muito nesse mundo. Há um par de meses emprestaram-me diversos Animes e um dos títulos era mesmo este “Full Metal Alchemist”. Estive algum tempo sem tocar neste material, até que me decidi a experimentar. E ainda bem que o fiz! Vi o primeiro episódio e o assunto interessou-me e, logo ao segundo episódio, já estava cativado e viciado. Foram 4 temporadas num total de 51 episódios (cerca de 22 minutos cada um), e um filme (“The Conqueror Of Shamballa”, que continua onde ficou a série e encerra a história; cerca de 1h45m) e muitas horas de visionamento. Mas foi sempre com muito interesse que acompanhei as aventuras dos irmãos Elric e os seus amigos (e inimigos). O argumento é fabuloso e bate a milhas muitos dos argumentos de séries televisivas de sucesso (sim, é fantasia, e depois?). As personagens estão bem exploradas e é fácil criar empatia com as mesmas (até mesmo com alguns dos “maus da fita”, se bem que aqui as coisas não são bem branco e preto, mas sim com tons de cinzento na maior parte dos casos), há muitas reviravoltas, ideias bem encaixadas. Muita acção (há sempre movimento, batalhas, guerras, lutas, perseguições; o filme então tem sequências fabulosas de suster a respiração), muito humor (preparem-se para verdadeiras gargalhadas), fantasia e magia (muita alquimia, poderes especiais, seres inumanos, criaturas míticas), drama (há momentos bem “pesados”), tudo sempre levado ao extremo. E para acompanhar, uma soberba banda sonora da responsabilidade de Michiru Oshima, isto além, é claro, das fantásticas malhas Pop / Rock de abertura e encerramento de cada temporada (Porno Graffitti, Nana Kitade, L’Arc En Ciel, YeLLOW Generation, Cool Joke, Crystal Kay, Asian Kung-Fu Generation, Sowelu).
O pai dos irmãos Elric (Edward e Alphonse) abandonou-os e, quando a sua mãe morre, estes decidem realizar uma proibida transmutação humana para a trazer de volta ao mundo dos vivos. Mas a operação alquímica corre mal e Edward perde um braço e uma perna. Alphonse perde o corpo inteiro mas o irmão mais velho, Edward, consegue ligar a sua alma a uma armadura gigante. É assim a lei da troca equivalente da Alquimia. Para ganhar algo, tem de se dar alguma coisa em troca. Estes querem agora recuperar os seus corpos, deixam a sua casa e a sua terra, e viajam para a capital para fazer o exame e se tornarem Alquimistas Estatais. Entre muitas peripécias, perigos, aventuras, amigos, inimigos, estes procuram incessantemente a pedra filosofal para poderem contornar as leis da Alquimia e ter os seus corpos de volta.
Eu gostei imenso, fiquei viciado e não larguei a série enquanto não vi tudo. Recomendo vivamente a fãs de Anime (com certeza já devem ter visto, he, he) e fantasia / aventura em geral. 95%
RDS

Website Oficial: http://www.fullmetalalchemist.com/ / http://www.fullmetal-alchemist.com/
IMDB (Série): http://www.imdb.com/title/tt0421357/
IMDB (Filme): http://www.imdb.com/title/tt0485323/
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As 5 Introduções de Full Metal Alchemist
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Nana Kitade - Kesenai Tsumi (PV do tema do 1º encerramento)

18/09/08

Ultraman Mebius And Ultra Brothers / Urutoraman Mebiusu Ando Urutora kyôdai (2006)

