Recuperação para DVD de um dos inúmeros filmes de sexploitation dos 70s? Não. Assim parece. É uma sátira a esses mesmos filmes de finais da década de 60 / inícios dos 70s, antes da era dourada do material mais explícito. “Viva” conta a história de uma esposa dos subúrbios, Barbi, que é abandonada pelo marido, e inicia uma viagem pelos meandros da revolução sexual da década de 70. Hippies apologistas da liberdade sexual, prostituição, bisexualidade, boémia, mundo da moda, etc. Baseada numa carta enviada à Penthouse em 1969 e escrita / realizada por Anna Biller, esta película tem uma argumento simples, más actuações, penteados foleiríssimos, uma banda sonora “kitsch” a condizer e muita nudez. Querem melhor? Este é apenas para fãs de sexploitation e grindhouse, aviso desde já. Além do filme, aqui apresentado na sua versão “unrated”, temos poucos extras, mas mesmo assim bem-vindos, tais como “behind-the-scenes”, trailer original e um slideshow (adivinhem, com mais nudez). Mais uma edição Cult Epics aconselhada a fãs deste tipo de material. 80% RDS
A Indonésia encontra-se no caos. A pobreza é a ordem do dia e o povo é oprimido pelo governo Holandês. Mas um rebelde que dá pelo nome de Djaka Semboeng recusa-se a desistir. Semboeng inspira o povo a manter a oposição ao tirano regime. Van Shramm, o representante Holandês em Java, oferece uma recompensa pela morte de Semboeng e contrata um guerreiro chamado Kobar. Mas este é rapidamente derrotado pelo herói. Van Shramm contrata então um feiticeiro que ressuscita Kieten. Semboeng é aprisionado, torturado e cegado (os olhos são arrancados das órbitas). Mas a filha de Van Shramm apaixona-se pelo herói e ajuda-o a escapar. Um curandeiro ajuda-o depois devolvendo-lhe a visão através de um transplante. A luta final com Kieten e o “destronar” do tirano Van Shramm vai ter lugar. Mais uma daquelas “atrocidades” Indonésias da década de 80 com Barry Prima como actor principal. Muita acção, algum Gore, magia negra, artes marciais mal ensaiadas, actuações medianas e uma péssima dobragem em Inglês que acentua ainda mais o carácter série B / trash do filme. E nós queremos melhor? É claro que não. Assim está muito bom. Mais um para os fãs deste tipo de filmes série B da velha escola vindos da Indonésia. Há várias sequelas que eu ainda tenho de ver um dia destes mas, infelizmente, não há tempo para tudo e há tanto filme para ver. 80% RDS - IMDB: http://www.imdb.com/title/tt0090295/ Wikipedia: http://en.wikipedia.org/wiki/Jaka_Sembung -
O dono de uma loja de bebidas encontra na cave uma velha caixa de “Viper” que deve ter mais de 60 anos. Este decide fazer uns trocos com o achado e vende a estranha bebida a 1 dólar a garrafa. Os desalojados da área compram a bebida porque é mais barata que o habitual álcool. Mas esta faz com que a pessoa comece a derreter descontroladamente numa miríade de cores. Entretanto um detective começa a investigar para encontrar a causa das mortes. Juntem a isto várias personagens caricatas, um veterano do Vietnam que manda na sucata da rua, prostitutas, o jogo da apanhada com um pénis cortado, etc. A premissa é simples e não há história, desenvolvimento ou final muito elaborados; o ambiente do filme é tipicamente série B; o humor negro marca forte presença; os efeitos especiais são baratos; a banda sonora tipicamente 80s é do tipo brincadeira de amigos após ingestão de substâncias ilícitas. E isto é tudo mau? Muito pelo contrário, isto é que faz o filme. Querem uma obra-prima? Não a vão encontrar aqui. Isto é série B, puro divertimento e nada mais. Já vi melhor, mas “Street Trash” é óptimo para uma 6ª feira à noite antes de ir para os copos com os amigos. Ajuda a criar boa disposição. Mas apenas para quem gosta do género. Esses, tal como eu, vão ter direito a um festim cinematográfico. Todos os demais procurem o mais recente “blockbuster” no videoclube perto de casa. 70% RDS - IMDB:http://www.imdb.com/title/tt0094057/ Wikipedia:http://en.wikipedia.org/wiki/Street_Trash -