Em comemoração dos 40 anos da franquia Ultraman surge este filme que reúne algumas das personagens e actores originais. Neste “Ultraman Mebius And Ultra Brothers” uma coligação de monstros de diversas proveniências da galáxia é formada com o intuito de conquistar a Terra. Para os deter está Ultraman Mebius de Nebula M-78. Este é o sucessor de uma linhagem de Ultra Brothers que tem protegido a Terra de ataques por parte de monstros extraterrestres durante 40 anos. Os atacantes tentam acordar o super monstro U-Killer Zarus, o qual foi derrotado pelos Ultra Brothers há 20 anos atrás, e que se encontra adormecido na baía de Kobe. Mas Ultrama Mebius não consegue derrotar os extraterrestres sozinho e muito menos o poderoso Ultra Killer Zarus, tendo para isso ajuda de Ultraman, Ultra Seven, Ultraman Jack, Ultraman Ace, Ultraman Taro e Zoffy. E todos (excepção de Zoffy) são interpretados pelos actores originais! Querem melhor?
As ideias são as mesmas de sempre e a história não foge muito ao que já conhecemos de 40 anos de Ultraman. Os efeitos especiais são os típicos (e para que mudar?) e temos direito aos habituais fatos de borracha, aos seres humanos vestidos de extraterrestres / monstros com fatos bem “kitsch”, e às maquetes da cidade a 1/3 da altura dos heróis / monstros e que são destruídas pelos mesmos (e que propositadamente se nota que são maquetes). No campo dos efeitos especiais temos alguma ajuda de CGI em fusão com os tradicionais efeitos série B, mas não se preocupem os fãs porque isso não altera em nada a mística do filme. Para quem já conhece, é uma visualização obrigatória, quanto mais não seja pela participação dos actores originais. Para que não conhece, é uma visualização obrigatória para entrar no universo Ultraman. Eu gostei muito. Tem muita acção, cor, movimento, fantasia e divertimento a rodos (e alguma nostalgia também). Aconselho vivamente. 90%
RDS

IMDB:
http://www.imdb.com/title/tt0999922/

12/09/08

Kataude Mashin Gâru / The Machine Girl (2008)

Ami Hyuga (Minase Yashiro) é a protagonista desta loucura nipónica (mais uma!). Ela é uma rapariga normal, estuda no liceu, é popular, desportista e cheia de vida. Depois do seu pai ter sido injustamente acusado de homicídio e, junto com a sua mãe, terem cometido suicídio, Ami e o seu irmão Yu (Ryôsuke Kawamura) ficaram órfãos. Ao mesmo tempo que estudam no liceu, estes tentam levar uma vida normal. Mas Yu e um amigo deste são vítimas de abuso (o chamado “bullying”) por parte de um filho de um Yakuza e o seu bando de jovens delinquentes. Até que um dia a coisa chega ao extremo e o bando mata os dois amigos. Ami começa a investigar para saber a verdade sobre quem matou o seu irmão. Esta acaba por ir para a casa dos Kimura onde é torturada e lhe é cortado o braço esquerdo com uma espada ninja. Junto com Miki (Asami), a mãe do outro rapaz assassinado, esta inicia uma vingança brutal.
Muito gore, sangue, membros decepados, tortura, violência extrema, um soutien com perfuradora, espadas ninja, uma arma ninja que arranca cabeças, etc. Um verdadeiro festim para os olhos. Tudo condimentado um humor típico do género, ou seja, um filme que não se leva a sério. Os efeitos especiais são na sua maioria primitivos, mas esse é mesmo o propósito. Ora são pequenos sacos com “sangue” ou mangueiras escondidas na roupa, cortes de imagem para colocar bonecos no lugar dos humanos no “momento da verdade”, etc. Tudo com aquele toque de série B que nós tanto gostamos. Um cheirinho a 70s exploitation (notório na fotografia) e/ou 70s Pinku ajuda ao resultado final. A banda sonora de fusão Rock e orquestral também está fabulosa e contribui para o ambiente geral. A isso adicionem ainda a típica loucura nipónica e temos filme! Para quem gosta de Gore / Splatter, “The Machine Girl” é diversão garantida do início ao fim. Apenas para fãs do género (“Braindead”, “Evil Dead” e outros que tais…). 90%
RDS

IMDB:
http://www.imdb.com/title/tt1050160/

08/09/08

Jam Films 2 (2004)

“Jam Films 2” é o segundo volume desta antologia Japonesa. Enquanto que no primeiro volume temos direito a 7 curtas-metragens, aqui temos apenas 4 a rondar os 30 minutos cada. No geral, o 1º volume é muito mais apelativo a fãs de cinema alternativo e, em especial, Japonês. No entanto, este também tem os seus pontos de interesse. Os 4 realizadores convidados não têm experiência na indústria cinematográfica mas têm créditos firmados na realização de videoclips musicais. Passo então a descrever sucintamente cada uma das 4 curtas.