Um OVNI despenha-se no Planeta Terra, numa floresta do Japão, e a radiação que emite transforma as pessoas em zombies canibais. Um peculiar grupo de pessoas (uma unidade militar em treinos, uma artista Pop, um duo de Yakuza, o dono de uma estalagem local e a sua amante) vai ser apanhado no meio da confusão e, um a um, vão sendo transformados também eles em zombies. OVNI’s ridículos, um alienígena que parece saído de um “anime”, zombies, um ciborgue, gore, sangue, tripas, tiros, espadas samurai, yakuza, humor negro, efeitos especiais baratos. Foi encaixado um pouco de tudo para deleite dos fãs deste tipo de “porcarias” de baixo orçamento. Melhor que isto não podia ser! Há imenso tempo que não me divertia tanto com um filme Gore desde que vi o clássico “Braindead”. São 75 minutos de pura diversão para fãs do género. Deixem o cérebro à entrada e venham curtir esta bela “desgraça” de cinema Japonês realizada por Naoyuki Tomomatsu (“Stacy”, “Eat The Schoolgirl”). Aconselho-o vivamente. 80% RDS
Ami Hyuga (Minase Yashiro) é a protagonista desta loucura nipónica (mais uma!). Ela é uma rapariga normal, estuda no liceu, é popular, desportista e cheia de vida. Depois do seu pai ter sido injustamente acusado de homicídio e, junto com a sua mãe, terem cometido suicídio, Ami e o seu irmão Yu (Ryôsuke Kawamura) ficaram órfãos. Ao mesmo tempo que estudam no liceu, estes tentam levar uma vida normal. Mas Yu e um amigo deste são vítimas de abuso (o chamado “bullying”) por parte de um filho de um Yakuza e o seu bando de jovens delinquentes. Até que um dia a coisa chega ao extremo e o bando mata os dois amigos. Ami começa a investigar para saber a verdade sobre quem matou o seu irmão. Esta acaba por ir para a casa dos Kimura onde é torturada e lhe é cortado o braço esquerdo com uma espada ninja. Junto com Miki (Asami), a mãe do outro rapaz assassinado, esta inicia uma vingança brutal. Muito gore, sangue, membros decepados, tortura, violência extrema, um soutien com perfuradora, espadas ninja, uma arma ninja que arranca cabeças, etc. Um verdadeiro festim para os olhos. Tudo condimentado um humor típico do género, ou seja, um filme que não se leva a sério. Os efeitos especiais são na sua maioria primitivos, mas esse é mesmo o propósito. Ora são pequenos sacos com “sangue” ou mangueiras escondidas na roupa, cortes de imagem para colocar bonecos no lugar dos humanos no “momento da verdade”, etc. Tudo com aquele toque de série B que nós tanto gostamos. Um cheirinho a 70s exploitation (notório na fotografia) e/ou 70s Pinku ajuda ao resultado final. A banda sonora de fusão Rock e orquestral também está fabulosa e contribui para o ambiente geral. A isso adicionem ainda a típica loucura nipónica e temos filme! Para quem gosta de Gore / Splatter, “The Machine Girl” é diversão garantida do início ao fim. Apenas para fãs do género (“Braindead”, “Evil Dead” e outros que tais…). 90% RDS
Um jovem polícia chamado Wut persegue uns criminosos que escaparam da prisão, entre os quais se encontra Nasor. Sem ter conhecimento disso, estes partilham um passado. Alegadamente, o pai de Wut assassinou o pai de Nasor por causa de uma valiosa moeda que trouxeram da floresta. O Capitão Wut, juntamente com alguns dos seus subordinados, um guia e a sua filha, perseguem os criminosos no centro de uma selva que se diz estar amaldiçoada. Nenhum dos dois sabe que a moeda que Nasor roubou os liga, e que esta o factor primordial para a maldição que assola a floresta proibida de Thai-Myanmar. Ao longo da jornada estes são atacados por insectos assassinos, uma