1ª Curta: “Kijo No Kuron (An Armchair Theory)” (“Japanese Tradition”). Realizada por Junji Kojima. Esta é a mais hilariante de todas, uma sátira aos vídeos de “know-how”. O que aqui temos é uma espécie de documentário que nos explica passo-a-passo, com algumas técnicas e dicas, o que devemos fazer no complicadíssimo mundo do romance. Basicamente, como “engatar” uma miúda no Japão. Hilariante! 85%
2ª Curta: “Clean Room”. Realizada por Eiki Takahashi. Esta é mais filosófica. Uma adolescente vive encerrada numa bolha de plástico, afastada do mundo, afastada de tudo e todos. Certo dia ela acaba por arriscar e sair da bolha. As coisas não são bem o que parecem. Gostei desta curta mas acaba por se tornar algo aborrecida se não estivermos com o devido estado de espírito. Gostaria de dizer que consegui analisar tudo na perfeição. Não foi o que aconteceu. É daquele tipo de filmes que só os intelectuais conseguem dissecar. Mesmo assim, vale a pena. 70%
3ª Curta: “Hoops Men Soul”. Realizada por Hidenori Inoue. Este é daqueles filmes em que, desde o início até ao fim, tenho de vontade de fazer “fast-forward” (coisa que eu nunca faço). Detestei ao máximo. Muito americanizado (a cultura de rua, basquetebol, Hip Hop, a acção linha gansgter, etc). O pai de uma rapariga deve imenso dinheiro a uns agiotas. Para saldar a dívida, este entrega a sua própria filha. O namorado tenta arranjar dinheiro para pagar a quantia em causa e salvar a rapariga. Parece simples, e até é, mas a história tem tanta coisa diferente à mistura que não encaixam bem e há imensas ideias que não fazem sentido. O final então é absurdo. Detestei. 5%
4ª Curta: “Fastener”. Realizada por Kouki Tange. Esta é talvez aquela em que se nota mais a influência do mundo dos videoclips musicais. Tanto a nível de história, como fotografia e efeitos especiais. É inspirado no tema “Fastener” dos Mr. Children. Muito surrealismo nesta curta-metragem. Um idoso revive memórias de infância no seu leito de morte. A criança vai-se apercebendo aos poucos de que os adultos vivem toda a sua vida atrás de máscaras. A par com a 1ª curta, os dois melhores momentos de “Jam Films 2”. 90%
RDS

Website Oficial:
http://www.jam-films.com/2/
IMDB: http://www.imdb.com/title/tt0995726/

03/09/08

Akira Kurosawa’s Dreams (1990)

Este não é propriamente um filme com início, meio e fim, mas sim uma antologia de 8 histórias. Estas histórias são baseadas em sonhos do conceituado realizador Akira Kurosawa e, por essa mesma razão, fragmentadas e incompletas, tal como todos os sonhos do comum mortal. Junto com as breves descrições das curtas-metragens irei referenciar alguns aspectos da cultura, folclore e mitologia Japonesas de modo a se compreender melhor cada uma das peças de “Dreams”. Para não arruinar a visualização desta obra de arte a alguém, caso ainda não a tenha visto, não irei fazer uma narrativa e análise extensa de cada um deles, deixando isso para cada um de vós o fazer. Este é um filme que se tem de ver com alguma paciência, espírito crítico e abertura de mente pois as coisas aqui nem sempre são de fácil assimilação e/ou interpretação.

Umas das maiores dificuldades em ver um filme deste género, ou qualquer outro filme de uma cultura completamente diferente da nossa, são a informação cultural e folclórica contida no mesmo. Pormenores que são muito importantes podem passar-nos ao lado. E quando se fala em cinema japonês, essa vertente é acentuada. O Japão já foi apelidado de “Império dos sinais” devido à riqueza da comunicação não verbal, postura física, símbolos, objectos, palavras ou frases encaixadas num determinado contexto, e até o silêncio.

“Sunshine Through The Rain”: uma mãe diz ao filho para não sair de casa num dia de chuva porque, nesse tipo de clima, as raposas celebram os seus casamentos. Estas não gostam que as suas celebrações sejam observadas por estranhos e, se isso acontecer, estes podem ser alvos de um castigo fatal. A estrita educação Japonesa fica retratada neste conto.
Informação: No folclore Japonês há uma espécie de homens raposa que se apelidam de “kitsune”.

“The Peach Orchard”: o mesmo miúdo do conto anterior encontra os espíritos dos pessegueiros que foram cortados pelos homens. Este mostra arrependimento e as árvores decidem florescer mais uma vez para seu deleite. A preocupação de Kurosawa pela natureza e o meio ambiente. Esta encontra-se patente noutros contos desta antologia.
Informação: No Japão, a 3 de Março, há um festival de bonecas chamado “Hinamatsuri” no qual as bonecas são expostas em vários níveis, sendo a boneca Imperatriz colocada no mais alto nível e daí em diante.

“The Blizzard”: um grupo de montanhistas tenta escapar a uma tempestade e, consequentemente, à morte. O líder encoraja-os a continuar e não desistir. Estes acabam por ser salvos por um espírito. Este conto é dos que mais parece demorar a desenvolver, mas isso faz parte do próprio ambiente da situação, a vã tentativa de continuar a lutar contra a tempestade e o sentimento de desespero de quem vê a morte à sua frente. Este sentimento de vaguear e não se conseguir chegar a lado algum é uma característica de muitos sonhos.
Informação: No folclore nipónico existe o Yuki-onna, o qual é um espírito de alguém que morreu no frio ou na neve. O Yuki-onna revela-se a viajantes que se encontram encurralados em tempestades de neve e usa o seu gélido bafo para os deixar congelados. Estes aparecem frequentemente como belas mulheres de cabelos longos.
A tragédia da 5ª Infantaria do Exército Japonês é sobejamente conhecida pelos Japoneses. Durante uma manobra de treino nas montanhas Hakkoda, no Inverno de 1902, cerca de 200 recrutas morreram quando uma tempestade se abateu sobre eles. Apenas alguns sobreviveram.

“The Tunnel”: um capitão encontra os espíritos dos seus subordinados mortos em combate. Estes pensam que ainda estão vivos. Este é talvez o mais intenso de todos os sonhos e o meu favorito.
Informação: No folclore Japonês, quando alguém morre, um “reikon” (ou alma) deixa o corpo e vai para o mundo dos espíritos. Contudo, quando alguém morre em circunstâncias mais agressivas ou influenciada por emoções fortes, o “reikon” transforma-se num “yurei” e volta para o mundo físico.

“Crows”: um estudante de arte entra num quadro de Vincent Van Gogh (interpretado por Martin Scorsese) e encontra-se com o famoso pintor. Juntos percorrem cenários de alguns dos seus quadros.

“Mount Fuji In Red”:
um acidente numa central nuclear casa o pânico na população que acaba por se suicidar no mar. Mais uma vez a preocupação pela Natureza e, em particular, da ameaça nuclear que sempre pairou sobre o país. Outro dos meus favoritos.

“The Weeping Demon”: aqui retrata-se um mundo apocalíptico pós-catástrofe nuclear. Mutações humanas, animais e vegetais povoam a Terra. Não sobra nada do mundo que se conhecia, não há luz, não há quase sinais de vida e, por falta de comida, os mutantes tornam-se canibais, alimentando-se dos mais velhos e fracos. O mesmo homem do sonho anterior encontra aqui um desses mutantes e ambos têm uma conversa filosófica sobre o assunto. Na sequência do sonho anterior.

“Village Of The Watermills”: Um viajante chega a uma vila onde não há comodidades do mundo moderno, não há electricidade, não há carros, os vilãos são unos com a Natureza. Mais uma conversa de teor filosófico entre o viajante e um senhor idoso que se encontra à beira do rio. Outro dos meus favoritos. A mensagem de conservação da Natureza é mais notória neste segmento. É o finalizar de 2 horas de “sonhar acordado”. O encerrar com “chave de ouro” de “Dreams”.

Como disse anteriormente, esta não é uma película de fácil digestão e o espectador tem de se encontrar no estado de espírito certo. Além disso, não sendo obrigatório diga-se já, ter conhecimento de algumas lendas, mitologia, cultura e história do Japão pode ajudar imenso à compreensão de certas ideias. Qualquer pessoa pode apreciar o filme mas, essas informações e conhecimento geral podem ajudar a uma análise mais cuidada e, consequentemente, absorver tudo na sua plenitude e apreciar melhor esta obra de arte. Recomenda-se vivamente! 95%
RDS

IMDB:
http://www.imdb.com/title/tt0100998/
Akira Kurosawa's Deams - Fanmade Trailer

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