serpente gigante e outras criaturas demoníacas e vampíricas. A realização está fantástica; alguns efeitos especiais são bons, outros são tipicamente série B (todo o filme tem este ambiente) mas agradam na mesma (para quem gosta deste material de baixo orçamento); os actores estão acima da média; a história, apesar de ser simples, é eficaz (mas queremos mais nestes tipo de filme?!); e, finalmente, a banda sonora adequa-se na perfeição ao ambiente do filme. É pena a fotografia não estar melhor pois, na maior parte do filme, está tudo muito escuro e nãos e notam certos pormenores, factor importante neste tipo de filmes de fantasia e/ou terror. O filme demora um bom bocado a desenvolver mas, assim que se chega aos 25 minutos finais, a acção, suspense, terror e fantasia não param durante um segundo. Gostei da revelação final, da qual não estava mesmo à espera! Gostei. Não é uma obra-prima mas é puro entretenimento que irá agradar a fãs de acção, terror, suspense e, até, ficção-científica. Muito melhor que algumas das atrocidades que têm saído dos USA nos últimos anos. 70% RDS
Este filme é baseado na personagem e nas histórias de Robert E. Howard (criador de Conan na década de 30; colaborador da Weird Tales; amigo de H.P. Lovecraft; cometeu suicido em 1936 com apenas 30 anos de idade). Um bárbaro chamado Kull (Kevin Sorbo) torna-se rei pelas próprias mãos do anterior monarca, o qual acabou de matar. Mas os herdeiros do rei não se conformam e tentam assassinar Kull e recuperar o trono. Para isso ressuscitam uma velha rainha feiticeira chamada Akivasha (Tia Carrere). Estes conseguem retirar Kull do caminho mas o guerreiro, com a ajuda da profeta Zareta (Karina Lombard) e do seu irmão, o sacerdote Ascalante (Litefoot), parte à procura do gélido bafo de Volka, a única coisa capaz de deter a feiticeira e os seus maléficos planos de reinar sobre um manto de escuridão. Sorbo está no seu melhor (ou pior, dirão as más línguas) pois este tipo de personagem é a sua imagem de marca (para quem não sabe ainda, “shame on you”, este é Hércules em “Hercules, The Legendary Journeys”); Tia Carrere não é certamente uma das melhores actrizes de sempre, longe disso, mas cumpre o seu papel como a maligna Akivasha e até dá um certo ar de série B ao filme; Thomas Ian Griffith está bem no papel do General Taligaro, assim como Litefoot representa bem o sacerdote Ascalante. O único senão é Karina Lombard. Já vi representações piores, isso é certo, mas Lombard arruína por completo o filme. E o pior nem é a representação mas sim a sua voz grave que chega a ser insuportável. Outra actriz como Zareta e a película teria ficado muito melhor. Muita acção, fantasia, um trabalho de fotografia sensacional, uma banda sonora soberba e, “a cereja no topo do bolo”, aquele “feeling” de filme de série B sempre adequado a películas de “sword & sorcery”. Outro ponto positivo do filme é a banda sonora da responsabilidade de Joel Goldsmith. A fusão de composições orquestrais sinfónicas com Heavy Metal adequa-se na perfeição à história e a todo o cenário épico desta obra de “sword & sorcery”. Esta é daquelas bandas sonoras que se aguenta por si só sem ser necessária a visualização do filme. Recomendo tanto o filme como a banda sonora. 80% RDS
A Rainha Crocodilo (Gudhi Sintara) rapta homens nas vilas mais próximas para satisfazer as suas perversões ninfomaníacas. Esta vive numa caverna debaixo de água, rodeada pelos seus guerreiros e escravos. Um dos seus maiores guerreiros é Banyu Jaga (Lo Lieh), o qual viaja em cima de uma rocha voadora. A Rainha rapta um desses vilãos, Sanjaya, e a sua noiva (Enny Christina) parte para o resgate com a ajuda do herói Mandala (Barry Prima), cujo visual é uma mescla de Conan e Rambo. Paralelamente, temos a procura da espada do diabo, uma poderosa espada forjada a partir de um meteorito, a qual está escondida numa caverna na Montanha do Diabo. Diz-se que quem a possuir governará o mundo. Mandala, Banyu e outros 4 peculiares personagens (entre eles uma bruxa cuja cabeça se separa do corpo e voa, coisa algo familiar não?) anseiam por possuir a dita espada. “Golok Setan” (The Devil’s Sword) é um filme Indonésio de fantasia, artes marciais e aventura. Trata-se de uma produção dos estúdios Rapi Films, responsáveis por títulos como “The Warrior and The Ninja”, “Virgins from Hell”, “Hell Raiders” ou a série de filmes “The Warrior”. “The Devil’s Sword” é kitsch ao máximo, tem efeitos especiais do mais absurdo (cortesia do senhor El Badrum, responsável pelos efeitos em “Mystics In Bali”), guarda-roupa a condizer com o estilo de aventura fantástica, péssimas coreografias nas lutas (alguns dos figurantes parecem estar a dançar desarticuladamente e chega até a ser patético), actuações muito teatralizadas, alguma violência, algum Gore e uma banda sonora de sintetizador bem pindérica tipicamente 80s. A isto alia-se ainda o carácter exótico que tem sempre um filme destes para um Ocidental. Algo que se pode destacar pela positiva é a fotografia com cores fortes e apelativas aos sentidos. São assim os filmes de fantasia, aventura e acção da Indonésia da década de 80. E isto tudo significa que o filme é péssimo? Claro que não. Muito pelo contrário. É assim que nós, apreciadores de trashy / série B / baixo orçamento / etc. gostamos deste tipo de filmes. E a Indonésia foi prolífica nestas pérolas durante a década de 80. Alguns pontos negativos, a meu ver, são o facto do filme ter um desenvolvimento algo lento e que algumas das partes de luta são demasiados longas, o que se torna algo monótono. A isso alia-se ainda o facto de eu ter visto uma execrável versão dobrada em inglês (a maioria dos filmes Indonésios da época estão apenas disponíveis nessas versões). No geral, um “must see” para os fãs de fantasia, série B, trashy, gore, baixo orçamento, filmes Indonésios dos 80s, cult, kitsch, etc. Todos os outros, afastem-se imediatamente porque não vão estar devidamente preparados para esta quasi-“obra prima”. 75% RDS
Um membro de um gangue Yakuza só consegue obter prazer sexual ao assassinar as pessoas e depois masturbar-se nas feridas das mesmas. Isto sempre vestido de rapariga colegial, com peruca e tudo. Entre os assassinatos, este tem flashbacks do seu passado sangrento. Outro membro do gangue tem alguns problemas psíquicos e está sempre a pensar e a falar em sexo. Os outros membros do gangue raptam e violam mulheres; gravam sempre tudo em vídeo linha snuff-film e depois vêem e revêem as gravações. Já está bizarro o suficiente? Não? Um anjo (na forma feminina, apesar de se dizer que os anjos não têm sexo) sem asas (as feridas nas costas assim o indicam) anda sempre nua no apartamento do assassino atrás mencionado, oferece o seu corpo ao mesmo, diz-lhe que pode fazer o que quiser com ela, e dá-lhe para matar. Sangue, sexo, violações, sémen, vómito, masturbação, clisteres, estripamentos, perturbações psíquicas, violência extrema. Tudo isto e muito mais faz parte deste filme de série B. Apesar da história principal não ser bem compreensível ao longo do filme, dá para entender que o passado do “herói” não é dos mais coloridos, daí ele ter ficado com perturbações e cometer as atrocidades que comete. Nessa perspectiva, o final, assim como a frase que este profere, também se percebem perfeitamente. Não é o melhor filme do estilo. Longe disso. Se querem algo mais “trabalhado” em, termos visuais e de argumento, então vejam um filme de Takashi Miike (“Ichi, The Killer”, por exemplo). Mas se não se importam muito com esses pormenores de argumento, realização, fotografia, etc, e gostam de cinema extremo, gore, trashy, série B, então esta é uma boa aposta. 70% RDS
“Malibu Beach” é um filme de baixo orçamento. A acção decorre numa praia (daí o título, pois claro). Jovens de férias de verão, praia, amor, sexo, brigas constantes, bebedeiras e muita nudez (claro, isto tem de ter um atractivo qualquer). Uma jovem salva-vidas é o alvo da atenção de dois banhistas completamente diferentes entre si. Um é um normal jovem banhista em férias de verão, o outro é um egocêntrico brutamontes acabado de sair do ginásio. O argumento não é péssimo. Não há é um argumento sequer. As falas são do mais banais e absurdas possíveis. A montagem do filme é péssima e as passagens de uma cena para outra não têm qualquer lógica. As performances dos actores / actrizes são horríveis. A banda sonora soa perfeitamente datada e deve ter apenas duas ou três músicas que são repetidas até à exaustão. O final é hilariante de tão absurdo que é. As questões do amor, da amizade, dos primeiros contactos com o sexo, etc, habituais neste tipo de comédias, não são devidamente exploradas. Estão lá ao monte, de uma maneira o mais superficial possível. Além da sempre apelativa nudez, outro factor de interesse é um cão que passa o filme a roubar os tops dos bikinis na praia. E isso dá origem a quê? A que as raparigas desatem a correr atrás do cão. Mais nudez, portanto. Ah, bendito cão! Porque é que fui ver este filme? Pensei que ia sair outra coisa. Fiquei tão desiludido que ganhei um amoroso ódio (ou um odioso amor) a “Malibu Beach”. Um ódio de estimação, portanto. Não chega a integrar aquela categoria de “é tão mau que é bom”. É mesmo mau. Aconselhado a aqueles que, tal como eu, gostam de perder o tempo com estas atrocidades de baixo orçamento. Qualquer dia vejo isto outra vez só pelo gozo. 10% (mas bem merecidos, he, he!) RDS
A acção decorre em Manhattan. Um alienígena, que consegue assumir a forma física que quiser, está a violar virgens para efeitos de reprodução. A sua intenção é, pasmem-se, dominar o planeta Terra. O detective Andriotti e a doutora Pace tentam, desvendar o mistério por detrás das violações. O final é simplíssimo. Não vou contar para não vos arruinar o “clímax” do filme. Se bem que não há nada para arruinar. A coisa é do mais simples. O conceito é similar ao de “Species”. Pensem numa versão de baixo orçamento desse filme e ficam com uma ideia. Típico série B da década de 80, baixo orçamento, péssimas performances do elenco, argumento do mais simples (é impressionante como em meados da década de 80, em Nova Iorque, todas as mulheres que aparecem são virgens, he, he), música pirosa (do tipo “sintetizador de trintão a viver na cave da casa da mãe”), muita gritaria histérica por parte das actrizes (imaginem uma sátira à cena do chuveiro de “Psycho”), efeitos especiais simples (a criatura é um tipo vestido com um fato de carnaval), e muita, mas mesmo muita nudez. Querem melhor? Assustador? Nem pensar. Isto é tão assustador como “Gremlins” ou “Ghoulies”, he, he. Puro entretenimento. E é isso mesmo que se procura num filme destes. Apenas para fãs de série B. Os outros afastem-se porque vão achar que isto é uma bela merda. E se calhar até têm razão. 65% RDS
Kai (Anthony Wong) trabalha num restaurante em Hong Kong. Um dia é apanhado na cama com a mulher do patrão. Como castigo pelo adultério, o patrão vai castra-lo, mas este enlouquece e mata o casal e um amigo, deixando viva apenas a filha. Foge para a África do Sul onde arranja emprego num restaurante chinês. Os novos patrões tratam-no mal e pagam-lhe pouco porque sabem que ele é um homem procurado em Hong Kong, e este não tem outra alternativa senão ficar ali. Kai e o patrão visitam uma aldeia para ir comprar carne mais barata e lá observam que uma epidemia está a matar os locais. Ao regressar a casa, Kai vê uma mulher doente, moribunda, e como não tem sexo há algum tempo, aproveita a ocasião e viola-a. Mas ao fazê-lo, contrai o vírus que esta tem, o ébola. O vírus causa febres altas, pústulas, liquefacção dos órgãos e posterior morte. Uma em 10 milhões de pessoas é imune, tornando-se apenas portadora, não doente. É o caso de Kai. Certo dia passa-se com os maus-tratos de que é alvo e mata os novos patrões. Mas não sem antes os contaminar. Faz hambúrgueres (não são hambúrgueres diz ele, são “African buns”) com a carne e no dia seguinte vende-os aos clientes. Quando a filha do primeiro casal, de férias na África do Sul, o reconhece e vai à polícia, este foge de novo para Hong Kong. Continua a matança e a contaminação. Será que a epidemia vai para e Kai vai ser apanhado? Depois de “The Untold Story” de 1993, Anthony Wong volta a trabalhar com o realizador Herman Yau num filme similar. Gore na linha de “Braindead”, com muito humor negro à mistura, sangue tipo molho de tomate, efeitos especiais de baixo orçamento (é mais apoiado no excelente trabalho de câmara de Yau), actuações medianas (excepto Wong), péssimo som (parece uma dobragem mal feita), música de sintetizador, sangue, tripas, nudez. É isso que temos em “Ebola Syndrome”. E querem melhor? Gore, sleazy, exploitation, trash, série B e Cat. III são as designações da ordem. Não é um filme que se leva a sério. É um filme mais de entretenimento e puro Gore para aficionados do género do que propriamente de terror ou suspense. Não há nada que assuste ou impressione verdadeiramente (se bem que a cena da autopsia está bem feita e me impressionou um pouco). Não é dos melhores que já vi mas gostei do distorcido sentido de humor. Apenas para os extremistas e amantes do género. 75% RDS
Tomates geneticamente modificados começam a atacar humanos e animais. No início, o governo tenta encobrir o caso mas, rapidamente, a coisa fica fora de controlo e o caos instala-se. Um grupo de elite é reunido para tentar salvar o mundo da ameaça dos tomates assassinos. Este grupo é liderado por um homem que está desempregado há imenso tempo e não tem qualquer tipo de habilitações para o cargo. Sob a chefia deste está um tipo que anda sempre com o paraquedas aberto a arrastar pelo chão, um mergulhador que anda sempre com o fato de mergulho vestido, uma nadadora alemã obesa e um homem de raça negra que é um mestre do disfarce (George Washington, tomate assassino, um Hitler negro, etc). John De Bello escreveu, produziu, realizou e até escreveu o genérico do filme (o tema título é o melhorzito do filme, é uma grande malha que não me sai da cabeça até hoje). Este filme de série B é uma sátira aos filmes de monstros e criaturas das décadas de 50 e 60. Não é inteligente, nem o pretende ser. Não é hilariante, nem o pretende ser. Não é uma obra-prima, longe disso. Mas é já um clássico da série B. Depois de ver este filme não vão encarar o cinema da mesma maneira. É daqueles filmes que nunca mais se esquece. Seja por boas ou más razões. Gargalhadas? Não as conseguiram de mim. Bem, talvez uma só, numa cena que me fez lembrar os irmãos Marx. No geral, apenas um sorriso de orelha a orelha causado pelas cenas completamente disparatadas e absurdas. Os actores, na sua maioria, são péssimos actores; os efeitos especiais são amadores (numa cena vêem-se as rodinhas num tomate gigante); o argumento parece escrito à pressa e nem teve direito a uma revisão. Juntem a isso uns números musicais do mais baixo nível e têm diversão garantida. É nesse espírito que devem ver este “Ataque Dos Tomates Assassinos”. Uma comédia absurda, de baixo orçamento, com piadas “secas”, série B. E se gostarem deste, ainda têm mais 3 sequelas ainda piores do que este original! Querem melhor? 70% RDS